Segundo denúncias, Deltan queria se apropriar de mais de 2 bilhões da Petrobrás para um fundo controlado por ele e outros procuradores

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu à Corte a abertura de uma apuração sobre supostos indícios de irregularidades praticadas por Deltan Dallagnol durante o período em que o ex-procurador chefiou a Lava Jato em Curitiba.

A solicitação se baseia na revelação de que Deltan negociou com autoridades dos Estados Unidos, em sigilo, um acordo para dividir o montante que seria cobrado da Petrobras em multas e penalidades no âmbito da operação.

A negociação ocorreu por meio de conversas entre procuradores brasileiros e suíços via Telegram, conforme matéria publicada na quinta-feira 20 pelos jornalistas Jamil Chade, do UOL, e Leandro Demori, da newsletter A Grande Guerra.

A peça apresentada ao TCU é assinada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, que menciona também “o histórico da má atuação dos componentes da Operação Lava Jato”.

“Não é de hoje que me causam surpresa as indevidas ingerências que procuradores da Lava Jato realizaram na operação”, afirma.

Após a publicação da matéria, Deltan defendeu nas redes sociais a negociação do acordo e, ao mesmo tempo, afirmou não reconhecer “as supostas mensagens obtidas mediante crimes, sem autenticidade atestada e usadas sem critérios éticos por diversos jornalistas”.

As mensagens compõem os arquivos apreendidos pela Polícia Federal no curso da Operação Spoofing, que investigou a invasão de celulares de procuradores. O material deu origem à série de reportagens conhecida como Vaza Jato.

Redação com Carta Capital

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