Gustavo Dutra de Menezes, Carlos Penteado e Carlos Feitosa Rodrigues serão ouvidos no Inquérito que apura omissão ou participação nos atos terroristas de 8/1
Três generais de divisão (três estrelas) – Gustavo Henrique Dutra de Menezes, Carlos José Russo Assumpção Penteado e Carlos Feitosa Rodrigues – estão entre os 80 militares das Forças Armadas que foram convocados a prestar depoimento na Polícia Federal nessa quarta-feira (12/04). Todos serão ouvidos no Inquérito que apura o envolvimento de autoridades, por omissão ou participação, na preparação e/ou participação dos atos terroristas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas atacaram as sedes dos três poderes da República em Brasília.
Dutra era Comandante Militar do Planalto e é apontado como responsável por não ter permitido que a Polícia Militar desmontasse o acampamento de bolsonaristas radicais na frente do Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. Foi no acampamento que armaram os ataques à praça dos Três Poderes e para lá que os baderneiros retornaram.
A PM do Distrito Federal, tendo à frente o então interventor na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, na noite do mesmo domingo quis prender os manifestantes, mas foram impedidos por tanques estrategicamente colocados na entrada do Setor Militar Urbano por ordem de Dutra.
Já Penteado e Carlos Feitosa faziam parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e eram subordinados ao general da reserva Augusto Heleno. Penteado, como secretário-executivo, era o segundo homem na hierarquia enquanto Carlos Feitosa respondia pela Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial. Os dois explicarão os motivos de o GSI ter menosprezados os alertas de que os bolsonaristas armavam um ataque às instituições.
Outro oficial de comando convocado para comparecer à Polícia Federal na quarta-feira foi o tenente-coronel Jorge Fernandes da Hora. Ele comandava o Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), responsável pela segurança do Palácio do Planalto e está sendo acusado de nada ter feito para impedir que os manifestantes invadissem o prédio.
Fonte: Brasil 247