André Cabral – Historiador e professor
Ao longo da história, a Ucrânia tem sido uma sucessão de anexações e feridas abertas da Guerra Fria. Isso se deve ao período do Império Russo (Czarismo), quando a Ucrânia era parte do território formado por povos Eslavos, Escandinavos e Bizantinos e, por conseguinte, nos séculos XIII e XIV, ficando sobre o domínio dos poloneses. Já em 1667 parte da Rússia, a oeste, é anexada a Polônia. Logo após a revolução de 1905 o Czar Alexandre II concede liberdade aos Ucranianos. Durante a Revolução Russa 1917 os nacionalistas proclamam a independência, já ano 1920 perdem o território para Polônia (tratado de Riga).
No contexto das medidas econômicas e políticas no final da Guerra Fria, a Perestroika e Glasnost, a abertura política nas ações de Gorbachev, secretário geral do partido comunista da União Soviética, nos anos 1980, o nacionalismo ganhou força e a Ucrânia declara sua soberania.
A História da Ucrânia vai permitir é cheia de anexações promovidas pela Rússia, como a Crimeia em 2013. O parlamento da Crimeia aprova a anexação à Rússia e Putin envia tropas.
Em seguida, comunidades de etnia Rússia em Dosnestk, Lugansk se levantam, o governo ucraniano lança uma ofensiva. Uma história indecisa criou separações duradouras. o leste da Ucrânia ficou sob o domínio russo muito mais cedo do que o oeste da Ucrânia, os povos do leste têm laços mais fortes com a Rússia e têm sido mais predispostas a apoiar líderes russos.
Durante a Guerra Fria na disputa geopolítica EUA X URSS, A Otan e o Pacto de Varsóvia nunca travaram um conflito militar direto, mas fizeram o mundo refém de suas trocas de ameaças por mais de três décadas na corrida armamentista, com o tempo logo após o fim União Soviética. A Otan, por sua vez, ampliou sua atuação: fixou-se nas tropas militares de técnicas de segurança com a Europa, nas intervenções de conflitos e até no combate hoje, agrupa também países do ex-bloco socialista que fizeram parte do Pacto de Varsóvia, Albânia, Bulgária, Chéquia, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Macedónia do Norte, Montenegro, Polónia, Roménia, perguntar não ofende por que a OTAN continuou existindo após a Guerra Fria?
A invasão da Ucrânia pela Rússia ocorreu no início de 2022. Ela foi causada pelo avanço da Otan no Leste Europeu e por assuntos geopolíticas entre os dois países envolvidos. Interesses territoriais e econômicos, a bacia de Donbass é a mais importante fonte de energia e a maior região industrial da Ucrânia; é um local conhecido por suas riquezas minerais, principalmente ligadas à produção de carvão e aço. Por isso, a área abriga um grande parque siderúrgico, químico e metalúrgico, a região também ocupa uma posição estratégica por ter acesso ao Mar Negro e, por consequência, dar escoamento para o Mar Mediterrâneo é o argumento da Rússia motivando a invasão da Ucrânia.
Segundo o sociólogo e especialista em relações internacionais, Marcelo Zero, “a Ucrânia é estimulada pelos estadunidenses que jamais respeitou esses acordos.”, ele ainda argumenta “os estadunidenses e OTAN não querem a paz.” Usando a Ucrânia para enfraquecer a Rússia, outros analistas argumentam que o mundo entra numa nova geopolítica, onde os estadunidenses estão perdendo o protagonismo e o conflito seria a nova geopolítica onde China e Rússia teria a hegemonia política e econômica no século XXI.
As guerras, Jean-Paul Sartre afirmava, “Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem”. Os conflitos alimentam a indústria bélica capitalista, já foram US$ 600 milhões de “armas, munições e equipamentos” pelo os estadunidenses. a ONU estima que 4 milhões de pessoas deixem a Ucrânia para outros países e mais 6 milhões se desloquem dentro do país, totalizando 10 milhões de imigrantes, em quase 150 dias de ataques e bombardeios, a guerra na Ucrânia já deixou mais de 5 mil civis mortos no país. O balanço foi feito pela agência de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ACNUDH).
Esse conflito logo após o mundo passar pela pandemia com 15 milhões de pessoas em todo o mundo, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tal mídia internacional informar a guerra sobre apenas um ponto de vista da OTAN, EUA e UNIÃO EUROPEIA. Nos passa a ideia maniqueísta de sempre. a hipocrisia internacional da ONU os países ricos fecham os olhos. onde existem conflitos no Oriente Médio, norte da África, a questão palestina, inúmeros conflitos, questões separatistas, crise migratória no mar mediterrâneo provocado por conflitos na Síria, Líbia e Iraque que alimentados pela cobiça de obter matéria prima, etc. Nesses casos há um silencio midiático e cínico.
Raul Seixas afirmava em sua letra, as aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor (…), “Tá rebocado meu compadre Como os donos do mundo piraram Eles já são carrascos e vítimas do próprio mecanismo que criaram”