Israel ataca com mísseis local onde ocorria festa infantil em Gaza e mata 39 palestinos

Ao menos 95 palestinos, incluindo mulheres e crianças, foram mortos nas últimas 24 horas em ataques israelenses em Gaza. Entre os locais atingidos na segunda-feira (30), há um café onde acontecia uma festa de aniversário infantil. Além disso, foram registrados ataques em um hospital, um abrigo e um centro de distribuição de ajuda humanitária mantido pelo próprio governo em parceria com os Estados Unidos.

No ataque mais mortal do dia, jatos militares israelenses atacaram com mísseis a cafeteria Al-Baqa durante uma festa infantil acontecia. 39 pessoas morreram, incluindo o jornalista Ismail Abu Hatab, além de homens, mulheres e crianças que se reuniam para a comemoração. Uma testemunha ouvida pela rede Al Jazeera disse ter encontrado “pessoas despedaçadas” após os ataques. O café, de acordo com a testemunha, “não era afiliado a ninguém, sem nenhuma associação política ou militar”. Imagens mostram o local completamente destruído, ainda com elementos infantis espalhados e uma cratera no chão. Ainda segundo a Al Jazeera, e o ataque ocorreu sem aviso, impedindo a proteção das pessoas presentes.

Com a morte de Hatab, chega a 228 o número de jornalistas mortos na guerra de Israel contra o povo palestino, segundo o Escritório de Informações do Governo de Gaza.

Também na segunda-feira, um ataque aéreo atingiu, mais uma vez, um espaço de distribuição de alimentos mantido pelo próprio governo israelense. Ao menos 15 pessoas foram mortas na fila que aguardava ajuda humanitária. O espaço é um dos poucos locais onde palestinos famintos podem buscar alimento, devido ao bloqueio de ajuda externa imposto por Israel que, há meses, chega a impedir outros postos de distribuição. Quase 600 palestinos já foram mortos nos centros de ajuda gerenciados pela parceria entre Estados Unidos e Israel desde o final de maio.

Ainda na segunda, uma escola utilizada como abrigo para centenas de palestinos deslocados também foi atacada. Neste caso, disse uma das pessoas que conseguiu sobreviver ao ataque afirmou que israelenses teriam ordenado a evacuação do espaço cinco minutos antes de atacá-lo.

O mesmo aconteceu com o pátio de um hospital, utilizado como abrigo para famílias palestinas, também bombardeado por Israel. Um vídeo mostra a destruição. “Esta não é a primeira vez que o pátio do hospital é atacado. Pelo menos 10 vezes, esta instalação foi diretamente atacada pelas forças israelenses”, disse Abu Azzoum, da Al Jazeera. “É uma concentração impressionante de ataques a instalações médicas, adicionando um fardo ainda maior sobre hospitais que mal funcionam”.

Fonte: Brasil de Fato

Justiça Federal determina nova inspeção no Bom Parto

A Justiça Federal autorizou a inspeção nos imóveis do Bom Parto, que sofrem os efeitos da mineração da Braskem e estão localizados nas bordas da área de risco de afundamento do solo, em Maceió. A informação foi divulgada ontem (1) pelo defensor público estadual Ricardo Melro.

“A inspeção foi determinada pelo juiz da 3ª Vara Federal, a partir de requerimento da Defensoria, que foi acionada pelas vítimas em reunião com a Justiça Federal”, informou o defensor.

“Após a inspeção judicial marcada para o dia 22 de julho, às 15 horas, no bairro Bom Parto, a Justiça Federal vai analisar o pedido da Defensoria Pública de Alagoas para ampliar a área de realocação, incluindo toda a zona classificada como ‘Criticidade 01’ — não apenas no Bom Parto, mas também em outras regiões afetadas, como a Rua Marques de Abrantes”, acrescentou Melro.

Ele disse ainda que “o objetivo é verificar de perto os imóveis que apresentam afundamento, rachaduras, trincas e fissuras — situação já amplamente documentada no processo pela Defensoria em vídeos, imagens e reportagens”.

LAUDO DO SGB

Ricardo Melro informou ainda que a Justiça Federal também intimou o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) para prestar apoio técnico durante a vistoria nos imóveis do Bom Parto.

Segundo ele, a pedido da Defensoria Pública do Estado, o juiz da 3ª Vara Federal, André Granja, mandou que os técnicos do Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizassem um novo laudo sobre o Bom Parto – considerado por especialistas em solo como bairro que afunda com mais rapidez na cidade.

A possibilidade de incluir a área 01 na realocação foi assegurada no 2º aditivo ao Termo de Acordo, cuja cláusula permissiva só foi inserida nos autos do processo graças ao pedido da Defensoria Pública da União (DPU) e à persistente atuação da Defensoria Pública da Alagoas (DPE).

Para o defensor Ricardo Melro, essas últimas decisões da Justiça Federal, representam um grande avanço no restabelecimento da verdade e da justiça. “A busca pela verdade continua. Seguimos firmes ao lado das vítimas, exigindo respeito e justiça”, enfatizou.

RETORNO DO SGB

Sobre o retorno dos técnicos do Serviço Geológico do Brasil a Maceió, para verificar a situação das minas e dos imóveis atingido pela mineração da Braskem, Ricardo Melro disse que “é obrigação deles”.

“Estamos insistindo há algum tempo. O SGB precisa retornar. Aqui está o maior problema em área urbana do Brasil. Como pode o SGB não trabalhar aqui?”, questionou o defensor, lembrando que foi a Defensoria Pública do Estado quem entrou com uma ação civil pública (ACP) contra o SGB, para que seus técnicos retornem a Maceió.

O último laudo assinado pelos técnicos do SGB, a nota técnica número 4, confirmando o avanço do afundamento do solo nas bordas da área de risco, foi engavetada pela Defesa Civil de Maceió; só veio à toma graças a iniciativa do defensor Ricardo Melro que decidiu divulga-lo e torná-lo público.

Nota técnica mostra afundamento preocupante na região fora do mapa de risco

A nota técnica Nº 4 demostra o afundamento do solo em escalada preocupante na região dos Flexais ao bairro da Levada, passando pelo Bom Parto, Vila Saem e Rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro.

Por isso, o defensor espera que os técnicos do SGB retornem a Maceió e tragam equipamentos sofisticados, de tecnologia de ponta. O trabalho da equipe técnica será de fundamental importância para verificar as rachaduras nos imóveis das bordas e como está a situação das 35 minas da Braskem, algumas delas em processo de colapso, como alertou o engenheiro Abel Galindo, professor aposentado do Curso de Engenharia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e especialista em solo.

PEDIDO DA DPU

De acordo com a assessoria da Defensoria Pública do Estado, no processo em tramitação na 3ª Vara da Justiça Federal, também tem um pedido da Defensoria Pública da União (DPU) com o mesmo objetivo: reavaliar a inclusão da área de realocação.

“A reavaliação do pedido de realocação não será para toda a área 01, incluindo outras regiões afetadas, como a Rua Marques de Abrantes, pois o juiz entendeu que a DPE deve figurar no processo como amicus curie [amigo da Corte] e, portanto, deixou de analisar o nosso pedido para todo o perímetro 01”, esclareceu Melro.

A área de realocação, é onde estão os imóveis foram interditados e os donos inseridos no Programa de Compensação Financeira (PCF) da Braskem. No entanto, a DPE pediu à Justiça que essa área fosse ampliada, para incluir os imóveis das bordas.

Com a última decisão da Justiça Federal, o pedido da DPU prevaleceu, mas há uma possibilidade para quem se encontra na área 01, que figura como opcional para morador, no segundo aditivo do acordo.

A possibilidade de incluir a área 01 na realocação foi assegurada no 2º aditivo ao Termo de Acordo, cuja cláusula permissiva só foi inserida graças atuação conjunta da Defensoria Pública de Alagoas e da Defensoria Pública da União (DPU).

Fonte: Tribuna Hoje

Lula defende taxação dos super-ricos

“Mais justiça tributária e menos desigualdade. É sobre isso”, declarou o presidente

Durante a celebração do 2 de Julho na Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a enfatizar o combate à desigualdade como eixo de sua gestão e, possivelmente, de sua futura campanha à reeleição. Em uma imagem publicada nas redes sociais, Lula aparece segurando um cartaz com os dizeres: “taxação dos super ricos!”. Na legenda da postagem, escreveu: “mais justiça tributária e menos desigualdade. É sobre isso”.

A manifestação simbólica ocorreu um dia após um discurso incisivo feito em Brasília, durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026. Em tom emocionado, Lula abordou a resistência de setores da elite econômica à proposta de maior progressividade nos impostos e defendeu abertamente os programas sociais de seu governo.

“Quando a gente coloca que as pessoas que ganham mais de R$ 1 milhão têm que pagar um pouquinho mais, há uma rebelião”, disse o presidente, ao criticar a reação de grupos contrários à taxação de grandes fortunas. “Estamos querendo que 140 mil pessoas paguem uma parcelinha a mais para beneficiar 10 milhões de pessoas. É tão pouco…”.

Lula denunciou o que classificou como “ganância” de parte da elite econômica, ressaltando que a concentração de riqueza é um obstáculo à justiça social. “Todo mundo é muito bem informado, letrado. Só pode ser ganância, a desgraça da doença da acumulação de riqueza”, afirmou.

Programas sociais sob ataque – Lula também reagiu com firmeza às críticas que associam o desequilíbrio fiscal aos programas sociais. Ele defendeu o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Bolsa Família e o Pé-de-Meia como mecanismos essenciais para promover inclusão e cidadania. “Fico triste quando vejo as pessoas jogarem a culpa em cima dos doentes, do BPC, do Bolsa Família, do Pé-de-Meia, para garantir que 500 mil moleques que desistiam da escola para trabalhar não desistam”, declarou.

Justiça fiscal como pacto nacional – Encerrando seu pronunciamento, Lula defendeu a necessidade de um novo pacto fiscal com foco na redução de privilégios. “Esse país será o que a gente quiser que ele seja. […] Para isso é preciso diminuir os privilégios”, disse. E resumiu sua proposta com clareza: “ninguém está querendo tirar nada de ninguém. Queremos apenas diminuir os privilégios de alguns para dar um pouco de direitos para os outros”.

Fonte: Brasil 247

Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo, dizem produtores

Fazendeiros relatam perdas após operações da Imigração norte-americana afastarem trabalhadores imigrantes. Frutas e verduras estão apodrecendo nos campos, segundo produtores e funcionários.

Lisa Tate representa a sexta geração de uma família de fazendeiros no condado de Ventura, região na Califórnia que produz bilhões de dólares em frutas e verduras todos os anos.

Grande parte desses produtos é colhida manualmente por imigrantes que estão ilegalmente nos EUA.

Tate conta que viu de perto os impactos das ações do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), realizadas neste mês como parte da política migratória do presidente Donald Trump.

Segundo ela, as batidas assustaram os trabalhadores rurais. “Nos campos, eu diria que 70% dos trabalhadores foram embora. Se 70% da sua força de trabalho não aparecer, 70% da sua safra não será colhida e pode estragar em um dia.”

Tate diz que a maioria dos norte-americanos não quer fazer o trabalho de colheita, e acrescenta que os produtores podem ir à falência por falta de mão de obra. “A maioria dos fazendeiros daqui mal está conseguindo sobreviver.”

Nas terras agrícolas ao norte de Los Angeles, dois fazendeiros, dois supervisores e quatro funcionários imigrantes do campo disseram à Reuters que as batidas do ICE levaram a maioria dos trabalhadores a parar de comparecer.

Isso significa que as plantações não estão sendo colhidas e as frutas e verduras estão apodrecendo na época de pico da colheita, disseram eles.

Um mexicano que trabalha como supervisor de fazenda e preferiu não se identificar contou que costuma coordenar 300 trabalhadores na preparação de um campo de morangos. No dia da entrevista, tinha apenas 80.

Em outra fazenda, um colega relatou que a equipe habitual de 80 pessoas foi reduzida a apenas 17.

Quebra no abastecimento de alimentos

Economistas e políticos reconhecem que muitos dos trabalhadores agrícolas dos Estados Unidos estão no país ilegalmente. Segundo eles, uma queda brusca nesse número pode causar prejuízos graves à cadeia de abastecimento de alimentos e à economia das regiões agrícolas.

Douglas Holtz-Eakin, ex-diretor do Escritório de Orçamento do Congresso e integrante do Partido Republicano, estima que 80% dos trabalhadores do campo nos EUA são estrangeiros, e quase metade está em situação irregular. Segundo ele, a perda dessa mão de obra pode encarecer os alimentos para os consumidores.

“Isso é ruim para as cadeias de suprimentos, ruim para o setor agrícola”, disse Holtz-Eakin.

Mais de um terço dos vegetais dos EUA e mais de três quartos das frutas e nozes do país são cultivados na Califórnia, de acordo com o Departamento de Alimentos e Agricultura do estado. As fazendas e ranchos da região movimentaram quase US$ 60 bilhões em 2023.

Entre quatro trabalhadores imigrantes ouvidos pela Reuters, dois estão em situação irregular e aceitaram falar sob anonimato, com medo de serem detidos pelo ICE.

Um deles, de 54 anos, trabalha nos campos agrícolas dos EUA há 30 anos e tem esposa e filhos no país. Ele disse que a maioria de seus colegas deixou os campos.

“Se eles aparecem para trabalhar, não sabem se voltarão a ver sua família”, disse ele.

O outro trabalhador que está em situação irregular disse que os trabalhadores já acordam com medo.

“Nos preocupamos com o sol, o calor e, agora, com um problema muito maior: muitos não voltam para casa. Eu tento não me meter em problemas. Agora, quem for preso por qualquer motivo será deportado.”

Segundo cinco grupos comunitários que apoiam os trabalhadores rurais, muitos imigrantes voltam aos campos, dias depois das operações, por não terem outra fonte de renda.

Os trabalhadores também estão adotando outras medidas para reduzir a exposição, como pegar carona com pessoas com status legal para trabalhar ou enviar filhos de cidadãos norte-americanos para fazer compras no supermercado, disseram os grupos.

Trump admitiu em uma postagem nas redes sociais, neste mês, que as batidas contra imigrantes rurais e funcionários de hotéis estavam “tirando trabalhadores muito bons e de longa data” desses setores, “sendo quase impossível substituir esses empregos”

Depois, Trump disse a repórteres: “Nossos fazendeiros estão sendo muito prejudicados. Eles têm trabalhadores muito bons.” E acrescentou: “Eles não são cidadãos, mas acabaram se tornando ótimos.”

Trump se comprometeu a emitir uma ordem para lidar com o impacto das ações, mas nenhuma mudança na política foi anunciada até o momento.

Fonte: G1

Gasto com juros vai a R$ 946 bilhões nos últimos 12 meses

O gasto do setor público consolidado (União, Estados/municípios e estatais) com juros atingiu em maio deste ano a soma de R$ 92,1 bilhões – um aumento de 23,8% em relação ao mesmo mês de 2024 (R$ 74,4 bilhões), segundo dados do Banco Central (BC), divulgados nesta segunda-feira (30).

Nos últimos 12 meses até maio, a despesa com os juros que, na prática, é uma transferência de renda do Orçamento para os bancos e detentores de títulos públicos, chegou a R$ 946 bilhões, o equivalente a 7,8% do PIB. Essa escalada reflete o ciclo de alta da taxa Selic, iniciado pelo BC em setembro de 2024,  época em que a taxa básica de juro estava em 10,5%.

“Contribuíram para essa evolução os aumentos da taxa Selic e do estoque da dívida líquida no período”, informou o BC, em seu recente relatório de “Estatísticas Fiscais”.

Reprodução: BCB

Hoje a Selic já se encontra em 15% e torna proibitivos os investimentos públicos e privados, enfraquece a economia e a geração de novos empregos. Tudo sob o argumento de combate à inflação e de ancorar as expectativas do “mercado”. Estas “expectativas” do mercado pressionam o governo por cortes de investimentos públicos e programas sociais. Por outro lado, não se fala nada sobre limitar os gastos com os juros, este sim o principal responsável  pelo crescimento da dívida pública.

Em sua última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, levando a taxa de 14,75% para 15% ao ano. Essa decisão, que onerará os cofres públicos em R$ 14,2 bilhões nos próximos 12 meses, veio acompanhada de cobranças do BC ao governo Lula por maior rigor fiscal.

A cada 1 ponto percentual a mais na Selic significa R$ 56,8 bilhões a mais sobre a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), ao longo de 12 meses, conforme o relatório de “Estatísticas Fiscais” do BC.

Em maio deste ano, o governo registrou um déficit primário de R$ 33,7 bilhões, que se transforma numa dívida total de R$ 125,9 bilhões, quando se incluem os gastos para pagamento de juros.

Embora o setor público consolidado tenha apresentado um superávit primário de R$ 24,1 bilhões em 12 meses até maio – sobre o custo de arrochar os investimentos em saúde, educação e infraestrutura, além de programas sociais -, quando incluído o peso dos juros, o déficit nominal chega a R$ 922 bilhões (7,58% do PIB) no período.

Com o BC sobrecarregando os cofres públicos com seus juros elevados, a dívida do setor público consolidado registrou alta de 0,2 ponto percentual em abril, atingindo 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB). “A evolução no mês foi decorrente sobretudo dos juros nominais apropriados (+0,8 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,6 p.p.)”, diz outro trecho da nota.

Vale destacar, ainda, que a inflação no Brasil segue controlada, mesmo diante das pressões recorrentes de preços administrados e de alimentos (voláteis por fatores sazonais e especulativos). Tais elementos não são influenciados pela política monetária, ou seja, não respondem a elevações da taxa de juros, o que torna a decisão do BC de permanecer com os juros altos “por período bastante prolongado” ainda mais criminosa.

Fonte: Hora do Povo

Israel usa pontos de distribuição de ajuda para assassinar palestinos em Gaza

Exército israelense reconheceu ataques, mas atribuiu incidentes a disparos ‘imprecisos’; justificativa surgiu após reportagem do Haaretz revelando que soldados recebiam ordens para atirar em civis

O Exército de Israel admitiu nesta segunda-feira (30/06) que seus soldados dispararam contra civis palestinos que buscavam ajuda humanitária em pontos de distribuição na Faixa de Gaza, mesmo estes não apresentando ameaça alguma às tropas. O esclarecimento foi feito por meio de nota.

De acordo com a reportagem, oficiais não identificados do Comando Sul israelense reconheceram “que civis foram mortos devido ao fogo de artilharia”, mas atribuíram os incidentes a disparos “imprecisos e não calculados”, alegando que “os bombardeios visavam manter a ordem nos locais de distribuição”, além de culpar o Hamas de divulgar números inflados.

Já “no incidente mais grave”, os militares de alto escalão relataram que “entre 30 e 40 pessoas foram alvejadas – algumas mortas, outras feridas em graus variados”.

O Exército somente admitiu esses ataques porque, na última sexta-feira (27/06), o jornal Haaretz publicou uma apuração revelando que soldados de Tel Aviv recebiam ordens de seus superiores para atirar em civis que esperavam por suprimentos básicos próximo aos centros de ajuda em Gaza. 

“É um campo de matança. Onde eu estava, entre uma e cinco pessoas eram mortas todos os dias”, relatava um dos soldados. “Eles atiram com tudo que você pode imaginar: uma metralhadora pesada, um lançador de granadas, morteiros.”

Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza em 2 de março. Após ser condenado pela comunidade internacional por usar a fome como arma, que pelo direito internacional configura “crime de guerra”, em 27 de maio, o regime sionista e os Estados Unidos implementaram a Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês) um programa de distribuição de ajuda no enclave. Entretanto, agências internacionais como as Nações Unidas (ONU) têm rejeitado parcerias por se tratar de um órgão controlado por tropas militares.

Desde sua operação, a GHF foi diversas vezes denunciada por grupos de direitos humanos e chegou a ser considerada uma “armadilha mortal” para matar palestinos que buscam suprimentos básicos.

O Ministério da Saúde de Gaza registra diariamente mortes em meio às filas nos centros de ajuda, nas quais palestinos devem escolher entre a fome e o risco de serem baleados. Segundo a pasta, até o momento, aproximadamente 600 palestinos foram assassinados por disparos israelenses.

Fonte: Ópera Mundi

Supersalários no Judiciário crescem 49,3% em 2024, mostra estudo

Valor extrateto saltou de R$ 7 bilhões para R$ 10,5 bilhões em um ano

Os gastos do Judiciário com salários acima do limite constitucional aumentaram 49,3% entre 2023 e 2024. O valor extrateto saltou de R$ 7 bilhões para R$ 10,5 bilhões em apenas um ano, muito acima da inflação oficial do período, que atingiu 4,83%.

Os valores constam de estudo inédito do Movimento Pessoas à Frente, organização suprapartidária que propõe melhoras na gestão do serviço público. A pesquisa foi realizada em parceria com o pesquisador Bruno Carazza, professor, economista e jurista com pós-doutorado em Harvard, com foco em políticas públicas e governança.

Com base em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o levantamento expôs o avanço dos chamados penduricalhos – verbas indenizatórias e adicionais que permitem aos magistrados receber além do teto legal do funcionalismo público.

Segundo o estudo, os auxílios e benefícios correspondem a mais de 43% do rendimento líquido dos magistrados, devendo ultrapassar 50% em breve. Na prática, grande parte da remuneração ultrapassa o teto constitucional (hoje em R$ 46.366,19) de forma indireta e muitas vezes não tributada.

Evolução

De 2023 para 2024, o rendimento líquido médio de juízes subiu de R$ 45.050,50 para R$ 54.941,80, aumento de 21,95%. O crescimento continuou neste ano, e o valor chegou a R$ 66.431,76 em fevereiro de 2025.

A pesquisa destaca que esses aumentos são impulsionados por verbas classificadas indevidamente como indenizatórias, que escapam do teto e da tributação de Imposto de Renda. As distorções criam um cenário de disparidade dentro do funcionalismo público, considerando que apenas 0,06% dos servidores se beneficia dessas brechas.

De acordo com a diretora executiva do Movimento, Jessika Moreira, os supersalários representam um problema estrutural que se arrasta desde a Constituição de 1988. Apesar de várias tentativas legislativas, nenhuma foi eficaz em conter esses abusos. A organização alerta que, se a tendência continuar, o valor de supersalários poderá dobrar novamente em apenas dois anos.

Reforma administrativa

Diante desse cenário, o Movimento Pessoas à Frente defende que o fim dos supersalários seja prioridade na reforma administrativa em discussão no Congresso Nacional. A proposta está sendo debatida por um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados, coordenado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ).

Em parceria com uma coalizão de dez organizações da sociedade civil, o movimento elaborou um manifesto em que sugere nove medidas para combater os supersalários.

Entre as medidas propostas estão:

•     Classificação adequada das verbas entre remuneratórias e indenizatórias;

•     Limitação das verbas indenizatórias a critérios como natureza reparatória, caráter transitório e criação por lei;

•     Aplicação correta do Imposto de Renda sobre verbas remuneratórias;

•     Reforço da transparência e da governança na remuneração pública;

•     Exigência de lei para criação de qualquer adicional salarial;

•     Eliminação de classificações indevidas e transformação de verbas em remuneratórias;

•     Fim da vinculação automática entre subsídios;

•     Enquadramento como improbidade administrativa de pagamentos acima do teto sem respaldo legal;

•     Criação de barreiras ao pagamento de retroativos, com limite temporal.

O movimento também propõe o fim de benefícios concentrados no sistema de Justiça, como férias de 60 dias (frequentemente convertidas em dinheiro), licenças por tempo de serviço, aposentadoria compulsória como punição (que mantém os vencimentos) e gratificações por acumulação de funções.

No início de junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a reforma administrativa comece pela discussão dos supersalários. No ano passado, o governo enviou proposta de emenda à Constituição para limitar os supersalários dentro do pacote de corte de gastos, mas o Congresso desidratou a proposta e incluiu uma regulamentação por lei ordinária, que pode ser mudada mais facilmente que uma lei complementar.

Organização da sociedade civil plural e suprapartidária, o Movimento Pessoas à Frente trabalha com especialistas, acadêmicos, parlamentares e representantes da sociedade civil. A organização tem como objetivo propor políticas que melhorem a gestão de pessoas no setor público, com foco especial em lideranças e equidade.

Fonte: Agência Brasil

Juiz de Fora pode se tornar 1º cidade de mais de 500 mil habitantes com tarifa zero, bolsonaristas são contra

Projeto prevê gratuidade para todos os usuários e será custeado por fundo alimentado por grandes empregadores

Por Brasil de Fato

A cidade de Juiz de Fora (MG) pode se tornar a primeira do Brasil com mais de 500 mil habitantes a garantir gratuidade total no transporte coletivo urbano. O projeto de lei (veja íntegra) que institui a tarifa zero foi protocolado pela Prefeitura na Câmara Municipal na última segunda-feira (23) e ainda será analisado pelos vereadores.

A proposta, segundo a prefeita Margarida Salomão (PT), representa uma mudança na lógica da mobilidade urbana. “Estamos mudando a lógica da mobilidade urbana com coragem e responsabilidade. A tarifa zero é um avanço civilizatório, que integra a cidade, melhora a vida das pessoas e fortalece a economia local”, afirmou.

A iniciativa será discutida por comissões temáticas do Legislativo – entre elas, as de Legislação, Orçamento e Transporte. Segundo o presidente da Casa, vereador Zé Márcio-Garotinho (PDT), o projeto será debatido em audiência pública antes da votação. “Inicialmente a gente vê de forma muito positiva. A gratuidade universal atende a uma população que depende do ônibus e isso custa caro a ela”, analisou o vereador.

De acordo com a Prefeitura, o modelo proposto se baseia em um fundo municipal que substituirá o atual sistema de tarifas cobradas dos usuários. Atualmente, a tarifa é de R$ 3,75, congelada desde 2019.

Juiz de Fora: Gratuidade universal e financiamento por grandes empregadores

O novo sistema prevê gratuidade para todas as pessoas físicas usuárias dos ônibus. O custeio será feito por um fundo municipal alimentado, entre outras fontes, por uma tarifa técnica paga por empregadores com mais de dez funcionários – substituindo o vale-transporte tradicional. Empresas com até dez empregados estarão isentas da cobrança.

Hoje, Juiz de Fora tem cerca de 2.380 empresas que se enquadram na obrigação de contribuir com o fundo. Além disso, recursos do orçamento municipal, repasses da União e do Estado, além de receitas com publicidade nos ônibus, também vão compor o financiamento.

Para acessar o sistema, a população deverá utilizar um bilhete eletrônico sem custo. A Prefeitura pretende distribuir novos cartões num prazo de 30 dias após a eventual aprovação da proposta.

A medida, segundo a Prefeitura, ampliará significativamente o acesso das populações periféricas à cidade, permitindo deslocamentos para trabalho, estudo, saúde e lazer sem que o valor da passagem seja uma barreira. “Hoje 36% dos usuários são gratuitos e agora queremos que todas as pessoas andem de ônibus de graça”, afirmou Margarida.

Experiências anteriores, inclusive na própria cidade com o programa Domingão do Busão, indicam aumento imediato da demanda: só aos domingos e feriados, a gratuidade já provocou um crescimento de 14% no número de passageiros. A expectativa é de um salto de até 30% na circulação de pessoas após a implementação total.

O valor economizado pelas famílias tende a ser convertido em consumo básico, o que, segundo o Executivo, representa uma forma indireta de redistribuição de renda.

Estímulo à economia local, geração de empregos e sustentabilidade

Estudos elaborados por economistas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estimam que, até 2040, o consumo das famílias possa crescer em quase 30% com a política de Tarifa Zero. O comércio, os serviços e a indústria local devem sentir os efeitos positivos desse aumento da circulação de renda.

A expectativa é de que o emprego cresça 9,1% até o fim do período analisado. O impacto sobre a economia da cidade pode ultrapassar os R$ 1,7 bilhão – valor superior ao custo estimado do fundo de financiamento.

Além disso, os especialistas apontam que, com o tempo, a proporção entre os custos do fundo e o Produto Interno Bruto (PIB) municipal tende a cair, o que tornaria a política ainda mais eficiente do ponto de vista orçamentário.

A Prefeitura defende que a tarifa zero também tem potencial para reduzir congestionamentos e emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, os veículos de transporte de carga e passageiros respondem por 47% do total de CO₂ emitido.

O estímulo ao uso do transporte coletivo favorece ainda a renovação da frota com ônibus mais limpos, como os movidos a eletricidade ou gás metano – alternativa já estudada pelo município. A redução da poluição sonora, especialmente nas áreas de maior circulação, é outro efeito esperado.

Ao colocar o transporte coletivo no centro das estratégias urbanas, Juiz de Fora dá um passo em direção a um modelo de desenvolvimento mais inclusivo, sustentável e eficiente. A prefeita Margarida Salomão afirma que o projeto articula inclusão social, crescimento econômico e preservação ambiental: “As pessoas mais pobres, quando têm algum tipo de alívio na sua renda, gastam mais em consumo, mais bens e mais serviços para suas famílias”.

Tarcísio e Universal fazem doutrinação da PM de SP

Igreja Universal toma todos os quartéis da PM de SP com cerimônias e livros de Edir. Tarcísio de Freitas é governador pelo Republucanos, partido político de Edir Macedo. Toda doutrinação feita nas tropas conta com o silêncio do Ministério Público de São Paulo.

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) atingiu a marca de 20 mil “capelães” atuando dentro de batalhões e unidades das polícias militares e civis em todo o Brasil. Em São Paulo, a UFP, ou Universal nas Forças Policiais, está presente fisicamente no dia a dia de todas guarnições da Polícia Militar, com seus capelães travando contato diário com todos os policiais em ação no estado.

A informação acima foi transmitida, no último dia 10 de fevereiro, pelo pastor Roni Negreiros, ex-major da PM do Maranhão e atual comandante nacional da UFP, na Universal do bairro do Brás, região central da capital paulista, a 2,5 mil novos policiais militares de São Paulo que haviam tido seu batismo na corporação atuando na Operação Verão 2024/2025.

Na ocasião, os milhares de policiais – de soldados a coronéis – ficaram 12 horas sob os cuidados e as palestras dos pastores, capelães e bispos da Universal.

Em suas páginas na internet, a própria Universal não se furta de informar do que se tratava tal evento, de como a igreja de Edir Macedo participa da rotina operacional da força pública paulista: “O encontro durou cerca de doze horas, das 7h às 19h, e serviu para realizar o processo de ‘Escolha de Vagas’, em que eles foram classificados em todas as unidades, tanto na capital como no interior”, informa a igreja.

Em dado momento, ao longo dessas 12 horas, o comandante Negreiros informou o que segue (os destaques foram inseridos pela reportagem do DCM):

“Nós temos, aproximadamente, 20 mil capelães no Brasil dentro das polícias. Em todas as unidades policiais de São Paulo, (para as quais) vocês serão classificados hoje, nós temos capelães, inclusive na Corregedoria, inclusive no Presídio Militar Romão Gomes.”

Capelão é o profissional responsável por prestar assistência espiritual e social em hospitais, presídios, unidades militares e comunidades terapêuticas, públicas ou privadas, respeitando (em teoria) as crenças individuais. São sacerdotes designados a levar conforto espiritual a grupos de pessoas vivendo sob alguma condição específica.

Quer dizer: a Igreja Universal do Reino de Deus possui uma divisão de 20 mil capelães apenas inseridos em batalhões, guarnições, delegacias e campos de treinamento das forças policiais brasileiras.

A título de comparação, de acordo com balanço publicado pela CNBB (Confederação Nacional de Bispos do Brasil) em 2023, a Igreja Católica possui, em todo país, um total de 22,1 mil padres. Já o número de padres, bispos, cardeais e capelães somados não chega a 25 mil.

O estado de São Paulo é uma das unidades da federação em que a IURD alcança o maior grau de penetração em todo país. No último dia 12 de maio, por exemplo, a PM-SP celebrou os 70 anos da Polícia Feminina. Na capital, a celebração ocorreu dentro de um templo da Universal.

Em todo o estado, na data referida, a Universal promoveu encontros com seus bispos e capelães em batalhões, no Comando de Policiamento da Capital (COPOL) e na Escola Superior de Sargentos, entre outras unidades.

Também foram organizados pela igreja cerca de 40 cafés comemorativos, reunindo policiais da capital e do interior. Um dos destaques dessa programação foi o encontro realizado no Espaço Immensità, no bairro de Santana, zona norte da capital, que reuniu 600 mulheres policiais.

Já em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, no dia 17 de junho deste ano, a Câmara Municipal instituiu o “Dia da Capelania Universal nas Forças Policiais” (veja imagem da cerimônia no alto desta reportagem).

Agora, o braço policial da IURD tem um dia para chamar de seu no calendário oficial de São Bernardo do Campo. O projeto que deu origem à lei é de autoria do vereador Bispo João Batista, da Universal do Reino de Deus e do partido por ela controlado, o Republicanos, o mesmo do governador Tarcísio de Freitas.

Na cerimônia em homenagem à IURD realizada por ocasião da aprovação da lei, estiveram presentes 70 capelães da UFP. Os trabalhos foram abertos com uma apresentação do coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

DCM vem ao longo dos últimos anos exibindo o crescente grau de penetração da Universal nas forças de segurança brasileiras (em especial, paulistas), que por lei deveriam ser laicas.    

No dia 23 de julho do ano passado, por exemplo, levantamento feito por este site de notícias apontou que a Polícia Militar do Estado de São Paulo concedeu, pelo menos, 20 medalhas, diplomas ou honrarias à Igreja Universal do Reino de Deus do início de 2023 até junho de 2024. Uma delas foi a registrada em imagem abaixo, concedida pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, no dia 3 de fevereiro de 2023.

Já no dia 31 de julho de 2024, o DCM informou que a Igreja Universal participa de cursos de formação de policiais e do Exército em pelo menos 10 estados.

Um deles é São Paulo, onde aconteceu, em um templo da Igreja Universal na cidade de Diadema, no dia 18 de junho daquele ano, a Cerimônia de Formatura dos Policiais Militares do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência.

Na ocasião, os pastores deram palestras e entregaram livros de autoria do bispo Edir Macedo a mais de 1.000 alunos policiais.

Um ano antes disso, no dia 30 de julho de 2023, o DCM informou que um grupo formado por 700 igrejas evangélicas estava (e está até hoje) vendendo bíblias timbradas com o símbolo da PM-SP e ofertando seminários em quartéis para cabos, soldados e oficiais da PM-SP.

Por meio da Associação dos Policiais Militares Evangélicos do Estado de São Paulo, essas denominações promovem palestras semanais em, pelo menos, 60% dos quartéis da PM paulista, momentos em que aproveitam para comercializar, por meio de suas lojas físicas e virtual, bíblias personalizadas da PM-SP e dos Bombeiros, livros evangelizadores (inclusive alguns de autoria do bispo Edir Macedo, chefe da Universal) e também o periódico “Pão Diário”, com notícias evangélicas. Tudo por meio de convênios não oficiais de colaboração voluntária das igrejas ao Estado de São Paulo.

O emprego do símbolo da PM-SP em um produto que é comercializado por uma entidade privada é um procedimento que contraria o Código Penal, que, em seu Artigo 296, determina:

Art. 296 – Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:


I – selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;


II – selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:

Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.


§ 1º – Incorre nas mesmas penas:


[…]


III – quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)


O advogado criminalista André Lozano Andrade, membro da Frente Ampla Democrática pelos Direitos Humanos (FADDH), explica: “Os símbolos das corporações públicas não podem ser utilizados para fins particulares, especialmente em produtos postos à venda por entidades privadas. O Código Penal dispõe que tal prática constitui crime. Quem produz e comercializa esta bíblia está incorrendo em crime”.

Dentro da Polícia. Já faz mais de dois anos. Ninguém poderá dizer que foi por falta de aviso.

Redação com DCM

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