Delegada que levou reitor ao suicídio falsificou depoimento na Lava Jato

De Luis Nassif no jornal GGN.

A delegada Erika Merena, da Polícia Federal, transformou uma mera questão de problemas administrativos, em um convênio entre a Universidade federal de Santa Catarina (UFSC) com o MInistério da Educação, para organizar a mais infame operação de todo o período da Lava Jato: a invasão do campus da UFSC, prisão e humilhação dos professores, até levar o reitor ao suicídio.

Para a operação, convocou mais de uma centena de policiais de todo o país, repetindo a encenação de seu colega Mauricio Moscardi Grillo, que convocou também mais de uma centena de policiais de todo o país para uma mera operação contra corrupção na vigilância animal.

Nos diálogos, os procuradores da Lava Jato revelam que Erika praticou uma falsificação. Pensando atender a pedidos dos procuradores, Erika criou um falso termo de depoimento, simulando ter ouvido a testemunha com escrivão e tudo, “quando não ouviu nada”.

Os procuradores contatam que, claramente, houve uma fraude. Mas sua reação consiste em encontrar saídas para ocultar o crime cometido.

Caracterizam-se, aí, dois crimes. Um, das própria Erika, cometendo uma falsificação. Outro, dos procuradores procurando esconder o mal feito.

Impacto do novo auxilio emergencial: Brasil e Alagoas

Luciana Caetano

Economista, Doutora em Desenvolvimento Econômico

Com a iminência da aprovação do novo auxílio emergencial, a pergunta que se faz é, se for aprovado para mais quatro meses, com início do pagamento em março/21, no valor de R$ 200 ou R$ 250,00, qual será o impacto sobre a economia? Na melhor das hipóteses, o valor mensal previsto corresponderá a 17% das transferências de agosto/20 e 40% das transferências de dez/20, dada a redução de número de beneficiários e de valor.

De abril a dezembro/20, foram transferidos R$ 290,1 bilhões à população socialmente vulnerável (Portal da Transparência), com uma redução de aproximadamente 50% no valor médio mensal no período set-dez/20 frente a abr-ago/20, caindo de R$ 209,5 bi para R$ 81,4 bi no segundo período.  A partir de set/20, houve redução no número de beneficiários e nos valores mensais, passando de R$ 1.200 e R$ 600,00 para R$ 300,0.

Os R$ 44 bi transferidos em ago/2020 foram reduzidos a R$ 18,4 bi em dez/20, com redução gradual. Se aprovado pelo Congresso Nacional, o número estimado de beneficiários para a terceira fase será de, aproximadamente, 30 milhões por quatro meses. Vale lembrar que, em abril/20, o número de beneficiários correspondia a 67 milhões de pessoas.   

Fazendo uma simulação com os valores estimados na nova fase, para R$ 250,00, a transferência mensal seria de R$ 7,5 bi e, para R$ 200,00, R$ 6 bi, totalizando, em quatro meses, R$ 30 bi ou R$ 24 bi, bem abaixo dos R$ 44 bi transferidos só no mês de agosto/2020.

Projetando as lentes sobre Alagoas, em 2020, o Estado recebeu R$ 3,7 bi (abril a dezembro/20), distribuídos entre 1,22 milhão de beneficiários, sendo R$ 729,5 milhões só no mês de agosto/20. Vale ressaltar que o número de pessoas inseridas no mercado de trabalho fica em torno de um milhão, portanto, menor que o número de beneficiários.

Se mantido o mesmo número de beneficiários para Alagoas, o que é pouco provável, o valor mensal repassado será de R$ 305 milhões, se o valor aprovado for R$ 250,00, ou R$ 244,5 milhões, para R$ 200,00. A redução mensal de R$ 61 milhões faria muita falta a uma economia cuja taxa de desemprego se mantém, geralmente, bem acima da média nacional.

A pergunta é: houve recuperação do emprego em 2021? Os dados do IBGE revelam que a taxa de desemprego segue estável, com pequena queda (14,6% para 14,1% entre o 3º trimestre/20 e o trimestre set-out-nov).

No período abril-agosto/20, as transferências conseguiram, ainda que parcialmente, compensar a redução de massa salarial, notadamente, para os estados mais pobres. Com esse novo desenho, marcado por cortes profundos, o impacto será muito pequeno, embora seja pior sem ele. A dependência dos entes federativos da região Nordeste às transferências de renda é muito mais elevada que dos Estados da região Sudeste, sob a influência da baixa renda, assim como do baixo nível de ocupação da primeira região.

A reforma trabalhista e a reforma previdenciária, juntas, agravaram o desemprego estrutural, mantendo pessoas trabalhando por mais tempo e forçando a classe trabalhadora, refém do negociado sobre o legislado, a assumir jornadas mais longas. Isso resultou na elevação da precarização do trabalho, assim como dos obstáculos de entrada aos que estão fora do mercado. Essa é uma discussão que não interessa aos neoliberais fazer com a população, preferindo restringir o debate à dinâmica demográfica e atribuir o desemprego aos direitos trabalhistas. A história tem provado o contrário. O Brasil precisa debater o desemprego estrutural, com urgência.

Protesto contra aumento do combustível de motoristas por aplicativo e motoboys em Maceió

Ocorreu em Maceió, na manhã dessa segunda-feira (22), um protesto dos motoristas por aplicativos e motoboys contra o aumento do preço da gasolina. Eles reclamam que o governo Bolsonaro, somente este ano, já reajustou quatro vezes o preço da gasolina.

O ato começou no Estacionamento de Jaraguá percorreu diversas ruas e interrompeu o trânsito em diversos pontos da cidade.

As faixas diziam “diga não ao combustível caro! diga não ao assalto”  e segundo um dos organizadores da manifestação “os motoristas estão indignados com tanto aumento”.

Bolsonaro é reprovado por 51,4% dos brasileiros, revela pesquida CNT/MDA

Sem emprego, sem renda, sem auxílio emergencial, sem um comando nacional de combate ao novo coronavírus, sem vacina e sem governo, brasileiros derrubam popularidade pessoal de Jair Bolsonaro (ex-PSL) e a do seu governo também.

A maioria dos brasileiros (51,4%) reprova a atuação pessoal de Jair Bolsonaro (ex-PSL como presidente. A avaliação negativa aumentou 8 pontos percentuais entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano, segundo pesquisa da MDA, contratada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada nesta segunda-feira (22).

Já a aprovação caiu de 52% para 43,5% no mesmo período. Entre os que não souberam opinar ou não responderam sobre a atuação pessoal de Bolsonaro, o percentual foi de 4,8% para 5,1%.

Governo também é reprovado

A avaliação negativa do governo como um todo também subiu mais de 8 pontos percentuais entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021 e está em 35,5%. A avaliação positiva do governo caiu 9 pontos percentuais e está em 32,9%.

A avaliação positiva considera os índices de “ótimo” e “bom”. Já a avaliação negativa, as somas de “ruim” e “péssimo”.

Foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, de 18 a 20 de fevereiro, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

CUT Brasil

Famílias do Acampamento Marielle Franco em Atalaia protestam diante da falta de abastecimento de água

As famílias do Acampamento Marielle Franco em Atalaia (AL) protestaram na manhã de hoje (22/02) diante da falta de abastecimento de água. As famílias denunciam que a situação da comunidade se arrasta há mais de 20 dias.

Os camponeses bloquearam um trecho da BR 316 para denunciar o descaso de Prefeitura da cidade.

Apesar da Prefeitura até o momento não ter se posicionado e o acampamento continuar sem água, o policiamento para barrar a manifestação já chegou no local. Mas, segundo um manifestante, os protestos irão continuar porque “água é um direito e direito a gente tem reivindicar mesmo”.

Nas ruas, movimentos pedem vacinas, auxílio emergencial e ‘Fora Bolsonaro’

O sábado foi dia de protestos contra a falta de vacinas para enfrentar a pandemia e pedir o impeachment de Jair Bolsonaro

Os protestos contra o governo de Jair Bolsonaro que tem tido uma atuação medíocre no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já deixou cerca de 250 mil mortos, e não tem nenhum plano de retomada dos empregos e da economia, tiveram mais uma etapa neste sábado (20).

Movimentos sociais e sindicatos junto com a população foram às ruas em carros, motos e bicicletas, pela terceira vez este ano, pedir o impeachment do presidente, a volta do auxílio emergencial e vacina para todos. 

Os atos foram convocados pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, com apoio da CUT e diversas entidades sindicais como professores, metalúrgicos, servidores públicos e trabalhadores dos Correios (a estatal é uma das que estão na mira de privatizações do governo federal). Para a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) é hora dos trabalhadores se unirem ao coro e gritar ”Fora Bolsonaro“. A entidade diz que esta é uma luta para que todos os brasileiros sejam vacinados e que o auxílio emergencial seja retomado. O presidente da CUT, Sergio Nobre entende que sem auxílio emergencial, o país viverá um caos social.  

Fonte e foto: CUT Nacional

Novo aumento no preço da gasolina gera protestos em Arapiraca

Motoristas de aplicativos e mototaxistas protestaram hoje (20/02) contra o aumento no preço da gasolina, que é cobrado em média R$ 5,30 em Arapiraca.

Os motoristas saíram do Bosque das Arapiracas e seguiram em protesto a Rodovia AL 220, entre os bairros Canafistula e Jardim Tropical. Em alguns pontos da cidade, a carreata chegou a provocar engarrafamento.

Para um manifestante “fica impossível de trabalhar com esses aumentos todos nos preços dos combustíveis”.

Foto: Tribuna Hoje

Presidente do CFM é investigado por receber sem trabalhar

Presidente do CFM, Mauro Ribeiro, que tem se posicionado a favor do uso de medicamentos sem eficácia contra covid-19, é algo do Ministério Público

São Paulo – O Ministério Público Estadual do Mato Grosso do Sul (MPE-MS) acusa o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz Britto Ribeiro, de receber indevidamente R$ 72 mil como pagamentos por 873 plantões médicos não realizados, entre junho de 2013 e outubro de 2015, quando ele era servidor da prefeitura de Campo Grande e atuava na Santa Casa da cidade. O promotor Humberto Lapa Ferri oficiou a prefeitura para que a saída dele seja retificada de “exoneração a pedido” para “demissão por abandono de cargo”. Como consequência, a mudança pode levar à cassação do mandato de Ribeiro como presidente do conselho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo o MPE-MS, outros nove médicos foram condenados à perda do cargo na prefeitura de Campo Grande na mesma época. E Ribeiro teria evitado a demissão por abandono de cargo com uma manobra administrativa, na qual ele pediu a exoneração do cargo e se comprometeu a devolver os valores recebidos irregularmente. Juntos, os 10 médicos causaram prejuízos de quase R$ 2 milhões ao município.

Ainda segundo o Ministério Público, em parte do período em que teria cometido as irregularidades, Ribeiro já estava eleito como vice-presidente do Conselho Federal de Medicina e teria recebido cerca de R$ 500 mil entre diárias, passagens aéreas e jetons por participação em reuniões do Conselho Federal de Medicina.

“Resta evidente, portanto, à luz dos fatos, documentos e declarações colhidos no bojo destes autos, que houve inegável benefício ilegal ao então servidor Mauro Luiz de Britto Ribeiro, por razões que a própria autoridade, o então corregedor do Município, desconhece”, argumenta Ferri, na ação judicial. Como o CFM é uma autarquia federal, o caso será encaminhado ao Ministério Público Federal em Brasília.

Em nota, Ribeiro alegou que não há qualquer irregularidade ou ilegalidade em seu pedido de exoneração. “No tocante às questões relativas ao trabalho do Dr. Mauro Ribeiro junto a Santa Casa, a matéria já foi objeto de ação popular julgada totalmente improcedente, ou seja, sem qualquer ilegalidade constatada. O Dr. Mauro Ribeiro se reserva o direito de responder aos fatos somente perante as autoridades competentes, a exemplo da sentença judicial que lhe foi totalmente favorável e já citada”, diz a nota.

O presidente do CFM tem sido alvo constante de críticas por não se posicionar contra o uso de medicamentos sem eficácia para tratamento ou prevenção da covid-19. Em artigo na Folha de S.Paulo, em 25 de janeiro, Ribeiro mais uma vez evitou se posicionar sobre o tema, quando então declarou que os médicos têm autonomia para realizar o “tratamento que julgar adequado, desde que com a concordância do paciente portador de covid-19”.

No entanto, outras sociedades médicas têm se posicionado claramente sobre a ineficácia desses tratamentos e o risco que isso coloca aos pacientes.

Fonte: Rede Brasil Atual

Foto: Reprodução/Youtube

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