Autoridades mexicanas mencionaram que imunizante recebeu parecer favorável; país poderá importar o medicamento para aplicá-lo em maiores de 19 anos

A Comissão Federal de Proteção contra Riscos Sanitários do México (Cofepris) autorizou nesta quarta-feira (29/12) o uso emergencial da vacina cubana Abdala contra a covid-19.

“Faz parte da Estratégia Nacional de Regulação Sanitária, que permite revisar e dar acesso ao maior número de insumos de saúde, desde que verificada a qualidade, segurança e eficácia do produto”, indicou o Cofepris.

Em nota, o conselho de segurança da saúde mexicana mencionou que o Comitê de Novas Moléculas realizou uma sessão cujo ponto central do debate foi a droga cubana, a qual recebeu parecer favorável dos especialistas presentes.

Até o momento, agora com a Abdala, o México aprovou 10 vacinas anticovid para uso emergencial: Pfizer-BioNTech, AstraZeneca, CanSino Biologics, Sputnik-V, Sinovac, Covaxin, Janssen (da empresa farmacêutica Johnson e Johnson), Moderna e Sinopharm.

Em outubro deste ano, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador havia anunciado que o país iria adquirir a vacina para auxiliar na imunização, afirmando haver um “acordo” com o governo de Cuba, mas que ainda “não foi possível de ser concretizado”, declarando que a negociação era resultado da relação de cooperação com o país socialista, “especialmente na área médica”.

Elaborado pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Cuba, o imunizante “é feito com a proteína recombinante do domínio de ligação ao receptor do vírus SARS-CoV-2”.  

A vacina, dentre seis fórmulas da ilha contra o novo coronavírus, apresentou eficácia de mais de 92% no esquema de três doses.  

Por sua vez, o Grupo Empresarial de Biotecnologia e Indústrias Farmacêuticas de Cuba (BioCubaFarma) destacou que depois da aprovação do uso de Abdala no México, este país poderá importar o medicamento para aplicá-lo em maiores de 19 anos.

A Comissão Mexicana destacou ainda que, como Autoridade Reguladora Nacional de Referência, habilitada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), esta ação abre as portas para que a vacina cubana seja utilizada em outras nações.

Irã, Nicarágua e Venezuela são países que usam vacinas fabricadas em Cuba – sejam as doses da Soberana, sejam as da Abdala. Há 13 meses a biomedicina cubana desenvolve seis fórmulas de imunizantes contra o vírus sars-cov2, sendo o único país da América Latina e Caribe a ter um medicamento próprio. 

De acordo com o levantamento da Universidade Johns Hopkins, o México totaliza 3.962.518 casos do novo coronavírus e 299.130 mortes em decorrência da doença. 

(*) Com Telesur.

Fonte: Opera Mundi

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