Incapaz de tributar os mais ricos, Bolsonaro quer penalizar os mais pobres reduzindo o valor das parcelas do seguro desemprego

As mudanças no seguro-desemprego em estudo pelo governo Bolsonaro visa incluir uma nova regra de cálculo nessa direito trabalhista. Hoje, o trabalhador dispensado sem justa causa recebe de três a cinco parcelas com um valor fixo. Pela proposta que vem sendo elaborada por Paulo Guedes, o beneficiário passaria a receber parcelas com redução de 10% a cada mês, ou seja, menos dinheiro no bolso do trabalhador que perdeu o emprego e que vai ter mais dificuldade para se manter.

A redução progressiva de 10% a cada mês é aplicada sobre o benefício inicial. Um trabalhador que hoje tenha direito a cinco parcelas de R$ 1,5 mil, por exemplo, passará a receber esse valor cheio no primeiro mês, R$ 1,35 mil no segundo, R$ 1,2 mil no terceiro e R$ 1,1 mil nos dois últimos, pois já terá atingido o limite de redução dado pelo piso nacional.

Apesar da piora no mercado de trabalho e incertezas sobre a retomada da economia, com a medida de redução do valor do seguro desemprego, o governo Bolsonaro espera economizar alguns bilhões e contar com a compreensão dos trabalhadores e de seus familiares, sinaliza a equipe técnica.

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