Mais de dois mil rodoviários estão recebendo o ticket alimentação atrasado e correm o risco de ficarem sem o plano de saúde e sem o décimo terceiro; sindicato da categoria inicia mobilização para tentar regularizar a situação.
A prefeitura de Maceió não está cumprindo com o acordo firmado com as empresas de ônibus, de repassar o subsídio municipal para o funcionamento do transporte público. O repasse está atrasado desde o mês de maio. Com isso, as empresas estão tendo dificuldade para pagar o ticket alimentação e o plano de saúde dos rodoviários.
O subsídio faz parte do recurso destinado ao transporte público. Ele diz respeito ao compromisso da gestão em assumir mais de 30% do valor da tarifa (para que a capital tenha uma das passagens mais baratas do país – conforme a promessa de campanha da gestão), além do passe livre estudantil e o domingo livre.
Para o Sindicato dos Rodoviários de Alagoas (Sinttro-AL), os atrasos constantes no pagamento obrigatório do subsídio têm penalizado os trabalhadores. Uma das preocupações do sindicato é que a inadimplência da prefeitura ameace o décimo terceiro dos rodoviários. De acordo com a entidade, a falta de compromisso da gestão mostra o quanto a política da capital alagoana está pautada por propagandas enganosas.
“Somos trabalhadores que saímos de casa todos os dias para fazer o transporte público funcionar. Nós temos responsabilidade com este serviço e esperamos que a prefeitura cumpra a sua parte, pois este dinheiro garante a sobrevivência de mais de duas mil famílias de rodoviários”, salientou o presidente do Sinttro-AL Sandro Reges.
Sem o repasse da verba que interfere diretamente no pagamento do auxílio dos trabalhadores, o sindicato se mobiliza e avalia a possibilidade de paralisação. Segundo a direção da entidade, a categoria está aberta ao diálogo e espera que o caso seja solucionado, pois o trabalhador não pode ser penalizado por negligências no uso do recurso público.
Fonte: Ascom Sintto-AL