Em greve, servidores da educação fazem manifestação por reposição salarial

No terceiro dia de greve, os trabalhadores e as trabalhadoras da educação seguem mostrando a força da categoria. Com uma adesão que atingiu 80% das escolas fechadas, os profissionais da educação seguem dizendo não a proposta de reajuste de 4% oferecida pelo prefeito de Maceió JHC (PSB).

Nessa quarta-feira (13), a categoria realizou uma concentração na praça Deodoro, onde foi realizada uma panfletagem e depois os manifestantes realizaram uma caminhada até a Secretaria de Finanças do município. O pátio da Secretaria ficou lotado por servidores de diversas escolas de Maceió. O Sinteal e representantes dos movimentos sociais cobraram negociação por parte do prefeito JHC.

Segundo a presidenta do Sinteal Consuelo Correia, a manifestação “reforçou a importância do diálogo com a população sobre o movimento grevista.” Para Consuelo “o Sinteal reforça a posição de não aceitar os 4% oferecidos pela prefeitura e que os professores e técnicos só retornam ao trabalho quando JHC apresentar uma proposta de verdade.” Ainda segundo o Sinteal, a Prefeitura tem dinheiro para fazer propaganda milionária, mas não quer negociar com a educação.

Garimpeiro amigo de Bolsonaro, movimentou R$ 1 bilhão em exploração ilegal de ouro, segundo a PF

O empresário Márcio Macedo Sobrinho, sócio da Gana Gold, atual M.M Gold, empresa investigada pela Polícia Federal por garimpo ilegal na região Norte do país, esbanjava uma vida de luxo.

Fotos, trocas de mensagens e documentos amealhados pela PF na operação Ganância, deflagrada na quinta (7), mostram movimentações milionárias em suas contas e gastos com helicópteros, lanchas, caminhonete importada e uma festa de casamento embalada ao som de duplas sertanejas famosas.

Relatório da PF expõe a movimentação financeira de Macedo e de seu grupo empresarial e mostra que, entre os anos de 2020 e 2021, a exploração ilegal de ouro rendeu cerca de R$ 1,1 bilhão ao garimpeiro.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a PF afirma que o grupo empresarial liderado por Macedo é suspeito de garimpo ilegal de ouro e teria movimentado cerca de R$ 16 bilhões entre 2019 e 2021. Parte dos valores proveniente do garimpo teria sido lavada em criptomoedas.

A empresa Gana Gold, de acordo com a investigação, “esquentava” o ouro extraído ilegalmente em garimpos da região Norte do país. Para isso, ela se valia de licenças ambientais inválidas, extrapolando os limites de pesquisa que possuía.

A empresa não foi encontrada pela reportagem para comentar as acusações.

Em um documento anexado ao pedido de buscas e prisões, a PF detalha por meio de fotos como o empresário gastava parte do dinheiro oriundo do garimpo ilegal.

O casamento de Macedo, por exemplo, teve duas duplas sertanejas famosas como atração. Bruno e Marrone, dos clássicos Dormi na Praça e Choram as Rosas, e Jads e Jadson cantaram no evento.

“De acordo com sites abertos, o cachê da primeira dupla é de aproximadamente R$ 220 mil e o da segunda chega a R$ 80 mil, valores elevados gastos apenas com as bandas do casamento”, diz a PF.

Os investigadores também elencam no documento fotos de bens de luxo de Macedo, todos com um adesivo com sua logomarca particular: a MM, iniciais do seu nome.

Entre as fotos juntadas no relatório pelos investigadores estão uma lancha com o nome “Garimpeiro”, caminhonete importada, helicóptero e aviões.

Outro bem que a PF aponta para a vida de luxo de Macedo é a mansão em Novo Progresso (PA).

“Chama a atenção a ostentação da residência de Márcio no Município de Novo Progresso/PA, de onde gerencia toda a estrutura de seus garimpos ilegais no estado, totalmente destoante dos demais imóveis da região, sobretudo por contar com heliporto próprio no imóvel.”

O garimpeiro também teve uma conversa interceptada em que relata a intenção de construir uma nova mansão, essa em Goiânia (GO).

Na futura residência, Macedo tinha intenção de construir um heliponto. “Se não for pra ter um heliponto o que que compensa eu investir num lugar desse? Eu já sou acostumado com helicóptero. Tenho dois helicópteros, entendeu?”, disse à interlocutora de nome Priscilla.

Em seguida, ele explica que o objetivo era construir outra mansão nos moldes da que mantém em Novo Progresso.

“Priscila, eu vou fazer uma casa, uma mansão boa mesmo, entendeu? Tecnologia, design moderno, usando madeira, entendeu? É porque você não foi na minha casa lá de Progresso, né? Eu gosto de trem um pouquinho rústico também.”

Fonte: Yahoo! Finanças

Mais um sindicato inédito é fundado nos EUA

Em Maryland, nos EUA, os funcionários da loja de material electrónico Apple Store, acabam de votar pela formação de um sindicato, apesar das dificuldades impostas pela Lei norte-americana e da pressão patronal.

Um sindicato nos EUA só pode negociar com o empregador, ao nível de uma estrutura, se representar a maioria dos empregados do local. Para que essa maioria seja reconhecida, deve recolher as assinaturas de pelo menos um terço dos empregados, após o que se organiza um escrutínio secreto no qual tem de ser obtida a maioria dos votos.

Durante o período que antecede a votação, o empregador tem a oportunidade de pressionar os empregados, colectiva e individualmente, para que votem contra o sindicato, e não hesita em fazê-lo.

Este sistema significa que alguns sectores são historicamente muito sindicalizados – como a indústria, os transportes e a Educação – enquanto outros não têm sindicatos.

No caso desta Apple Store, a gerência convocou os funcionários individualmente, para lhes explicar que não eram obrigados a sindicalizar-se e contratou um advogado para dissuadi-los de formar um sindicato. No final, 65 votaram a favor e 33 contra.

Depois da Amazon e da Starbucks, foi a vez dos trabalhadores da Apple

Esta votação acontece no seguimento da de funcionários de vários cafés da rede Starbucks, bem como da de funcionários do principal armazém da Amazon em Nova York, duas empresas em que não havia sindicatos. Agora, militantes estão a formar novos sindicatos em vários armazéns da Amazon e, por outro lado, houve um processo de sindicalização em mais de 150 dos 9 mil cafés da Starbucks, desde o primeiro (em Buffalo) em Dezembro de 2021, e estão a ser organizadas outras 100 votações.

O procedimento também está a ser realizado noutras três Apple Stores e funcionários da Google criaram igualmente um sindicato há dois anos, que ainda não está reconhecido.

Um movimento de muitos milhares de trabalhadores

Não se trata de um movimento organizado de cima: alguns desses sindicatos estão filiados na grande Central sindical AFL-CIO, outros no sindicato SEIU (Sindicato Internacional de Empregados de Serviços, que rompeu com essa Central), e há outros que são independentes.

É o movimento de muitos milhares de trabalhadores de sectores não sindicalizados que procuram unir-se para defender as suas condições de trabalho. Ainda não há uma onda de organização sindical, mas sondagens indicam que a maioria dos trabalhadores nos EUA gostaria de ter sindicatos mais fortes em seus locais de trabalho.

Como é habitual quando o Presidente dos EUA é do Partido Democrata, Biden dirigiu-se à Convenção da AFL-CIO, que se realizou de 13 a 15 de Junho. A AFL-CIO é, de facto, uma apoiante tradicional do Partido Democrata, agora numa situação em que Biden tem apenas uma maioria muito pequena no Parlamento – que corre o risco de perder nas eleições intercalares de Novembro – e não tem qualquer apoio popular.

O jornal The Washington Post, datado de 16 de Junho, relata esta intervenção de Biden, sublinhando que os líderes sindicais da AFL-CIO são “a coisa mais próxima que ele pode ter como base”. E prossegue com a análise de como o seu discurso – totalmente centrado nos projectos de grandes obras públicas bloqueados pelos Republicanos – caiu como cabelo na sopa perante um auditório principalmente preocupado com a inflação galopante.

A economia dos EUA parece à beira do colapso, com a inflação a estrangular os trabalhadores norte-americanos um pouco mais a cada dia que passa. Não existe nenhuma ilusão, na população, de que as eleições intercalares possam resolver estes problemas. Mas há uma procura de organização, no terreno da luta de classes, para defender as condições de vida dos trabalhadores, ameaçados pela inflação e pelo risco de colapso económico. Isso é incarnado por esses votos, cada vez mais numerosos, para a formação de sindicatos.

Crónica de Devan Sohier publicada no semanário francês “Informations Ouvrières” – Informações operárias – nº 711, de 23 de Junho de 2022, do Partido Operário Independente de França.

Fonte: Pous4

Anitta “quebra a internet” após apoio a Lula.

Depois que Anitta declarou abertamente seu apoio ao presidente Lula nas eleições de 2022, não faltaram memes para comemorar a decisão e até mesmo planejar a festa da posse em janeiro de 2023.

“Este ano estou com Lula e quem quiser minha ajuda pra fazer ele bombar aqui na Internet, tik tok, Twitter, instagram é só me pedir que estando ao meu alcance”, disse a cantora em suas redes nesta segunda-feira (11).

Anitta citou o caso do assassinato de um apoiador de Lula, Marcelo Arruda, morto por um bolsonarista em Foz doo Iguaçu. “Se não houvesse uma morte envolvida neste caso do apoiador de Lula que foi atacado por um bolsonarista eu diria que a burrice dessas pessoas chega a ser engraçada. Mas não. É apavorante”.

“A partir deste momento eu sou Lulalá primeiro turno. E lutarei por uma novidade na política presidencial brasileira nas próximas eleições”.

Fonte: Mídia Ninja

Bolsonaro quer pagar apoio político de Collor com perdão de sua dívida de 14 milhões ao BNDES

Desesperado pelos péssimos resultados nas pesquisas eleitorais que indicam vitória de Lula já no primeiro turno, Bolsonaro revolver abrir os cofres públicos. Além do orçamento secreto que movimenta a compra escancarada de deputados e senadores do Centrão e da PEC eleitoral que cria até auxílio para caminhoneiros, agora é a vez de perdoar as dívidas dos aliados políticos.

Segundo o portal Uol o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sinalizou ter chegado a um acordo com a OAM (Organização Arnon de Mello) para votar a favor do plano de recuperação judicial das empresas de comunicação da família Collor de Mello em Alagoas. O grupo negocia um total de R$ 64 milhões em dívidas, das quais o banco público é o maior credor.

Após quase três meses de negociação, um aditivo foi incluído ao plano pela empresa devedora na última segunda-feira (4). O Uol teve acesso ao novo plano, em que a OAM altera a proposta inicial, prevendo um perdão de 70% do débito original com o BNDES. Só com o banco as dívidas totalizam R$ 14,4 milhões, em valores de 2019.

Redação com Uol

Forró pé de serra anima lançamento do Comitê Popular de Luta do litoral norte

Neste domingo, 10 de julho, ocorreu no estacionamento da Aline, na Garça Torta, um ato de lançamento do Comitê Popular de Luta do litoral norte. O evento foi marcado pela presença de moradores da Garça Torta, Riacho Doce, Ipioca e adjacência. Com a animação de um grupo de forró pé de serra e barracas de comidas e bebidas, os moradores e convidados se confraternizaram e discutiram propostas de ação política.

No ato, fizeram uso da palavra o professor Luizinho, o vereador Valmir Dias e o deputado Paulão, além de dirigente do PT Jane Alves e da coordenação do Comitê Pablo Fernandes, Aguinilton Almeida e Suzana Marcolino. A grave situação política que o Brasil atravessa e a necessidade de derrotar a política genocida de Bolsonaro foram os principais pontos abordados.

O Comitê Popular de Luta deve realizar ações junto a comunidade esclarecimento e de mobilização em defesa das reivindicações dos moradores. 

Em novo atentado Bolsonarista, homem invade festa e assassina aniversariante no Paraná

Bolsonarista assassina líder do PT em Foz do Iguaçu durante festa de aniversário. Marcelo Arruda era tesoureiro do PT na cidade. Crime político aconteceu depois do policial bolsonarista gritar “é Bolsonaro, seus filhos da puta”. Veja o vídeo da festa antes do assassinato e a foto do assassino num post de apoio a Bolsonaro.

O primeiro assassinato político do bolsonarismo na campanha eleitoral 2022 aconteceu nesta madrugada em Foz do Iguaçu (PR). O guarda municipal Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10) em sua festa de 50 anos de idade após levar três tiros disparados pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH).

Marcelo havia sido candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT em 2020, era diretor do Sindicato de Servidores Públicos do município e tesoureiro do PT em Foz. A festa acontecia na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), toda ela com temas vinculados ao PT e à candidatura Lula, com cantos e vivas ao ex-presidente. Veja abaixo o vídeo da festa antes do assassinato. 

O assassino interrompeu a festa cerca de 20 minutos antes do assassinato. Ele parou seu carro do lado de fora da Aresfi, onde acontecia a comemoração, aos gritos de “é Bolsonaro, seus filhos da puta”. Ele estava com sua esposa e filha no carro. Quando Marcelo Arruda saiu da festa para ver o que acontecia, o assassino apontou o revólver, enquanto a mulher gritava, “para com isso, vamos embora”. Ele deixou o local em seguida, prometendo voltar aos gritos: “Eu vou voltar e matar todos vocês, seus desgraçados”

Ato contínuo, Marcelo foi até seu carro e pegou seu revólver funcional, afirmando a uma pessoa da festa, “vai que esse maluco volta mesmo, eu não vou ficar desprevenido”. A festa prosseguiu por mais 20 minutos até que o bolsonarista assassino voltou e invadiu o local de arma em punho. Marcelo identificou-se como guarda municipal, mostrando seu distintivo e já com sua arma nas mãos, mas de nada adiantou. Guaranho disparou duas vezes com sua pistola uma Taurus 24/7  calibre40https://d-11430981153143769167.ampproject.net/2206101637000/frame.html

O primeiro tiro foi na perna de Marcelo Arruda, que caiu. Como numa execução, o policial penal federal aproximou-se e deu outro tiro. O líder do PT recebeu o tiro nas costas, conseguiu virar-se e deu cinco tiros no bolsonarista. Segundo um amigo de Marcelo, “com sua reação, ele conseguiu evitar uma chacina, foi um herói”.

O líder do PT morreu pouco depois e o assassino estava na manhã deste domingo numa UTI da cidade -atualização: segundo o portal H2Foz, o assassino também acabou morrendo na manhã deste domingo.

Marcelo Arruda deixa esposa e quatro filhos, sendo uma menina de seis anos e um bebê de apenas 1 mês.

Fonte: Revista Fórum

Protesto contra a BRK em Satuba

Os manifestantes atearam fogo em pneus e pedaços de madeira, interditando os dois sentidos da BR-316.

Revoltados com a falta de abastecimento de água, que já dura mais de 20 dias, os moradores de Satuba realizaram no dia 09/07, um protesto contra a BRK. A BRK é uma empresa privada que comprou diversas empresas públicas responsáveis pelo abastecimento de água e saneamento em Alagoas, como a Casal e sistemas locais de distribuição de água. Acontece, que o preço cobrado pela tarifa de água subiu, funcionários mais antigos foram demitidos e a qualidade do serviço caiu.

E em Satuba, o povo cansou. A revolta provocou paralisação e congestionamento do trânsito na região. A Polícia Militar enviou uma equipe do Gerenciamento de Crises para negociar com os manifestantes a liberação da via.

A piora do serviços tem provocado revolta de moradores em vários bairros de Maceió, Marechal Deodoro, Satuba e outras cidades atendidas pela BRK. E como sempre, a empresa responde que vai resolver e para minimizar a situação termina enviando caminhões-pipa para aliviar a situação. Ou seja, privatizar aumenta a tarifa e piora os serviços.

Fome se espalha pelo país

Neste ano, 58,7% da população do país convive com insegurança alimentar em algum grau. São 125,2 milhões de brasileiros que ou não têm o que comer ou estão em risco de passar fome no próximo período. O país regrediu para um patamar tão ruim quanto o da década de 1990. É o que diz o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar (8/7/22).

Tal insegurança subiu 7,2% desde 2020 (e 60% desde 2018).

Há hoje 33,1 milhões de brasileiros, 15,5% da população, em condições de insegurança alimentar grave: aqueles que já não têm o que comer. Em 2013 tal contingente havia caído ao menor patamar: 4,2%. Com o desmonte das políticas públicas desde o golpe de 2016, mais de 25 milhões foram empurrados à fome, sendo 14 milhões apenas no último ano e meio.

Somente quatro em cada dez famílias têm acesso pleno à alimentação (“segurança alimentar”). As demais seis dividem-se numa escala que vai das que estão preocupadas com a eminente possibilidade de muito em breve não ter mais o que comer, passando pelos que não têm comida garantida todos os dias, até os que já passam fome.

Desemprego, informalidade e arrocho salarial
Os dados do IBGE ajudam a explicar tal quadro desesperador: de 2014 até 2019, cerca de quatro milhões de postos de trabalho formais (com carteira) haviam sido destruídos e substituídos por informais. No pico da pandemia, a situação piorou muito. A (medíocre) recuperação desde então permitiu apenas retomar o patamar de 2019.

Enquanto isso, há no momento 33,2 milhões de trabalhadores “subutilizados”. São todos sub ou desempregados que (na última semana) ou procuraram emprego e não acharam (14,8 mi), ou não puderam (por desalento ou outro motivo) procurar (11,4 mi), ou que querem emprego integral mas trabalham apenas meio período (sete milhões). Tais “subutilizados” – que também cresceram muito no auge da pandemia, recuando mais recentemente – mantêm-se no nível da média de 2017-2019. E são hoje quase 12 milhões a mais do que em 2014.

Tal quadro de desemprego, junto com a dificuldade em recuperação salarial e com a disparada da inflação, acumulada em quase 30% apenas durante o governo Bolsonaro, faz derreter a renda das famílias trabalhadoras – sobretudo as mais pobres. Os 5% da população com menor renda, por exemplo, tiveram queda de 34% no rendimento médio de 2020 para 2021.

Destruição de programas alimentares
O tenebroso retorno da fome é causado pela política criminosa de Bolsonaro, não apenas seus tetos de gasto e suas contrarreformas (trabalhista e previdenciária), que aumentaram o desemprego e a precarização. Mas também sua destruição dos programas de alimentação, abastecimento e auxílio à agricultura familiar (voltada à produção de comida ao povo) e de preços administrados.

O governo está desmantelando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que regulava a distribuição de alimentos. Em 2019, Bolsonaro fechou 27 armazéns da Conab fazendo com que, por exemplo, o estoque de arroz caísse de mais de um milhão de toneladas em 2015 para apenas 22 (!) em 2020.

Agora ele abandonou o Programa de Aquisição de Alimentos (criado por Lula em 2003 e renomeado agora como “Alimenta Brasil”). Seu orçamento, que chegou a ter quase R$ 1 bi em 2012 não deve chegar a R$ 100 mil. O programa repassava verbas à Conab, estados e municípios para adquirir alimentos de pequenos agricultores e distribuí-los gratuitamente a creches escolas, Cadastro Único etc. O número de unidades recebedoras caiu de 17 mil em 2012 para 2,5 mil em 2020. E os fornecedores caíram de 129 a 31 mil.

Alberto Handfas

Fonte: O Trabalho

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