Mulheres realizam ato contra impactos da mineração no Agreste de Alagoas

Jornada denuncia ação da Mineração Vale Verde em Craíbas e região na extração de cobre

Na manhã desta quinta-feira (13), cerca de 300 mulheres trabalhadoras rurais e urbanas realizam um ato de denúncia contra a Mineração Vale Verde, localizada no município de Craíbas, interior de Alagoas. A mobilização faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que ocorre entre os dias 11 e 13 de março em diversas regiões do Brasil, com o lema: “Agronegócio é violência e crime ambiental. A luta das mulheres é contra o capital”.

O ato denuncia que a atividade da mineração na região tem provocado impactos ambientais e sociais graves, incluindo contaminação de rios, morte precoce de animais, tremores de terra e rachaduras em casas. Os relatos dos moradores apontam também que explosões frequentes utilizadas no processo de extração mineral estão afetando diretamente comunidades vizinhas, trazendo insegurança para as famílias que vivem no território.

Precedentes de destruição e risco para as comunidades

A denúncia das mulheres alerta para os impactos já conhecidos da mineração no Brasil. Os desastres de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, provocados pela mineradora Vale, que deixaram milhares de pessoas desabrigadas, contaminaram rios e resultaram em mortes. Em Maceió, a exploração de sal-gema pela Braskem causou o afundamento de bairros inteiros, obrigando milhares de famílias a abandonarem suas casas. Agora, no Agreste alagoano, os sinais de destruição começam a se repetir.

Moradores da região relatam que o abastecimento de água já foi comprometido em alguns pontos devido à contaminação dos rios e que os animais estão adoecendo sem explicação. Além disso, há relatos de rachaduras em residências e medo crescente de desabamentos em função dos tremores de terra registrados nos últimos meses.

Para Ana da Hora, da Direção Nacional do MST, esse ato é um marco na luta contra os impactos da mineração em Alagoas e é fundamental para ampliar o debate com a sociedade. 

Esse é o primeiro ato organizado pelos movimentos populares denunciando publicamente o que está acontecendo em Craíbas. É um passo essencial para alertar a população sobre os danos da mineração e mostrar que precisamos urgentemente de outro modelo de desenvolvimento para o campo. A Reforma Agrária Popular é a saída para impedir que territórios camponeses sejam entregues nas mãos de grandes empresas que só enxergam a terra como fonte de lucro e destruição”, afirma.

A luta das mulheres em defesa da terra e da vida

Durante o ato, as mulheres reafirmam a necessidade de barrar os avanços da mineração predatória na região e defender a vida das populações atingidas. Além da denúncia contra os impactos ambientais da Mineração Vale Verde, a Jornada de Luta das Mulheres Sem Terra reforça a reivindicação por um modelo de desenvolvimento que garanta a permanência das famílias no campo com dignidade, com a produção de alimentos saudáveis e proteção dos bens comuns da natureza.

“A mineração está destruindo nossa terra, nossa água e comprometendo nossa saúde. Não podemos esperar o pior acontecer para agir. Estamos aqui para denunciar e exigir providências. Não aceitaremos que mais um desastre ambiental aconteça sem resistência”, afirmou uma moradora da região que se somou às manifestantes durante o ato.

A mobilização reforça o compromisso das mulheres Sem Terra com a luta por justiça social e ambiental. A Jornada segue sendo um espaço de resistência contra os impactos do capital sobre os territórios camponeses, fortalecendo a organização popular na defesa da Reforma Agrária Popular e da agroecologia como caminhos para um futuro sustentável.

A Mineração Vale Verde

Presente na região desde 2007, a Mineração Vale Verde tem o objetivo de realizar o “Projeto Serrote” no Agreste de Alagoas, para a abertura de uma mina a céu aberto para o beneficiamento e produção do concentrado de cobre para exportação, com investimento estimado em mais de R$ 700 milhões.

Fonte: MST

ONU conclui que ataques de Israel à saúde reprodutiva de Gaza configuram “atos genocidas”

Uma investigação das Nações Unidas concluiu que Israel cometeu “atos genocidas” na Faixa de Gaza ao destruir sistematicamente instalações de saúde sexual e reprodutiva. O relatório da Comissão de Investigação da ONU afirma que o país “atacou e destruiu de maneira intencional” o principal centro de fertilidade do território palestino e bloqueou a entrada de medicamentos essenciais para gravidez, parto e cuidados neonatais.

A comissão, presidida por Navi Pillay, ex-comissária da ONU para os Direitos Humanos, acusa Israel de promover a “destruição parcial da capacidade reprodutiva dos palestinos em Gaza como grupo através da destruição sistemática do sistema de saúde sexual e reprodutiva”.

Segundo os investigadores, essas ações se enquadram em duas das cinco categorias definidas pela Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio: a “submissão intencional do grupo a condições de existência que acarretem sua destruição física, total ou parcial” e a imposição de “medidas destinadas a impedir nascimentos no grupo”.

O relatório destaca a destruição de 4 mil embriões armazenados na principal clínica de fertilização in vitro de Gaza, bombardeada em dezembro de 2023.

A comissão afirma que não encontrou evidências confiáveis de uso militar da clínica e concluiu que o ataque foi intencional, caracterizando-o como “uma medida direcionada a impedir os nascimentos de palestinos em Gaza, o que é um ato genocida”.

A investigação também aborda o uso sistemático de violência sexual, reprodutiva e de gênero pelo exército israelense desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

A comissão organizou audiências públicas em Genebra para ouvir vítimas e testemunhas, concluindo que Israel estabeleceu mulheres e meninas civis como alvos diretos, atos que constituem crimes de guerra e contra a humanidade.

O relatório aponta que mulheres e meninas morreram devido a complicações relacionadas à gravidez e ao parto, agravadas pelas condições impostas pelas autoridades israelenses.

Esses atos são classificados como “um crime contra a humanidade de extermínio”. Além disso, a comissão denuncia práticas como forçar mulheres a se despirem em público, assédio sexual e ameaças de estupro, que fazem parte “dos procedimentos operacionais habituais” das forças israelenses em relação às palestinas.

Em resposta, Israel rejeitou veementemente as conclusões do relatório, acusando a comissão de trabalhar “com uma agenda política tendenciosa e pré-determinada (…) em uma tentativa sem vergonha de incriminar as Forças de Defesa de Israel”. O país negou as alegações de ataques intencionais a instalações civis e afirma que suas operações militares visam exclusivamente alvos do Hamas.

A comissão foi criada em maio de 2021 para investigar violações do direito internacional em Israel e nos Territórios Palestinos.

Fonte: DCM

Repressão contra aposentados e torcedores na Argentina deixa dezenas de feridos

Protesto exigiu aumento das aposentadorias, insuficientes para a cesta básica. Governo alega que manifestantes “vieram para matar”

Uma manifestação de aposentados e torcedores de futebol em Buenos Aires terminou em uma violenta repressão policial na quarta-feira (12), com ao menos 21 feridos e 124 pessoas detidas, informa a C5N. O protesto ocorria nos arredores do Congresso Nacional contra o ajuste econômico promovido pelo governo de Javier Milei, quando a polícia interveio de maneira agressiva. 

O operativo “antipiquete”, liderado pelo Ministério da Segurança, comandado por Patricia Bullrich, contou com a atuação de cerca de mil agentes de diferentes forças de segurança, equipados com armamento não letal, hidrantes e viaturas motorizadas. Manifestantes relataram que a violência policial começou por volta das 16h, quando grupos de aposentados e torcedores tentavam se aproximar da Avenida Rivadavia. O ataque da polícia incluiu empurrões, gás de pimenta e disparos de balas de borracha.

A repressão resultou em cenas de grande brutalidade. Um dos episódios mais chocantes envolveu uma aposentada, que foi violentamente atingida por um policial e sofreu um traumatismo craniano grave. O médico Jorge Rachid, que prestou atendimento à vítima, confirmou a gravidade da lesão e sua transferência imediata para um hospital.

Durante os confrontos, manifestantes reagiram erguendo barricadas e incendiando contêineres de lixo. Em meio ao caos, indivíduos não identificados atearam fogo em um patrulheiro e uma moto da polícia. A violência se intensificou ao longo da tarde, e a repressão se estendeu até a noite. Por volta das 21h, a polícia voltou a utilizar gás lacrimogêneo e realizar detenções durante um “panelaço” contra o governo.

A ministra Patricia Bullrich justificou a operação repressiva alegando que os manifestantes “vieram para matar” e acusou a presença de barrabravas (torcedores organizados violentos) financiados por setores políticos. Bullrich também declarou que armas foram apreendidas durante a ação e prometeu punir os responsáveis pelos distúrbios.

O chefe de gabinete Guillermo Francos reforçou o discurso governamental, afirmando que a mobilização fazia parte de uma tentativa de desestabilizar a administração Milei. Ele acusou setores políticos de manipular a presença de aposentados no ato para esconder o suposto envolvimento de organizações criminosas.

O protesto teve como principal reivindicação o aumento das aposentadorias, cujo valor mínimo atual é insuficiente para cobrir a cesta básica. O tratamento violento dado aos manifestantes gerou forte repúdio nas redes sociais e entre setores da oposição. O governo Milei, no entanto, segue defendendo ações duras contra mobilizações que classifica como “desordens públicas”.

A situação no país continua tensa, e novas manifestações já estão sendo convocadas para os próximos dias.

Fonte: Brasil 247

CUT-RS lança campanha pela redução da jornada de trabalho

Campanha também busca mobilizar trabalhadores e sindicatos na luta por mais qualidade de vida e por melhores salários. Confira os detalhes do lançamento

Na manhã desta terça-feira (11), a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS) lançou oficialmente a campanha “A vida não tem hora extra”. O evento aconteceu no auditório da entidade e contou com a presença das federações e sindicatos filiados, dirigentes sindicais, jornalistas, assessorias de imprensa e representantes do coletivo jurídico da CUT-RS. A iniciativa visa mobilizar trabalhadores e a sociedade na luta por uma jornada de trabalho reduzida, com valorização salarial e mais qualidade de vida.

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, destacou que a campanha busca, neste primeiro momento levar esse debate para os locais de trabalho e após para a sociedade como um todo. Segundo ele, os trabalhadores brasileiros enfrentam jornadas extenuantes e baixos salários, o que compromete sua qualidade de vida. “Queremos que os trabalhadores tenham mais tempo para compartilhar com amigos, filhos e netos, convivendo em suas comunidades, usufruindo de mais lazer e tempo livre para o que quiser. Um país com uma jornada de trabalho menor e melhores salários será um país mais feliz, mais saudável, socialmente mais justo e desenvolvido”, afirmou Cenci.

Sindicatos devem participar

A secretária de Comunicação da CUT-RS, Maria Helena Oliveira, ressaltou que a campanha será apresentada também nas reuniões regionais da CUT-RS e nos encontros dos setores e macro-setores. Ela enfatizou a importância do engajamento dos sindicatos filiados para ampliar o alcance da campanha. “Quanto maior a adesão das entidades e trabalhadores, a mensagem será levada à sociedade, aos governantes e inclusive do setor empresarial”, explicou.

O secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antonio Guntzel, reforçou que a campanha será adaptada conforme a necessidade de cada setor e categoria, considerando a pluradidade das categorias. Ele destacou ainda o papel fundamental das rádios comunitárias na disseminação da mensagem e alertou para a importância da mobilização nos próprios locais de trabalho. “A maior campanha que podemos fazer é diretamente nas fábricas, indústrias e demais espaços de trabalho. Os sindicatos precisam estar atentos e sensíveis para levar essa pauta adiante”, afirmou.

A secretária-geral da CUT-RS, Silvana Piroli, enfatizou que a campanha é especialmente significativa para as mulheres, que além da jornada profissional, acumulam a responsabilidade com os cuidados da casa e da família. “Nós gostamos de trabalhar, mas precisamos ter tempo para nossa vida. Por isso, a vida não tem hora extra. Convidamos todos a se juntarem nessa luta”, concluiu.

Uma parte essencial da campanha é a criação de canais onde os trabalhadores serão ouvidos através de depoimentos, questionários, enquetes, plebiscitos. Como instrumentos de formação das consciências em que cada trabalhador e trabalhadora, seja construtor dessa causa humanitária. Todos estão convidados à acompanhar os desdobramentos dessa campanha.

Fonte: CUT RS

Justiça suspende privatização de escolas públicas de Tarcísio em SP

Governador havia entregue 33 escolas estaduais à iniciativa privada; essa é a segunda derrota judicial do projeto de Tarcísio

Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu que os leilões feitos pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foram ilegais e suspendeu a concessão de escolas estaduais à iniciativa privada. Mais de 30 instituições públicas de ensino foram encaminhadas para a privatização

Publicada nesta segunda-feira (10), a decisão tomada pelo juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da 3ª Vara da Fazenda Pública atendeu a uma ação protocolada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que pedia a suspensão do certame licitatório para a concessão administrativa de 33 escolas estaduais em caráter de urgência. 

Com isso, os dois leilões realizados pelo governador nos dias 29 de outubro e 4 de novembro de 2024 foram considerados inválidos. Em fevereiro deste ano, a Justiça de SP já havia suspendido o decreto de Tarcísio que previa a entrega das 33 escolas públicas à iniciativa privada. Nas duas ações cabem recursos.

Na ação do sindicato, os professores argumentaram que o edital de concessão desconsiderava “o princípio constitucional da gestão democrática da educação” e desrespeitava “a integração necessária entre a administração do espaço físico escolar e as funções pedagógicas”. A categoria também defendeu que a privatização resultava na “terceirização indevida de atividades essenciais ao serviço público da educação”.

O governo de Tarcísio se defendeu afirmando que “não há privatização do ensino, mas centralização da gestão de serviços auxiliares para garantir eficiência e fiscalização, sem prejuízo ao papel dos professores”. A gestão também acrescentou que  a autora da ação cometeu litigância de má-fé “ao ajuizar demandas idênticas sem informar a existência das anteriores”.

O juiz argumentou, em relação ao primeiro ponto levantado pela defesa do governo, que “a licitação e a pretensão de concessão a particular da gestão de escolas públicas comprometem o serviço público de educação porque pressupõe equivocadamente ser possível dissociar o espaço físico da atividade pedagógica”.

O juiz ainda completou que “incorre-se em erro de compreensão sobre os múltiplos sentidos da pedagogia ao se sustentar alguma imaginária independência da estrutura física em relação ao projeto educacional, propõe-se uma artificial divisão entre a gestão do espaço físico  escolar e a atividade desenvolvida em sala de aula”.

O que é a privatização das escolas proposta por Tarcísio

Em junho de 2024, Tarcísio anunciou editais para projetos de Parceria Público-Privada (PPP) para a construção e gestão de 33 escolas que atendem aos níveis médio e fundamental II em 29 municípios paulistas. Também foram divulgadas as datas dos leilões. No entanto, o projeto foi criticado pela oposição como uma forma de facilitar a privatização do ensino público.

Assinado pelo governador, o Decreto Nº 68.597 previa a concessão por 25 anos de 33 unidades de ensino para a prestação de serviços de “construção, manutenção, conservação, gestão e operação”. A promessa era de que a parceria com a iniciativa privada entregasse mais de 35 mil novas vagas em todo o estado.

No primeiro leilão, estavam em jogo 17 escolas que têm, ao todo, 462 salas de aula e devem oferecer 17 mil vagas em 14 municípios. O segundo leilão ofereceu outras 16 unidades escolares com 473 salas de aula e 17,6 mil vagas em 15 cidades.

De acordo com informações divulgadas pela Revista Exame, estavam previstos investimentos de R$ 2,1 bilhões ao longo de 25 anos de concessão. No entanto, esse montante não previa a contratação de professores. Segundo o projeto do governo Tarcísio, as empresas não poderão contratar os docentes ou interferir na gestão pedagógica. As metas também continuam a cargo da Secretaria de Educação.

O governo alega que o programa tem como objetivo modernizar a infraestrutura das escolas públicas estaduais, sem que se transformem em instituições privadas. As concessões seriam para serviços específicos e para “liberar diretores pedagógicos de funções administrativas”. O decreto também prevê que as vencedoras das licitações possam terceirizar e subcontratar os serviços.

A licitação foi autorizada na semana anterior ao anúncio e a fiscalização dos serviços concedidos será feita pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).

Fonte: Revista Fórum

Mulheres Sem Terra ocupam sede do Incra em Alagoas

As mulheres trabalhadoras rurais sem terra ocuparam nessa quarta-feira, 12, a sede do Incra em Alagoas, localizada no Edifício Walmap, no Centro de Maceió.

Ocupam o órgão cerca de 800 mulheres do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Frente Nacional da Luta (FNL) e Comissão Pastoral da Terra (CPT).

De acordo com MArgarida da Silva, dirigente nacional do MST, a ocupação é em protesto para que “a reforma agrária ande. A reforma agrária em Alagoas está paralizada”.

Silva destacou que a ocupação ocorrerá até o dia dessa quinta-feira.

“Mesmo estando em um governo que é nosso, Alagoas está na contramão da história por ainda está a frente do Incra um superintendente que não é comprometido com a reforma agrária e com os trabalhadores. Por isso que o movimento que luta pela terra e pela reforma agrária em Alagoas estamos em luta”, assegurou.

Fonte: Alagoas24horas

Baby do Brasil gera repulsa ao pedir que vítimas de abuso sexual perdoem seus agressores: “é da família, perdoa”

A declaração foi feita durante o culto “Frequência com Deus”, realizado na casa noturna D-Edge, na Barra Funda, em São Paulo

A cantora e empresária evangélica Baby do Brasil causou repulsa ao pedir que vítimas de abuso sexual perdoem seus agressores. A declaração foi feita durante o culto “Frequência com Deus”, realizado na casa noturna D-Edge, na Barra Funda, em São Paulo. O evento aconteceu na noite da última segunda-feira (10) e reuniu dezenas de pessoas.

Acompanhada do amigo e dono da boate, Renato Ratier, que se converteu ao evangelho no ano passado, Baby conduziu a pregação entre discursos religiosos e apresentações musicais. Em determinado momento, a cantora pediu que os presentes se livrassem de sentimentos negativos e perdoassem aqueles que lhes fizeram mal, incluindo abusadores sexuais.

“Perdoa tudo que você tiver de ruim no seu coração, aqui, hoje, nesse lugar, perdoa! Se teve abuso sexual, perdoa! Se foi da família, perdoa!”, declarou Baby. Em seguida, reforçou: “Se é briga de família: mãe, filho, pai, perdoa!”.

As falas da artista rapidamente viralizaram nas redes sociais e foram amplamente criticadas por internautas, que classificaram o discurso como “absurdo”, “problemático” e “vergonhoso” e “criminoso”. Além disso, houve rejeição à escolha da D-Edge como palco para o culto. Frequentadores da boate afirmaram que não retornarão ao local após o episódio.

Como denunciar abusos

Denúncias de abusos sexuais contra menores podem ser feitas pelo Disque Denúncia, no telefone 181. Casos de violência contra a mulher devem ser denunciados pelo 180. A identidade do denunciante pode ser mantida em sigilo.

Além disso, vítimas podem procurar delegacias especializadas, cujos endereços estão disponíveis no Mapa das Delegacias da Mulher. Hospitais e postos de saúde públicos também devem oferecer assistência imediata a quem precisar de apoio.

Fonte: Brasil 247

Ucrânia aceita cessar-fogo de 30 dias proposto pelos EUA

‘Se a Rússia concordar, trégua entrará em vigor imediatamente’, afirmou Zelensky; sugestão foi feita durante negociações na Arábia Saudita, onde ajuda militar norte-americana foi restabelecida para Kiev

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta terça-feira (11/03) que seu país está “pronto” para aceitar um cessar-fogo provisório de 30 dias, proposta sugerida pelos Estados Unidos durante as negociações na Arábia Saudita.

“A Ucrânia está pronta para aceitar esta proposta — nós a vemos como um passo positivo e estamos prontos para tomá-lo. Agora, cabe aos Estados Unidos convencer a Rússia a fazer o mesmo. Se a Rússia concordar, o cessar-fogo entrará em vigor imediatamente”, afirmou Zelensky.

O mandatário ucraniano detalhou por meio da rede social X que a proposta de trégua da delegação norte-americana envolve a interrupção de ataques com mísseis, drones e bombas no mar e na linha de frente.

Com o aceite ucraniano à proposta, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, informou que o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu retomar imediatamente a ajuda militar e de inteligência a Kiev.

“O presidente decidiu suspender a pausa na ajuda e na nossa assistência de segurança à Ucrânia daqui para frente, e isso entrará em vigor imediatamente”, disse ele.

Trump suspendeu a assistência militar à Ucrânia após sua discussão com Volodymyr Zelensky durante a visita deste último aos Estados Unidos em 28 de fevereiro. A decisão entrou em vigor na manhã de 4 de março e se aplicou a todos os equipamentos militares dos EUA que não estavam na Ucrânia, incluindo armas em aviões e navios ou aguardando embarque em zonas de trânsito na Polônia.

Comunicado conjunto

A reunião em Jeddah também resultou em um comunicado conjunto entre Kiev e Washington. A equipe dos EUA foi liderada pelo Secretário de Estado, Marco Rubio, e pelo Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz.

A Ucrânia foi representada pelo chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, Andrey Yermak, pelo ministro das Relações Exteriores, Andrey Sybiga, e pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov.

Ambos os lados concordaram em “formar suas equipes e iniciar imediatamente as negociações sobre uma paz duradoura”.

Além da garantia dos EUA em discutir o que foi proposto na reunião com a Rússia, Kiev garantiu que os países europeus, que temiam uma exclusão do processo, estarão envolvidos no processo de paz.

Proposta ucraniana

Zelensky também afirmou que durante a reunião, a Ucrânia propôs “três pontos principais”: interrupção dos ataques; “medidas reais” do andamento da diplomacia, em especial para a libertação de prisioneiros de guerra; e o retorno de crianças ucranianas que foram transferidas à força para a Rússia.

“Nossa posição permanece absolutamente clara: a Ucrânia tem buscado a paz desde o primeiro segundo desta guerra, e queremos fazer tudo para alcançá-la o mais rápido possível e de forma confiável — para que a guerra não retorne”, completou o ucraniano no mesmo dia em que Kiev realizou o maior ataque contra Moscou desde o início da guerra.

Por fim, o presidente ucraniano ainda afirmou que “o lado norte-americano entendeu os argumentos e considera as propostas” de Kiev. “Sou grato ao presidente Trump pela conversa construtiva entre nossas equipes”, finalizou Zelensky, que já foi acusado por Trump de ser ingrato quando à ajuda dos EUA ao seu país.

Os informes sobre a reunião entre a delegação dos EUA e da Ucrânia realizada na Arábia Saudita para alcançar um acordo de paz com a Rússia vieram após o debate que “durou a maior parte do dia”, segundo Zelensky.

Fonte: Ópera Mundi

Policiais derrubam ‘Estrela de Davi’, símbolo utilizado por traficantes do Complexo de Israel

Agentes de segurança fazem operação para demolir ‘resort’ e academia do traficante Peixão.

Policiais militares derrubaram, nesta terça-feira (11), durante uma operação, um resort do tráfico e estruturas com a Estrela de Davi, símbolo utilizado pelo grupo criminoso comandado por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe no Complexo de Israel, que pertence ao Terceiro Comando Puro (TCP).

Os traficantes que dominam a região elegeram referências bíblicas como seus principais símbolos e usam a religião na briga por territórios.

Desde cedo, as polícias Civil e Militar cumprem mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao traficante, na Zona Norte do Rio.

Um dos objetivos era demolir o “resort” de luxo do criminoso, construído irregularmente em área de preservação ambiental, com destruição de vegetação nativa e alteração de um curso d’água.

O “Resort Green”, como é chamado, foi demolido com a ajuda de máquinas da PM que são usadas na destruição de construções ilegais. A estrutura contava com piscina, espaço para churrasco e ambientes climatizados.

Os peixes que ornamentavam o lago artificial do espaço de lazer do traficante foram resgatados. Os animais serão levados para um criadouro em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Peixão, o traficante evangélico

Peixão, que atualmente é um dos criminosos mais procurados do estado, nunca chegou a ser preso.

Ele domina o Complexo de Israel, que compreende cinco comunidades: Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco Bocas e Pica-pau. Símbolos como a Estrela de Davi e a bandeira israelense estão espalhados pelas favelas.

poderio bélico é outra característica desse conjunto de comunidades do TCP. Os aliados de Peixão têm arsenal e munição suficientes para sustentar horas de confronto.

O império de Peixão começou em meados de 2016, logo após a Olimpíada, quando houve a invasão à Cidade Alta. Os domínios do TCP foram aumentando até que, na pandemia, o Complexo de Israel foi estabelecido — e controlado com mão de ferro.

Peixão, por exemplo, determinou a instalação de câmeras pelas comunidades, mandou construir pontes entre as favelas e teve problemas com uma igreja católica da região, que culminaram no fechamento do templo religioso.

Antes de se tornar Peixão, Álvaro era conhecido como Alvinho. Criado pela mãe, umbandista, ele recebia oferendas, como pipoca e doces na esquina da Avenida Brasil.

Mas ele se tornou evangélico e, na esteira da conversão, veio a intolerância religiosa. Segundo moradores, terreiros foram proibidos e imagens de santos, retiradas do Complexo de Israel.

O traficante já foi investigado por ordenar ataques a terreiros de religiões de matriz africana, através da atuação do Bonde de Jesus em Duque de Caxias, onde nasceu. Ele mesmo pregava em uma igreja evangélica no município, como contou o g1 em 2019.

Fonte: G1

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