Braskem: risco ao lençol freático do Pontal da Barra

Problema pode ocorrer com sucateamento da fábrica da mineradora no bairro de Maceió, ao deixar passivo ambiental perigoso

O desmonte da fábrica da Braskem, no Pontal da Barra, no Litoral Sul de Maceió – a partir do encerramento da mineração de sal-gema em Alagoas –, deve deixar um passivo ambiental considerável e extremamente perigoso.

O alerta foi feito, essa semana, pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL-SE), Antônio Freitas. Segundo ele, parte dos operários foi mantida para trabalhar na operação de descontaminação do lençol freático.

Freitas comentou ainda que o processo de sucateamento da planta de cloro/soda da Braskem provocou vários vazamentos de produtos químico, entre o Pontal e o Polo de Marechal Deodoro.

“Só em 1996, cerca de 137 toneladas de Dicloroetano foram vazadas. Em 2010, foi registrado outro grande vazamento. Sem contar com os vazamentos menores. Isso teria contaminado o lençol freático e colocando em risco a saúde dos moradores da região”.

“Além de contaminar o meio ambiente, esses vazamentos colocaram em risco a vida dos operários, que conviveram com essa realidade há anos. Agora, esses colaboradores estão sendo demitidos, sem uma bonificação robusta, que faça jus ao esforço e à dedicação à empresa”, destacou.

Freitas disse ainda basta ver a situação precária dos equipamentos, das instalações e das tubulações sem manutenção para se ter ideia do descaso com que a direção da Braskem administrava a planta de cloro/soda de Maceió.

“As fotos que os operários tiraram de dentro da fábrica, essa semana – mostrando tubulações enroladas com plástico, vazamentos e equipamentos desmantelados – é uma prova que a empresa não tinha como se manter ativa e operando muito menos”, relatou Freitas.

Segundo o sindicalista, apesar da empresa dizer que “está hibernando” e que vai voltar a funcionar, mas o fechamento da unidade do pontal, para produção de cloro/soda, é irreversível. Até porque parte da tubulação e dos equipamentos que viraram sucata está sendo colocada à venda, pela empresa.

“As chamadas casas de células estão sendo desmontadas. Eram três casas de células, cada uma tinha 144 células, para a fabricação de cloro, soda e hidrogênio. Elas estão sendo desmontadas. Praticamente, a casa de célula 3 já está toda desmontada; e a partir de agora vamos desmontar a casa 2 e depois a casa 1”, acrescentou Freitas.

Para ele, mesmo que a Braskem diga que a fábrica do Pontal da Barra terá continuidade, as instalações da unidade estão sucateadas e colocam em risco a vida dos trabalhadores.

Além disso, o sindicalista afirma que caso a unidade seja usada para a estocagem de Dicloroetano, como a empresa já divulgou, as dependências da fábrica precisam ser vistoriadas, por especialistas no assunto e técnicos em segurança no trabalho.

“Essa fiscalização é importante até para evitar acidentes e vazamentos, como já ocorreram; principalmente porque a empesa pretende estocar e movimentar grandes volumes de Dicloroetano na fábrica do Pontal”, observou o sindicalista.

Com pureza de 99,9%, o Dicloroetano (EDC) é um produto inflamável em altas temperaturas, amplamente utilizado na indústria química para a produção de PVC e na fabricação de solventes; também é encontrado em produtos de limpeza e inseticidas.

POLO DE MARECHAL

O sindicalista contestou a informação de que a Braskem está promovendo uma transformação estratégica em sua unidade de PVC em Marechal Deodoro, com foco em sustentabilidade, inovação e aumento de competitividade.

“Conversa. A empresa está transferindo seus colaboradores da fábrica do Pontal da Barra para o Polo de Marechal, para depois demitir esses trabalhadores, sem direito a nenhum tipo de indenização ou bonificação”, revelou.

“Tudo isso, para economizar dinheiro no pagamento das rescisões trabalhistas, de acordo com as reivindicações do Sindicato e com a legislação trabalhista”, completou o sindicalista.

Mais de 350 trabalhadores da empresa estão ameaçados de demissão

Embora a Braskem garanta que não haverá demissões em massa de trabalhadores nas suas unidades em Alagoas, a diretoria do Sindipetro AL/SE calcula que, dos 350 colaboradores da empesa, cerca de 240 serão demitidos.

“As demissões realizadas ao longo do ano de 2025 estão dentro do índice de rotatividade de pessoal esperado na empresa, que fica em torno de 6%”, afirmou a Braskem, por meio de nota, encaminhada à reportagem da Tribuna Independente.

A direção do Sindicato calcula que até o final do ano, cerca de 80 trabalhadores diretos já tenham sido demitidos. Isso, sem contabilizar os trabalhadores indiretos e prestadores de serviço.

Para tentar frear a escalada de demissões, o Sindicato convocou uma reunião com a direção da Braskem, na semana passada, mas nenhum diretor da empresa compareceu para debater o assunto, tendo um representante do Ministério Público do Trabalho (MPT) como mediador.

O Sindicato também convocou a imprensa, na quinta-feira (13/11), para acompanhar a homologação de oito trabalhadores demitidos. Para o Sindipetro, isso é o começo de uma série de demissões que pode atingir centenas de trabalhadores com a paralisação da fábrica da Braskem no Pontal da Barra.

“É inaceitável tratar os trabalhadores como se fossem meros números por conta da alegada situação econômica desfavorável do ramo químico brasileiro. Isso ratifica a sanha por lucro que a Braskem sempre imprimiu em suas atividades. Nenhum compromisso social e ambiental”, afirmou Antônio Freitas.

A direção do Sindicato reafirma a defesa da estabilidade no emprego e, nos casos em que a permanência não for possível, exige indenização digna e valorização por tempo de serviço aos trabalhadores afetados.

“A Braskem precisa responder pelos danos que causou à cidade e às pessoas. Agora, ao desempregar pais e mães de família, a empresa mostra mais uma vez que seu compromisso é apenas com o lucro — e nunca com a vida”, concluiu Freitas.

O Sindipetro havia suspendido as assembleias que discutiriam a Convenção Coletiva de Trabalho após a empresa iniciar as demissões em plena campanha salarial — um gesto que, segundo a entidade, demonstra total desrespeito com os trabalhadores e com o diálogo social.

Para o Sindipetro, a atual política da empresa é mais um capítulo do mesmo modelo de atuação irresponsável que levou à destruição de cinco bairros em Maceió, resultado da mineração inconsequente de sal-gema.

Mineradora nega demissão em massa e diz que voltará a operar

Por meio de nota, a Braskem desmentiu a demissão em massa, disse que a fábrica do Pontal da Barra deve voltar a operar, confirmou que irá usar as instalações da unidade para estocar Dicloroetano, mas não admitiu que contaminou o lençol freático.

NOTA

A Braskem está promovendo uma transformação estratégica em sua unidade de PVC em Marechal Deodoro (AL), com foco em sustentabilidade, inovação e aumento de competitividade.

Como parte desse processo de transformação, a empresa concluiu em setembro a transição de sua unidade de produção de Cloro Soda para operação logística de dicloroetano (EDC) e firmou um contrato de fornecimento de longo prazo com uma empresa líder global na produção da matéria-prima, ampliando a competitividade e fortalecendo a cadeia produtiva do PVC.

A companhia destaca a continuidade de sua presença na unidade localizada do Pontal da Barra, que passou a ter flexibilidade para movimentar grandes volumes de EDC.

Desta forma, fizemos uma transição de um site de produção para um site de operação logística, mantendo sua relevância estratégica.

A Braskem reforça que não houve demissões em massa nas suas unidades em Alagoas. As demissões realizadas ao longo do ano de 2025 estão dentro do índice de turnover (ou rotatividade de pessoal) esperado na empresa, que fica em torno de 6%, e está em linha com o que foi praticado ano passado.

A Braskem reafirma o seu compromisso com desenvolvimento socioeconômico do Estado, impulsionando o fortalecimento da cadeia produtiva da química e do plástico”.

Fonte: Tribuna Hoje

Restrições de Israel provoca desnutrição em 90% da população de Gaza, alerta a ONU

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) alertou na quarta-feira que 90% da população de Gaza sofre de diferentes graus de desnutrição, enquanto as restrições israelenses continuam a bloquear a entrada de ajuda humanitária essencial no território.

O porta-voz da UNRWA, Adnan Abu Hasna, afirmou em uma coletiva de imprensa que as autoridades israelenses estão impedindo que “centenas de tipos de ajuda” cheguem ao enclave, acrescentando que nenhuma assistência entrou pela passagem de Zikim, no norte de Gaza.

Abu Hasna alertou que Gaza está à beira de uma grande catástrofe humanitária, particularmente com a chegada do inverno e a deterioração generalizada das tendas improvisadas que abrigam famílias deslocadas após meses de intenso conflito.

Seus comentários ecoam alertas anteriores da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que afirmou que, apesar do cessar-fogo, a situação humanitária em Gaza permanece extremamente crítica.

A coordenadora de emergência da MSF, Caroline Seguin, acusou as autoridades israelenses de obstruírem a entrada de suprimentos médicos, kits de higiene, materiais para abrigo e outros itens essenciais, descrevendo a dimensão do sofrimento como “totalmente evitável”.

Seguin disse que milhares de pessoas deslocadas estão vivendo em tendas superlotadas e deterioradas, sem água e eletricidade, com acúmulo crescente de lixo e aumento de casos de doenças de pele, respiratórias e gastrointestinais à medida que as temperaturas caem.

Fonte: Monitor do Oriente

90% dos professores relataram contato direto ou indireto com situações de censura no Brasil

Estudo do Observatório Nacional da Violência contra Educadores traça cenário de desvalorização e violência enfrentados por docentes em instituições públicas e privadas no país

Um longo estudo produzido pelo Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es (ONVE), ligado à Universidade Federal Fluminense (UFF), mostra que a censura e a perseguição a educadores se tornaram cotidianas nas salas de aula de escolas brasileiras públicas e privadas a partir da década de 2010.

O levantamento, realizado entre maio e setembro de 2024, ouviu 3 mil profissionais da educação de todas as regiões do país, e mapeou o cenário por região: os resultados indicam que ao menos 90% dos educadores relataram contato direto ou indireto com situações de censura. Entre aqueles que foram vítimas de ataques: 58% relatam tentativas de intimidação, 41% afirmam ter sido alvo de questionamentos agressivos sobre métodos de ensino e 35% tiveram conteúdos explicitamente proibidos. O estudo também identificou casos de insultos, remoções forçadas de local de trabalho e, em 10% dos episódios, agressões físicas.https://f35f60d81618471ce5a2179699279728.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-45/html/container.html?n=0

Os pesquisadores apontam que essas práticas configuram “violência contra educadores”, por serem persistentes, direcionadas à atuação profissional e acompanhadas de métodos agressivos e constrangedores. Ainda que atinjam outros profissionais, esses episódios impactam coletivamente a categoria. Prova disso é que 52% dos profissionais que apenas testemunharam ou ouviram falar de casos afirmam ter sido afetados na vida pessoal ou profissional, desenvolvendo medo, insegurança e autocensura.

Saltos de ocorrências em anos eleitorais

A perseguição a docentes cresceu de forma contínua ao longo dos anos 2010, com saltos expressivos em 2014, 2018 e 2022. Os picos coincidem com momentos de maior polarização e radicalização política no país, como a ascensão do discurso da “Escola sem Partido”, promovida por bolsonaristas, e as eleições presidenciais com Jair Bolsonaro marcadas pela disseminação de desinformação. Para os pesquisadores, há correlação entre ciclos eleitorais e a intensificação de ataques às liberdades de ensinar e aprender

Outro dado que chama atenção é a origem das agressões. Diferentemente da narrativa que aponta para agentes externos, a pesquisa mostra que a violência parte principalmente de atores internos às escolas. Profissionais das equipes pedagógicas aparecem como principais agentes, citados em 57% dos casos, seguidos por familiares de estudantes (44%), alunos (34%) e outros professores (27%).

Os impactos emocionais e profissionais são profundos. Entre os educadores diretamente atingidos, 76% afirmaram que o episódio afetou de maneira significativa sua vida pessoal e sua trajetória no trabalho. Muitos relataram ter retirado temas obrigatórios de suas aulas, reduzido atividades públicas ou evitado debates para não se tornarem alvo de hostilidade. 

Professores relatam maior pressão ao abordar temas como política, gênero e sexualidade, direitos humanos, racismo, desigualdades sociais e questões ambientais. De acordo com o estudo, movimentos ultraconservadores conseguiram transformar conteúdos previstos nos currículos em assuntos “controversos”. Dizem os pesquisadores:

“Alta incidência de intimidação e questionamentos aos educadores que seguem as diretrizes que regem seu ofício e os abordam em seu cotidiano pedagógico […] literatura acadêmica sobre o cenário educacional e político brasileiro é consensual na análise de que movimentos extremistas utilizaram a educação como plataforma para conquista de atenção e capital político. Diferentemente de outros ataques efeitos ao campo educacional, a censura que abordamos aqui surge de movimentos que disputam a escola por dentro, buscando incidir sobre o cotidiano escolar com sua visão de mundo conspiratória, prejudicando a convivialidade nas comunidades educativas e diminuindo a densidade democrática desses espaços. Tais situações prejudicam não só a liberdade de ensinar, mas também a liberdade de aprender dos estudantes, cujo direito à educação é cerceado”

Alternativas para proteger docentes e reconstruir debates nas escolas

Um conjunto de recomendações político-pedagógicas, jurídicas e de políticas públicas são sugeridas pelo estudo, que propõe um novo marco de proteção aos educadores no Brasil.  

O estudo aponta que qualquer política voltada à dignidade docente deve começar por condições reais de trabalho. A precarização da infraestrutura educacional, afirma o documento, afeta toda a comunidade escolar e contribui para o aumento da violência. Defende-se salários justos, infraestrutura adequada e reconhecimento da relevância social da profissão.

Outro eixo defendido é a consolidação da gestão democrática das escolas, com eleição direta das equipes gestoras, fortalecimento de conselhos escolares, grêmios estudantis e associações de pais e ex-alunos. A participação da comunidade escolar deve ter caráter deliberativo, com apoio material e formação específica.

O texto reforça que professores das redes pública e privada devem ser reconhecidos como defensores de direitos humanos, conforme previsto na Constituição de 1988 e na legislação educacional. Segundo o documento, o exercício profissional voltado ao combate às discriminações e à promoção da democracia não pode se tornar motivo de ataques.

Por isso, empregadores, tanto governos quanto instituições privadas, devem assegurar proteção jurídica aos docentes que cumpram as diretrizes curriculares. Protocolos internos precisam ser atualizados para enfrentar a crescente hostilidade contra temas previstos em lei.  Sindicatos também são chamados a atuar como espaços de acolhimento e defesa trabalhista para profissionais alvo de perseguição.

Entre as medidas propostas está a criação de um fluxo específico no Disque Direitos Humanos (Disque 100) para denúncias de violência contra educadores. O estudo também recomenda incluir a categoria formalmente no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, ampliando a rede de proteção a casos de ameaça e perseguição. Outra medida é o estabelecimento de protocolos preventivos nas ouvidorias e controladorias para evitar o uso abusivo de canais de denúncia por grupos extremistas, prática que tem sido utilizada para intimidar professores.

O texto alerta para o uso indevido de sindicâncias e Processos Administrativos Disciplinares (PADs) como ferramentas de perseguição. Secretarias de educação devem seguir estritamente a legalidade, evitando abertura indiscriminada de investigações que, mesmo quando arquivadas, causam adoecimento e prejuízos profissionais.

Defende-se a implementação plena da Lei 13.935/2019, que garante psicólogos e assistentes sociais na educação básica. Também propõe a criação de Núcleos de Acompanhamento Psicossocial (NAPS) alinhados ao projeto pedagógico das escolas e espaços permanentes de acolhimento e escuta para professores e estudantes.

Ainda segundo o estudo, o poder público precisa combater ativamente o silenciamento promovido por movimentos extremistas que atacam conteúdos ligados a gênero, sexualidade, equidade racial e direitos humanos. O documento cita decisões recentes do Supremo Tribunal Federal e diretrizes do MEC como caminhos para sustentar políticas educacionais que promovam igualdade e combate à discriminação.

Confira o relatório completo abaixo:

https://revistaforum.com.br/brasil/2025/11/16/em-cada-10-professores-souberam-ou-vivenciaram-casos-de-censura-ou-perseguio-no-brasil-192209.html

Fonte: Revista Fórum

REI POSTO, REI MORTO

Flávio Show – Funcionário dos Correios

Maceió, 16 de Novembro/ 2025

Essa semana que passou foi celebrado revolução francesa tupiniquim, mais conhecida como a Proclamação da República ocorrida em 1889, ou seja, cem anos após a Revolução Francesa que ocorreu em 1789. Na Revolução Francesa o povo estava indignado com a Nobreza e o Clero sob o comando de Luís XVI , daí o povão tocou o terror e mais ou menos 3 anos depois o Seu Luis foi para a guilhotina. Aqui a revolta era comandada pelos milicos que estavam revoltados com as condições de trabalho e seus baixos salários. ( lembrou de alguem?)A revolta tambem contava com civis e num foi muito raivosa não, foi mais naquele jeitinho brasileiro, conversa aqui, acolá e o golpe, digo, a revolução aconteceu, o Rei( Imperador) Dom Pedro II foi pra guilhotina, foi não, Dom Pedro foi obrigado a deixar o pais rumo à Europa onde morreu mais ou menos 3 anos depois. O alagoano e Marechal Deodoro da Fonseca assume o cargo de rei, digo, de Presidente do Brasil, começava ali a República, Velha, mas começava. Viva os golpes!

Por falar em Golpe, o recurso do Inelegível foi rejeitado pelo STF e a guilhotina, digo, a prisão se aproxima. Mais uma vez um milico se pinta de golpista e tenta dar mais passar a perna no Brasil, falhou!
Diferentemente da Revolução Francesa e da revolta da Proclamação da República, o rei não morreu e nem teve a cabeça cortada apesar das tentativas.
Lula continua firme e a República que era velha continua viva e Nova.
O Brasil não é para amadores, saiu um Rei(Imperdaor) e entrou um milico, que saiu para um civil, que saiu para um militar, que voltou para as mãos de um civil e quase voltou em 2023 para as mãos de outro milico, mas ele brochou; ou é broxou?

Outro golpe ta rolando, mas dessa vez o trono almejado é outro. O Secretário de Segurança do Tarcísio, Guilherme Derrite tenta decepar a cabeça da Policia Federal do projeto de lei contra o crime organizado. Derrite tenta a todo custo enfraquecer a atuação da PF nas investigações que envolvem os grandes criminosos do país. Estaria ele prevendo que seus parças poderão receber a visita dos policiais em seus “barracos de madeira” na vielas e becos de Alphaville? Derrite tenta derreter o projeto e com essa manobra acabou derretendo o seu padrinho, o Tarcísio. Ja ficou claro que a Extrema Direita é contra o funcionamento das instituições e órgãos fiscalizadores e o Derrite ta parecendo mais um Secretário de Segurança particular, do que o Secretário de Segurança do estado de Sao Paulo.
Triste fim !

Pra finalizar; o Tarifaço começa a perder força aqui no Brasil, a química entre Trump e Lula ja é o novo elemento da Tabela Periódica, agora basta saber se são metais ou ametais, isso é de grande importância e faz toda diferença!

Reflexões* Flávio Show 2025 , ano 05 – Edição 258

Adeilson Bezerra tenta barrar demarcação Xukuru-Kariri

Presidente do partido Solidariedade aciona STF com pedido de suspensão com base no direito de propriedade privada

Com o processo de demarcação das terras do povo Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios, começando a avançar, as reações na região se acirraram nos últimos meses. Na última quinta-feira (13), três dias após a escola indígena ser atacada a tiros e a Fundação Nacional do Índios (Funai), acionar a Polícia Federal (PF), o presidente do partido Solidariedade em Alagoas, Adeilson Bezerra, acionou a direção nacional para ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) impedir que a demarcação seja homologada.

A Ação Direta de Constitucionalidade pede a suspensão dos atos de demarcação em curso com base no direito de propriedade privada. A justificativa de Adeilson Bezerra para atuar contra a conclusão do processo de demarcação seria o fato de que a área demarcada representa uma parte muito grande da cidade.

“Significa praticamente um terço de Palmeira dos Índios que vai virar a reserva indígena e onde atinge sobretudo áreas urbanas. Quando foi demarcado em 2010, há 15 anos atrás, o município era outro. Tem conjuntos habitacionais que estão no marco temporal”, argumenta o presidente do Solidariedade em contato com a reportagem da Tribuna Independente.

Na avaliação dele, com base na experiência de vida como cidadão de Palmeira dos Índios, lá não tem muitos índios. O advogado entende que não se pode tratar Alagoas da mesma forma que outros Estados. “São cerca de 2 mil indígenas, numa população de 75.000 pessoas. O pessoal confunde, como se fosse Rondônia, Roraima, Mato Grosso do Sul. Lá não tem conflito, lá os índios já são aldeados. Não tem conflitos, não tem briga”.

A área que foi demarcada pelos técnicos em 2010 é de 5 mil hectares. Bezerra desqualifica a análise e diz que o estudo não tem valor. “Esse número de 5 mil é com base, como eu disse a você, em chão de giz. É informação antropológica em que só ouviram um lado. Tem um contra laudo feito à época pelos agricultores que não foi levada em processo judicial, foi só administrativo”.

O marco temporal, citado por ele, é uma ação do STF que estabelece que apenas teriam direitos sobre as terras aqueles que já as ocupassem no marco do dia 5 de outubro de 1988 – dia da promulgação da nossa mais recente Constituição Federal.

As denominadas “Terras Indígenas” (TIs), as quais se refere o artigo 231 da Constituição, dizem respeito àquelas que são ocupadas por esses povos desde antes mesmo da configuração do estado brasileiro. Assim, são igualmente reconhecidos sua cultura e seus valores.

Por outro lado, há o entendimento em outras ações de que etnias teriam sofrido extermínio durante o período colonial, e por isso houve evasão de alguns territórios para fugir da repressão. Ou seja, eles deixaram as terras de forma involuntária, mas originalmente era quem ocupava. Um exemplo é a ação julgada em 2019, onde o ministro do STF, Alexandre de Moraes, definiu que o caso dos Xoklengs no estado de Santa Catarina serviria de base à decisão do Marco Temporal.

No início deste mês foi divulgada uma pesquisa de opinião do Instituto Quaest em parceria com a organização More in Common, revelando que a esmagadora maioria do povo brasileiro apoia a demarcação de terras indígenas como solução climática, em todos os espectros políticos: 92% dos progressistas e 69% dos conservadores concordam com essa medida.

O povo Xukuru-Kariri vem buscando a homologação da demarcação há pelo menos 12 anos. Em entrevista à Tribuna Independente em dezembro de 2024, Mano Tanawy, liderança da comunidade, afirmou que antes de existir o município, os indígenas já estavam na região, e o processo territorial é repleto de massacre aos direitos e há um conflito recente devido à construção de um parque aquático na área demarcada.

“O processo territorial do Xukuru Kariri é um massacre aos direitos, à Constituição Federal, que vem se arrastando ao longo desse tempo. Porque o povo Xukuru Kariri, que era dono de todo aquele território da cidade Palmeiras dos índios, ali a principal aldeia Xukuru Kariri era na cidade, e a gente foi expulso de lá, muitos morreram nessa invasão. E com o tempo depois o SPI [Serviço de Proteção Indígena], na época que antes da Funai [Fundação Nacional do Índio] foi quando colocou alguns índios que encontrou fugido, lá na Fazenda Canto que era localizada em um canto da cidade, onde não interferia naquela parte que estava se criando a cidade, na época. Os estudos da época deram como pertencentes aos Xukuru Kariri o território de 38 mil hectares de terra. E ao longo do tempo a gente vem nessa negociação para demarcação homologação com a desintrusão acontecer e a Xukuru Kariri só perdeu, porque depois dos 38 mil, baixou para 26, depois para 18.020, e agora para 7, e ainda não saiu”, afirmou o indígena.

Fonte: Tribuna Hoje

Israel montou rede clandestina para deslocar palestinos de Gaza

Autoridade Palestina alerta contra ‘agentes de deslocamento’ em Gaza após voo da África do Sul

As autoridades palestinas afirmam que empresas e entidades obscuras estão atuando em conluio com Israel no tráfico de pessoas.

Os palestinos, especialmente aqueles na Faixa de Gaza, devem estar atentos a redes que buscam removê-los de suas casas em consonância com os interesses israelenses, alertou o Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina.

O alerta surgiu um dia depois de 153 palestinos, que deixaram Gaza sem saber seu destino final e sem a documentação adequada, chegarem à África do Sul a bordo de um voo proveniente do Quênia na sexta-feira e ficarem retidos por 12 horas enquanto as autoridades investigavam o caso.

A África do Sul, que está movendo uma ação por genocídio contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), concedeu vistos de 90 dias aos palestinos devastados pela guerra.

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina expressou no sábado “profunda gratidão” pelo apoio das autoridades e do povo sul-africano, bem como pela decisão de conceder vistos temporários às pessoas que, segundo ele, partiram do aeroporto de Ramon, no sul de Israel.

A embaixada palestina em Pretória afirmou estar trabalhando para auxiliar os viajantes que “suportaram mais de dois anos de guerra genocida israelense, assassinatos, deslocamentos e destruição”.

Mas alertou que empresas, entidades não oficiais e intermediários não registrados dentro do território palestino ocupado por Israel estão tentando enganar os palestinos e incitá-los a deixar o país.

“O ministério apela ao nosso povo, especialmente ao nosso povo na Faixa de Gaza, para que tenha cautela e não se torne vítima do tráfico de seres humanos, de comerciantes e empresas de sangue, e de agentes de deslocamento”, afirmou.

Segundo a Autoridade de Gestão de Fronteiras da África do Sul, 130 palestinos entraram no país, enquanto 23 foram transferidos da África do Sul para outros destinos a partir do próprio aeroporto. A maioria deverá solicitar asilo.

Uma organização humanitária sul-africana, a Gift of the Givers, afirmou estar empenhada em acolher os visitantes durante a sua estadia.

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O fundador da organização beneficente, Imtiaz Sooliman, disse à emissora pública SABC que não sabia quem havia fretado a aeronave e que o primeiro avião, transportando 176 palestinos, pousou em Joanesburgo em 28 de outubro, com alguns passageiros seguindo viagem para outros países.

Ele afirmou que os relatos dos palestinos que chegaram ao país indicam que Israel parece estar removendo pessoas de Gaza e colocando-as em um avião sem carimbar seus passaportes, a fim de deixá-las abandonadas em terceiros países.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel e o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não reagiram ao incidente, mas Israel e os Estados Unidos têm pressionado repetidamente para que o maior número possível de palestinos deixe Gaza, mantendo negociações com diversos países sobre o assunto.

O Coordenador das Atividades Governamentais nos Territórios (COGAT), a organização militar israelense responsável pelas passagens de fronteira de Gaza, foi citado pela mídia israelense afirmando ter recebido aprovação de um terceiro país para receber os palestinos, como parte de uma política do governo israelense que permite a saída de residentes de Gaza. O nome do terceiro país não foi divulgado.

Após enfrentarem bombardeios incessantes e fome em Gaza, os palestinos foram instruídos a abandonar todos os seus pertences e embarcar em um voo para um destino desconhecido.

Antony Loewenstein, autor de “The Palestine Laboratory”, um livro sobre a indústria de armas e vigilância de Israel, afirmou que o esquema de trânsito poderia estar em operação há semanas ou meses antes de ser detectado.

Ele disse à Al Jazeera, de Jacarta, capital da Indonésia, que têm circulado rumores sobre empresas que realizam esses voos, o que aparentemente “exige permissão de Israel, bem como de outros países”.

“Este é o conceito de pessoas lucrando com a miséria alheia”, disse ele, apontando também para as operações obscuras e o site da empresa que administrava o esquema.

“Vejo isso como uma forma de limpeza étnica”, disse Loewenstein. “A questão é que há pessoas que fornecem [o trânsito] e o Estado israelense o facilita, um Estado onde muitos ministros do governo israelense, e francamente o público israelense, não querem nenhum palestino em Gaza, e temo que isso faça parte dessa missão.”

Fonte: Al Jazeera

Deputado evangélico investigado em fraude do INSS teria recebido R$ 14,7 mi em propina

Segundo a PF, Euclydes Pettersen é denominado como “Herói E” nas planilhas apreendidas

A PF (Polícia Federal) aponta que o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) teria recebido R$ 14,7 milhões em propina no esquema de desvios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Segundo a PF, Euclydes é denominado como “Herói E” nas planilhas apreendidas. Consta ainda que ele recebia valores mensais fixos, repassados por meio de empresas controladas por Cícero Marcelino de Souza Santos, ex-procurador-geral do INSS, e seu assessor André Luiz Martins Dias.

A investigação diz que o parlamentar era figura essencial no esquema, porque concedida acesso a Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil).

Carlos Roberto teria influência na indicação de nomes para a presidência do INSS.

Ainda de acordo com a corporação, o deputado era “a pessoa melhor paga na lista de propina”.

CNN Brasil tenta contato com o gabinete de Euclydes.

Fonte: CNN Brasil

STF encerra julgamento e Bolsonaro está a caminho da prisão na Papuda

Trânsito em julgado, que coloca um ponto final no julgamento de Bolsonaro, pode ser declarado nos próximos dias e início do cumprimento da pena, de 27 anos e 3 meses de prisão, poderá ser decretada.

Às 23h59 desta sexta-feira (14), a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou a sessão virtual, iniciada há uma semana, para julgamento dos embargos declaratórios da defesa de Jair Bolsonaro (PL) e de outros seis integrantes do núcleo crucial da organização criminosa que recorreram das condenações impostas por tentativa de golpe de Estado. 

Apenas o delator, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tenente-coronel Mauro César Cid, não recorreu da decisão e na última quarta-feira (12) foi comunicado pelo ministro relator, Alexandre de Moraes, do “início do
cumprimento da pena de reclusão de 2 (dois) anos, em regime aberto”.

A expectativa agora é quando Moraes deve determinar o cumprimento da condenação, de 27 anos e 3 meses de prisão fechada, a Jair Bolsonaro.

Além do ex-presidente, devem ser presos em regime fechado os ex-ministros  Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, já se encontra preso no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro.

A caminho da Papuda

Na próxima segunda-feira (17), o Diário Oficial da Justiça deve oficializar a divulgação do resultado do julgamento dos recursos. Flávio Dino, presidente da primeira turma, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia seguiram integralmente o voto do relator em relação a Bolsonaro.

A partir daí, a corte abre novo prazo, de cinco dias, para apresentação de recursos – “embargos dos embargos”, para contestar a decisão, ou embargos infringentes, para contestar a tramitação na Justiça.

Os novos embargos de declaração não têm efeito suspensivo. Se a primeir a primeira turma rejeitar os embargos infringentes — cenário considerado certo — a defesa ainda pode pedir que o colegiado analise essa negativa. Isso, porém, não impede a declaração do trânsito em julgado.

A partir da publicação do acordão sobre o julgamento dos embargos, que deve acontecer já na próxima semana, não haverá mais impedimento para determinação do cumprimento de pena e Bolsonaro estará a caminho do Complexo Prisional da Papuda. A execução da pena será supervisionada pelo próprio Moraes.

Damares já pede para visitar a Papuda

À medida que o fim dos recursos se aproxima, aliados de Bolsonaro se movimentam nos bastidores. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) solicitou à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal autorização para visitar o Complexo Penitenciário da Papuda — possível destino do ex-presidente após o trânsito em julgado.

A Seape, no entanto, encaminhou o pedido ao STF, afirmando que “a solicitação faz referência a custodiado vinculado à Ação Penal nº 2668, sob jurisdição do Supremo Tribunal Federal (STF)”. A visita, planejada para segunda-feira (10), não ocorreu. Damares agora espera manifestação de Moraes.

À coluna “Radar”, da revista Veja, Damares disse que quer “inspecionar” a cela em que Bolsonaro ficará na Papuda para saber quanto tempo demoraria para, em caso de emergência, o ex-presidente ser levado da prisão para uma unidade de saúde. 

“Se ele tiver uma crise de refluxo que for para os pulmões, ele tem vinte minutos para chegar no hospital. (Sem o atendimento no tempo certo) ele vai morrer”,  disse Damares. 

Fonte: Revista Fórum

iFood tem que reconhecer vínculo de emprego com entregadores, decide TRT-2

TRT-2 negou recurso da empresa de delivery e confirmou decisão que fixa indenização de R$ 10 milhões

O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-2) negou recurso do iFood e manteve decisão que obriga a empresa a reconhecer o vínculo de emprego com os entregadores e a pagar indenização de R$ 10 milhões por dano moral coletivo. A determinação é resultado de ação civil pública do Ministério Público do Trabalho (MPT), movida em 2019.

O coordenador nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho (Conafret) do MPT ,Rodrigo Castilho, comemorou o desfecho do caso. “A decisão reafirma a tese do MPT de que a relação jurídica existente entre os entregadores e o iFood é uma relação de emprego, com incidência de direitos e garantias sociais a todos os entregadores. É uma decisão importantíssima no momento em que o STF inicia o julgamento do Tema 1.291, que trata, justamente, da relação jurídica dos trabalhadores da Uber. A decisão do TRT de São Paulo tem força jurídica para nortear e servir de parâmetro para o STF basear seu precedente vinculante.”

No processo, o MPT acusa o iFood de dumping social, ou seja, sonegação de direitos trabalhistas e despesas tributárias para reduzir custos do negócio e obter vantagem comercial. A instituição ainda expõe a falta de autonomia dos entregadores, que não decidem nem quanto será cobrado pelo seu trabalho. É o algoritmo do aplicativo que define o trajeto a ser percorrido, o tempo de deslocamento e o tempo de espera. A empresa também exige escalas de serviço que devem ser cumpridas pelos entregadores, sob pena de aplicação de multas ou desligamento de suas plataformas.

Ao recusar a contestação do iFood, o desembargador relator do TRT-2 Ricardo Nino Ballarini explicou que a “decisão que reconhece o vínculo de emprego não ‘cria’ obrigações, mas apenas declara a existência de relação jurídica regida pela CLT e, por consequência, impõe o cumprimento das obrigações que dela decorrem por força de lei”.

Fonte: CUT

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