Paralisação, aprovada por mais de 66% da categoria, é por vacina contra a Covid-19 para todos os metroviários e trabalhadores do setor de transporte público, além de  medidas de prevenção como o lockdown

Os metroviários de São Paulo decidiram realizar uma “greve sanitária” na próxima terça-feira, dia 20. Na pauta de reivindicações estão dois itens fundamentais para conter a transmissão do novo coronavírus: a definição de um cronograma de vacinação contra a Covid-19, doença provocada pelo novo vírus, para todos os metroviários e trabalhadores do setor de transporte público, e medidas de prevenção contra a doença que o Sindicato dos Metroviários sugeriu em um Plano de Emergência apresentado ao Governo do Estado de São Paulo e que foram ignoradas.

A paralisação foi aprovada em assembleia virtual encerrada na quarta-feira, 6 de abril de 2021. Segundo o sindicato, de 1023 votantes, 661 (64,3%) votaram a favor da greve.

O Sindicato pede lockdown, com o fechamento das atividades, para conter o vírus e, no dia 16 de abril, os funcionários do Metrô de SP vão trabalhar de preto em sinal de luto pelas vítimas da Covid-19.

Só na semana passada, entre 4 e 10 de abril, o estado de São Paulo registrou 5.657 óbitos, o maior número desde o início da pandemia. No outro mês com mais vítimas em uma semana, em meados de julho do ano passado, foram registradas 1.945 mortes, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, compilados pelo consórcio de imprensa. Neste domingo, foram registradas 510 vidas perdidas por complicações da Covid-19 no estado – o número é extremamente alto para um domingo, dia em que as equipes das secretarias e laboratórios trabalham em esquema de plantão, com menos trabalhadores.

A decisão de realizar uma greve sanitária foi tomada por metroviários de todas as linhas, inclusive funcionários da ViaMobilidade e ViaQuatro. Há um forte clima de indignação com o avanço da pandemia e a falta de políticas eficientes para contê-la, diz nota publicada no site do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

“A principal reivindicação é a vacinação urgente para os metroviários e todos os trabalhadores do transporte público. Também há a reivindicação de que governos implementem o lockdown, o auxílio emergencial e as diretrizes descritas no Plano de Emergência apresentado pelo Sindicato”, diz trecho da nota.

Fonte: CUT Brasil

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