Advogada argelina denuncia crimes de Israel

Louisa Hanoune, é uma advogada que combateu com êxito pela revisão do opressivo “Código de família”. Luta pelos direitos das mulheres e da língua tamazigh, pela soberania nacional e pelos direitos dos trabalhadores. Foi presa política três vezes, recebendo uma corajosa carta solidária de Lula, desde a sua cela, na Polícia Federal em Curitiba. Sua libertação em 2019, após um ano e meio de detenção, foi produto de uma larga campanha internacional e protestos e pedidos de soltura, assumida no país, entre outros, pelo DAP. Louisa é co-presidente do Comitê Internacional de Ligação e Intercâmbio, do qual o DAP é aderente no Brasil. Louisa foi a primeira candidata à presidente da República no mundo árabe, em 2004, e já foi eleita deputada pelo PT. Com seu estilo franco, a secretária-geral do PT falou longamente sobre a situação em Gaza, onde se realiza uma limpeza étnica com a cumplicidade do Ocidente. Louisa Hanoune não poupa a Liga Árabe que perdeu sua credibilidade e sua razão de ser, a traição de certos países árabes e a propaganda midiática, inteiramente a serviço da entidade sionista.

L’Expression: A agressão sionista atingiu proporções desumanas. Desde o início dos bombardeios indiscriminados do exército sionista sobre Gaza, o seu partido denunciou com veemência a grave situação vivida pelo povo palestino. Até onde irá essa limpeza étnica?

Louisa Hanoune: Como você sabe, a questão palestina não é uma questão de solidariedade para a nação, o povo e o Estado argelino. Ela faz parte do nosso DNA. É uma questão central, uma componente da questão nacional, pois a libertação da Palestina é uma condição para a plena emancipação de todos os povos da região da dominação imperialista. E a nossa posição não é ditada por considerações étnicas, linguísticas ou religiosas. É ditada por princípios relacionados à luta dos povos pela emancipação do jugo da opressão colonial.Sim, a entidade sionista despojou o povo palestino da sua terra, usando as piores atrocidades nazistas, com o apoio político e militar do imperialismo estadunidense, o apoio de seus substitutos europeus e a cumplicidade de vários regimes árabes no Oriente Médio e no Magreb (Mauritânia, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia – NdE). A limpeza étnica e a deportação das populações são crimes contra a humanidade assumidos pela entidade sionista, tal como o objetivo de recolonizar Gaza e o conjunto dos territórios palestinos, o que mostra que a solução de “dois Estados” é uma miragem, uma ilusão, pura farsa. Aliás, o nazi criminoso, Netanyahu, que não cessa de proclamar em alto e bom som que nunca haverá um Estado palestino na Palestina, publicou um mapa no qual não só a Palestina não existe, mas o futuro Israel se estende sobre os territórios de outros países da região, e explicou que é o Novo Oriente Médio. Esse projeto foi anunciado por Condoleeza Rice em 2006 (secretária de Estado dos EUA), quando da agressão ao Líbano. E este mapa foi publicado no site do exército dos EUA. Além disso, como argelinos que recusamos qualquer divisão do país durante a guerra de libertação (1954-1962, 1 milhão de mortos – NdE), que não cedemos nem um centímetro dos territórios, não podemos propor a um povo que se contente com uma pequena parte da sua terra, que abandone os seus direitos históricos, incluindo o direito ao retorno dos refugiados às suas aldeias, às suas casas, das quais todos guardaram a chave. O povo palestino recusa-se a ser confinado em bantustões, portanto, a limpeza étnica pelo genocídio e a deportação do povo palestino só terá fim com o desaparecimento do sistema sionista de apartheid, e centenas de milhões de homens e mulheres que amam a justiça e a liberdade, incluindo os judeus que se manifestam contra o extermínio das populações palestinas em Gaza, colocando-se como a única saída para o restabelecimento da paz na Palestina e na região. Recusaram-se a normalizar as relações com a entidade sionista, o nosso país, a Tunísia, o Iraque, a Síria, a Líbia, a resistência iemenita e o Líbano. Todos os outros regimes árabes são cúmplices

Na última reunião realizada em Riad, os governos árabes expuseram as suas divergências, impedindo uma iniciativa comum. Uma confissão de impotência da Liga Árabe. Devemos ainda acreditar nesta organização ou é apenas uma sombra de si mesma?

Felizmente, nem todos os regimes árabes têm a mesma posição, ainda existe um eixo de resistência constituído por países que se recusaram a normalizar as relações com a entidade sionista, nomeadamente o nosso país, a Tunísia, o Iraque, a Síria, a Líbia, a resistência iemenita e o Líbano. Todos os outros regimes, nomeadamente os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, os dois sudaneses, Marrocos e, ainda antes deles, o Egito e a Jordânia, normalizaram relações com a entidade sionista e são todos cúmplices do genocídio em curso em Gaza e na Cisjordânia, enquanto a Arábia Saudita estava prestes a concluir os acordos de normalização antes de 7 de outubro. É por isso que até as crianças palestinas os consideram culpados e responsáveis pela sua tragédia. Há anos vemos que as cúpulas da Liga Árabe, por terem se tornado um antro dos regimes árabes traidores, conduzem a um nivelamento por baixo das posições dos Estados que resistem, sob o pretexto de preservar a “unidade árabe”. Recorde-se que, para além de venderem a causa palestina, os regimes árabes submetidos, não hesitaram em entrar em guerra contra países “irmãos”, como o Iraque, a Síria e o Iêmen, a mando do imperialismo estadunidense. E, desde 7 de outubro, são os regimes saudita, egípcio e jordaniano que interceptam os mísseis que a resistência iemenita lança sobre a entidade sionista. Os regimes egípcio e jordaniano reprimem os manifestantes que tentam abrir as passagens de fronteira com Gaza e a Cisjordânia, para aliviar o cerco que estrangula as populações palestinas e vir em seu socorro. De nossa parte, afirmamos que esta Liga se tornou um perigo para todos os povos da região. O nosso país não pode ser cúmplice dos regimes serviçais do imperialismo e da entidade sionista. Temos de nos retirar desta entidade, a única no mundo que se define com base num critério étnico e não geográfico. Além disso, somos um povo Amazig (berberes, “homens livres” na língua tamazigh – NdE), parcialmente arabizado pelo advento do Islã, assim como todos os povos do Magreb. É certo que pertencemos ao espaço cultural árabe-muçulmano, mas temos a nossa própria identidade, o que nunca nos impediu de sermos solidários com os povos da região e de defendermos os direitos históricos do povo palestino.

É uma expressão violenta da decomposição do sistema capitalista, cujas únicas respostas são a barbárie, o terror e a mentira”

Que sentido dá a esta campanha política e midiática, esta propaganda assustadora dos meios de comunicação ocidentais?

A grande maioria dos meios de comunicação ocidentais defende as posições dos seus governos, autores de guerra e de barbáries, de forma caricatural e abjeta, sua “independência” é uma utopia. Ao mesmo tempo é uma expressão violenta da decomposição do sistema capitalista, cujas únicas respostas são a barbárie, o terror e a mentira. Mas esses meios de comunicação que pensavam poder enganar todo o planeta falharam miseravelmente e são desprezados pelos povos que se dão conta rapidamente da armadilha. A propaganda midiática, inteiramente ao serviço da entidade sionista e das teses dos seus patrocinadores, as grandes potências imperialistas, não impediu a realização de mobilizações populares e sindicais históricas no Ocidente, algumas delas mesmo apesar de proibidas.

Para aqueles que ainda têm dúvida, não temos aqui a face hedionda de um Ocidente que nos dá “lições” sobre o respeito dos direitos humanos, da democracia e da liberdade?

Em crise, o sistema capitalista, tendo à sua frente o imperialismo dos Estados Unidos e todos os regimes que lhe são subservientes, é como uma fera ferida de morte que mata selvagemente. Esta é a época da aceleração da decomposição deste sistema baseado na opressão e na exploração, que arrasta a humanidade para a barbárie e ameaça mergulhar a civilização humana no caos. As máscaras caíram há décadas, no que diz respeito à democracia e aos direitos do homem que este sistema nos serve, conforme os seus próprios interesses, ou ainda sob as bombas e a devastação provocadas pelas intervenções militares estrangeiras. Os pogroms em Gaza, na Cisjordânia e o apartheid de que são vítimas os palestinos que vivem nas fronteiras de 1948 constituem um golpe fatal para este sistema. Porque a mobilização sem precedentes dos povos em todos os continentes, a começar pelos Estados Unidos e pela Europa, é um ato de acusação, senão um veredito final, contra os governos envolvidos ou cúmplices nesta barbárie.

Fonte: Renato Dias Online

NEM FREUD…

Flávio Show – Funcionário dos Correios

Maceió, 03 de Dezembro de 2023

No programa Ronda Esportiva, que é transmitido pelo YouTube todos os dias, às 6:45hs, o apresentador Altanes Holanda, em um deles, fez boas referências ao trabalho dos profissionais em psicologia que atuam nos clubes de futebol, algo que concordo plenamente, mas se o programa fosse voltado pra política brasileira, o apresentador Altanes pediria ajuda ao eterno Sigmund Freud pra explicar ou tentar decifrar o que acontece em nosso Brasil Varonil.
Detalhe: Não vou cobrar nada pela propaganda gratuita, Altanes.

Os paulistas vivem todos os dias com os transtornos causados pela ineficiência dos serviços que foram privatizados e que o Governador Tarcinico de Freitas insiste em continuar no erro à moda Margareth Thatcher, opção falida. Já em Maceió o drama é maior ainda. A Braskem, outra empresa privada tem afundado a capital Alagoana, afundado literalmente. Essa semana moradores tiveram que abandonar suas casas, pois o afundamento do solo é inevitável. Freud disse, um dia, em seus estudos, que se privatizar melhora, na verdade foi o Fred que disse, meu antigo professor de Historia.

Como explicar a opinião do Demétrio Magnoli, onde afirmou na Globonews que o Ministro Flavio Dino não possui saber jurídico pra compor o quadro do STF. Chame o psicólogo rapidamente, dizer que o Dino não tem conhecimento jurídico é o mesmo que afirmar que o Messi não tem conhecimento esportivo, mas vindo desse tipo de gente esperamos, vimos e ouvimos de tudo, até o absurdo de que o Moro é um enxadrista. A mente humana deve ser estudada e a desses jornaleiros, Freud passaria maus bocados.

Lula na COP 28, mais uma vez entra nas mentes dos grandes líderes políticos mundiais. Com um discurso realista sobre os recursos investidos nas guerras ao invés de serem usados no combate à fome e ao desequilíbrio ambiental, Lula se coloca mais uma vez como o centro das atenções no encontro.
Uma mente brilhante à serviço da humanidade por mais de 50 anos, isso nem Freud conseguiria explicar.
Lula é um gênio!

Pra finalizar! O psicológico da Direitinha Golpista deve tá abalado. Depois da manifestação na Paulista no último domingo ter sido um fiasco, outro abalo se deu com a cassação do Deputado nos EUA George Santos, mais conhecido como Kitara Ravache. Bastou o deputado receber uma comitiva do supra sumo terraplanista do Brasil para ter o seu mandato cancelado e sair da capital americana Washington direto, sem escala para Nova Iorque no Maranhão. Mais uma mente brilhante para o crime que desembarcará no Brasil como candidato da extrema direita. Não, preciso de Freud pra explicar e entender a mente do gado e que isso tem grande chance de acontecer.
São burros.(ponto)

Reflexões Flávio Show 2023 , ano 03 – Edição 156

“Extermínio de crianças por Israel é nazista”, diz presidente colombiano

O presidente colombiano, Gustavo Petro, voltou a fazer duras críticas a Israel por conta do bombardeio indiscriminado contra a Faixa de Gaza, qualificando as ações do regime como nazistas. 

“Eles dizem que isso não é nazista. Mesmo que a consciência ocidental não goste destes fatos, o extermínio de 5.300 meninos e meninas palestinos é nazista, repito NAZISTA”, escreveu Petro na rede social X. 

A postagem faz menção a um ataque israelense em Deir el-Balah, no centro de Gaza. Quase 200 pessoas foram mortas em menos de dois dias desde o reinício dos ataques de Israel a Gaza, segundo a emissora Al Jazeera. 

Fonte: Brasil 247

Operação resgata 17 trabalhadores em situação análoga à escravidão em SC

Vindos do Paraná, trabalhadores viviam em condições degradantes. Idoso e adolescente estavam entre as vítimas.

Ao menos 17 trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados em Ituporanga, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro. A ação foi divulgada neste sábado (2).

As vítimas, entre elas um idoso e um adolescente, trabalhavam com a colheita de cebolas em uma propriedade rural do interior do município, segundo o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). Nenhum dos trabalhadores estava com a carteira de trabalho assinada. g1 não localizou o empregador até a última atualização deste texto.

O trabalho análogo à escravidão é definido pelo Código Penal como o ato de submeter alguém a “trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou seu preposto”.

Os auditores-fiscais do trabalho encontram os trabalhadores “na mais completa informalidade”, e acomodados em dois alojamentos: um sótão improvisado no barracão onde as cebolas eram armazenadas e em uma casa de difícil acesso e superlotada.

No primeiro alojamento, a fiscalização encontrou colchões apoiados sobre tijolos, paletes de madeira ou caixas de cebolas. As paredes do sótão, que era feito de madeira, continham arestas e frestas, por onde passavam insetos, chuva e vento.

Ainda, segundo o GEFM, “o empregador não conseguiu comprovar a qualidade e potabilidade da água fornecida aos trabalhadores, os quais informaram que a água ‘não era boa para beber‘”.

Os resgatados eram do Paraná e relataram aos auditores que almoçarem sentados no chão ou nas sacas de cebola, já que não havia local adequado para fazerem as refeições.

A equipe também relatou que flagrou os empregados sem luvas e com chinelo de dedo, sem equipamentos de proteção mínima exigidos para a função.

A ação dos fiscais, que são vinculados à Secretaria de Inspeção do Trabalho, contou com Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF).

Rescisão e danos morais

Após o resgate, os trabalhadores receberam, juntos, cerca de R$ 88.000,00 em verbas salariais e rescisórias.

O Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública da União negociaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o empregador para pagamento de danos morais individuais no valor de R$ 1.200,00 por trabalhador.

O adolescente foi afastado das atividades, com lavratura de Termo de Afastamento do Trabalho.

Os Auditores-Fiscais do Trabalho também emitiram as guias de Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado, pelas quais cada um dos resgatados faz jus ao recebimento de três parcelas de um salário-mínimo cada.

Denúncias

Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas, de forma remota e sigilosa, no Sistema Ipê, único sistema exclusivo para denúncia de trabalho escravo, lançado em 2020 pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Fonte: G1

Academia Anadiense de Letras e Artes elege novos acadêmicos

A Academia Anadiense de Letras e Artes (AALA), realizou hoje, 02/12, eleição para dois novos acadêmicos.

A eleição foi realizada de forma semipresencial. Uma parte dos acadêmicos estiveram presentes à sede da AALA, em Anadia, conduzidos pelo Ronaldo Carlos e outros, votaram de forma virtual, pela chamada de vídeo realizada no grupo de WhatsApp da Academia Anadiense.

Desse modo, com o voto unânime dos acadêmicos participantes, foram eleitos: a professora, Auditora Fiscal da Receita Federal aposentada e fundadora do Colégio São Lucas, Yolanda Soares Silva, para ocupar a cadeira nº 06, cujo patrono é o médico anadiense Ednor Valente Bittencourt; e o professor da Uneal e historiador Luiz Gomes da Rocha, mais conhecido como professor Luizinho, para ocupar a cadeira nº 20, que tem como patrono o tabelião anadiense João Sapucaia de Araújo.

Interpelados pela acadêmica Ana Porto, os candidatos garantiram estar preparados para vestir a camisa da Academia, visando à realização de projetos capazes de promover o desenvolvimento cultural do município de Anadia.

O professor Luiz Gomes afirmou já desenvolver trabalhos nesse sentido, pois orienta um trabalho de conclusão de curso, sobre os denominados Bandos da Tapera, povoado de Anadia, local que preserva a tradição secular de comemorar a festa da padroeira da localidade, Santa Luzia.

Yolanda Soares, por sua vez, teceu uma série de considerações sobre atividades já desenvolvidas, como fazer parte do Grupo Literário Alagoano e da Academia de Letras e Artes do Nordeste, além de desenvolver atividades ligadas ao cooperativismo.

Após anunciar a eleição dos candidatos, o presidente, em comum acordo com os eleitos, definiu o dia 27 de janeiro de 2024 para a realização da posse, durante os festejos de Nossa Senhora da Piedade, padroeira da cidade.

Registre-se que a Academia Anadiense de Letras e Artes foi fundada em 18 de julho de 2019, em Anadia, possuindo atualmente 16 membros efetivos, de um total de 20 membros.

‘Netanyahu é de extrema direita e não tem sensibilidade humana com os palestinos’, diz Lula

Em relação ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Lula cobrou do americano que exija veementemente de Israel o fim dos ataques

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez fortes críticas a Benjamin Netanyahu, qualificando o primeiro-ministro de Israel como um líder de “extrema direita”, em entrevista à emissora do Catar Al Jazeera. 

“Ao Netanyahu não digo nada. Ele é efetivamente um líder extremista, de extrema direita, sem sensibilidade com os problemas humanos dos palestinos. Ele pensa que os palestinos não significam nada. Ele precisa aprender que os palestinos precisam ser respeitados, suas terras demarcadas”, disse Lula na entrevista.

Em relação ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Lula cobrou do democrata que exija veementemente de Israel o fim dos ataques na Faixa de Gaza: “Não consigo entender como o Biden, o presidente do país mais importante do mundo, não cobrasse de Israel o fim da guerra. Eles influenciam muito Israel e poderiam ter parado a guerra”. 

Em outro momento da entrevista, Lula afirmou que está em curso em Gaza não uma guerra convencional, e sim um “genocídio”. Ele também exigiu seriedade por parte das grandes potências mundiais para solucionar o conflito de vez, com a criação de um Estado palestino independente. 

“Está faltando sanidade e autoridade da parte dos membros permanentes do Conselho de Segurança. Ninguém respeita mais o Conselho. Os membros decidem ir para guerra sem consultar ninguém, e os países podem vetar. Falta governança no mundo. Precisamos de um órgão que possa tomar decisões. Essa guerra é reflexo da insanidade, um grupo comete um ato terrorista e o Estado que faz algo ainda mais sério que o ato terrorista, há mais de 16 mil mortos, 6.500 crianças, 35.000 feridos. Hospitais destruídos. Se a ONU tivesse força, teríamos a solução de dois Estados. Mas desde 1947 não há paz”, disse Lula. 

Lula ainda afirmou que a resposta de Israel ao ataque “terrorista” de 7 de outubro do Hamas foi ainda mais séria: “Eu critico o Hamas e sei que Israel tem o direito de se defender, mas isso não significa matar mulheres, crianças e inocentes. Não jogue bombas quando você não sabe quem está lá”.

“A guerra não leva a nada, só gera mais ódio. Precisamos sentar com Israel e os palestinos para cobrar a implementação da resolução de 1947”, disse Lula. 

Fonte: Brasil 247

Israel volta a bombardear Gaza e assassina mais de 175 pessoas

A maioria dos assassinados são mulheres e crianças

Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (1º), após uma semana de trégua no conflito com o Hamas.

Em comunicado, de acordo com a Al Jazeera, o Exército israelense disse que as suas forças terrestres, aéreas e navais atacaram alvos tanto no norte quanto no sul de Gaza, incluindo as cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul.

A mídia também informou que, até o momento, mais de 175 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que a maioria das vítimas são mulheres e crianças. Ainda conforme o veículo de comunicação, Israel espalha folhetos em partes do sul de Gaza pedindo aos civis que evacuem da região, indicando uma expansão da ofensiva.

Na rede social X, o perfil de Médicos Sem Fronteiras rebateu as solicitações feitas por Israel. “Os civis estão recebendo ordens para se deslocarem, mas nenhum lugar em Gaza está seguro devido aos bombardeios indiscriminados”, publicou.

Também através da rede social X, Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, comunicou que o Exército israelense voltou a atacar o Hamas “com força total”. Na publicação, o titular da pasta afirmou ainda que o grupo palestino “só entende à força”, justificando a retomada dos ataques em busca dos objetivos israelenses. Para ele o objetivo é “desmantelar o Hamas e libertar todos os reféns”.

Foram vários foguetes disparados em ataques aéreos realizados por Israel, que destruíram edifícios em Khan Yunis, conforme a mídia. O Exército, por sua vez, informou que atingiu “mais de 200 alvos terroristas”.

Os novos bombardeios em Gaza colocaram fim à trégua de uma semana de um conflito que está prestes a completar dois meses. Lideranças políticas de outros países estão em negociações para que a pausa seja retomada. De acordo com informações da mídia, o chefe do Serviço de Informação do Egito, Diaa Rashwan, afirmou que o país está fazendo máximo esforço para restabelecer a trégua entre Israel e o Hamas.

Fonte: Sputnik Brasil

Ufrgs cassa reitor e vice nomeados por Bolsonaro

Por grande maioria, o Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) aprovou, na manhã desta sexta-feira (1), a destituição do reitor, Carlos André Bulhões Mendes, e da vice-reitora, Patrícia Pranke. Dos 77 conselheiros, 60 votaram pelo impeachment, dois foram contra e três se abstiveram.

Bulhões e Pranke estão à frente da Reitoria da Ufrgs desde 2020, quando o então presidente Jair Bolsonaro escolheu a chapa menos votada da listra tríplice indicada pelo Consun. Os dois já tiveram destituição recomendadas pelo conselho, em agosto de 2021, que alegou uma reforma administrativa irregular na universidade, mas o pedido foi arquivado pelo MEC.

Na votação desta sexta, o conselho avaliou um parecer da Comissão Especial Paritária, instituída em abril deste ano, que aponta, entre outros problemas que sustentam o impeachment, falta de gestão democrática do reitor. O documento afirma que o mandato sequer cumpre todas as medidas deliberadas no Conselho.

Também foi aprovado o envio de denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) para apurar indícios de violação dos princípios da legalidade e publicidade e o pedido de instauração de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o reitor em razão do descumprimento de resolução.

O parecer votado pelo Consun cita oito pontos centrais que pesam contra a atual gestão: casos de censura envolvendo a comunicação institucional; desrespeito às decisões dos conselhos superiores; falta de cumprimento por parte da Administração Central de suas funções; conflitos e judicialização de membros da comunidade universitária; ausência do reitor nos conselhos superiores; desmonte de projetos e programas que eram centrais para a vida acadêmica; evidências de irregularidades, de falta de transparência na gestão de recursos e de tentativa de aprovação de projetos por parte da reitoria à revelia das devidas instâncias da universidade; e falta de gestão durante a pandemia e no retorno às aulas e atividades presenciais.

A decisão final cabe ao Ministério da Educação (MEC). Caso se confirme a destituição, novas eleições serão convocadas.

“Esperamos que desta vez o MEC respeite a autonomia da Ufrgs e respeite o desejo da nossa comunidade, expresso nos votos de 60 conselheiros e conselheiras nesta manhã e que, finalmente, esta universidade se livre do autoritarismo e incompetência. Que as grades que os interventores colocaram para cercar a reitoria sejam eliminadas e que nossa vida na universidade volte à normalidade”, comenta Maria Ceci Araujo Misoczky, 2ª vice-presidenta da Regional RS do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES).

Para Tamyres Filgueira, integrante do Consun e coordenadora-geral da Assufrgs Sindicato, que representa os servidores técnico-administrativos, a decisão significa uma vitória para a comunidade universitária. “Mostra que o conselho universitário e principalmente a comunidade universitária não aceitam as irregularidades, autoritarismo e perseguições cometidas pela atual reitoria.” Ela também espera que o MEC dê andamento nas denúncias e efetive a destituição da reitoria.

Fonte: DCM

Moradores protestam por realocação em bairro próximo a mina em Maceió

Moradores de bairros próximos à mina da petroquímica Braskem em Maceió (AL) fizeram um protesto nesta sexta-feira (1º) para reclamar da falta de acordo de compensação para sair dos locais que podem ser afetados pelo possível afundamento da mina de exploração de sal-gema. Eles fecharam todas as vias de acesso ao bairro de Bebedouro.

As comunidades dos Flexais estão ilhadas socialmente após o deslocamento de cinco bairros vizinhos desde 2019. Só é possível acessá-lo passando pelas regiões que se transformaram em fantasma após o desalojamento da população.

O líder comunitário Maurício Sarmento reclama que não há um plano para a retirada dos moradores das comunidades de Flexal de Cima e Flexal de Baixo. Segundo ele, há tratamento diferenciado por parte da prefeitura e da Braskem em relação a outros bairros da cidade afetados pela mina, onde já houve a retirada de moradores e pagamento de indenizações.

“Temos que sair daqui, não pode ter tratamento diferenciado com outras áreas que já estão afetadas. Não aceitamos ir para abrigos públicos, pois o que aconteceu aqui não foi um acidente, foi um crime. Queremos sair daqui com dignidade e com indenização justa”, diz Sarmento. Ele classifica a situação como racismo ambiental com as comunidades afetadas.

A dona de casa Malbete dos Santos Correia, de 54 anos, também reclama da diferença de tratamento em relação a outros bairros. Ela diz que, mesmo não querendo deixar o local onde mora desde que nasceu, pensa em ir para casa de parentes porque não tem condições de alugar outro imóvel.

“Estou pensando em sair, mesmo sem proteção nenhuma, porque como estou vivendo não é jeito de ninguém viver. A gente não vive mais, não estamos dormindo nem se alimentando, aqui não tem açougue, padaria, farmácia, mercadinho, não tem nada”, lamenta, dizendo que também não quer ficar em alojamentos disponibilizados pela prefeitura.

A Defesa Civil de Maceió informou que a velocidade de afundamento da mina 18, que fica abaixo do antigo campo de treinamento do clube de futebol CSA, no bairro do Mutange, é de 2,6 centímetros por hora. Pode ocorrer a qualquer momento um afundamento de terra de danos que ainda não são presumíveis.

Prefeitura e Braskem

Em nota, a Prefeitura de Maceió diz que disponibilizou abrigos para acolher a população de forma emergencial, diante do risco iminente de colapso da mina n°18 da Braskem. Também foi solicitado apoio ao governo federal para garantir moradias à população que foi obrigada a deixar suas casas. “A Prefeitura reafirma o compromisso em cobrar de todos os envolvidos, incluindo a Braskem, que todos os direitos da população afetada sejam garantidos”, informou.

A Braskem ainda não se manifestou sobre as demandas dos moradores. A empresa diz seguir o mapa de linhas prioritárias de realocação das famílias definido pela Defesa Civil e que está apoiando a realocação emergencial dos moradores dos imóveis que ainda resistiam em permanecer na área de desocupação. A realocação preventiva de toda a área de risco foi iniciada em dezembro de 2019 e 99,3% dos imóveis já estão desocupados.

A exploração de sal-gema subterrâneo ocorre há 40 anos em Maceió. Ao todo, há 35 minas de exploração, que tiveram suas atividades suspensas em 2019. Mais de 60 mil pessoas tiveram que ser removidas dos bairros atingidos.

Trens parados

Por causa das manifestações dos moradores, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Maceió interrompeu a operação dos trens e VLTs. De acordo com a empresa, a paralisação temporária permanecerá durante o sábado (2).

Segundo a companhia, como as manifestações ocorreram em cima dos trilhos, serão necessários reparos na via. “A paralisação temporária se faz necessária para reparar os danos da via, bem como avaliar a segurança dos funcionários e usuários do sistema ferroviário”, informou em nota.

Fonte: Agência Brasil

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