Trabalhadoras/es da rede pública municipal de educação do município de Campo Grande, organizados pelo Núcleo Regional Sinteal/Arapiraca, realizaram, na manhã desta quarta-feira (25), uma grande manifestação de protesto contra os três meses de salários atrasados, que se completam neste mês de agosto.

O protesto público contra o calote cometido pela prefeitura – administrada, desde janeiro passado, pela prefeita-interina Josefa Barbosa, presidenta da Câmara de Vereadores – começou na entrada do município, com as/os trabalhadoras/es realizando, em seguida, caminhada pelas principais ruas da cidade, passando em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação (que estava fechada a cadeado), pelo centro da cidade e terminando em frente à prefeitura (também fechada), com falas de lideranças sindicais e servidoras/es, cobrando o pagamento, já, dos salários atrasados.

Denúncia

Com total apoio da população, que aplaudia as/os servidoras/es da educação das calçadas e lojas comerciais, o protesto denunciou que a prefeitura só está pagando os/as servidores/as contratados/as. Já 100% das/os servidoras/es efetivos estão sem receber seus salários há quase três meses.

Em frente à prefeitura, os diretores do Sinteal/Núcleo Regional Arapiraca, Carlos Jorge  e Célio Sampaio, e trabalhadoras/es da base criticaram a atuação da secretária municipal de Educação, Gleice Mabelly, e o secretário municipal de Administração, Arnaldo Higino, pelo descaso contra a categoria, denunciando também que Higino foi o prefeito eleito em novembro de 2020, mas que, logo em seguida, teve o registro da candidatura indeferido e o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), assumindo em seu lugar, em janeiro de 2021, a presidente da Câmara Municipal, vereadora Josefa Barbosa. Apesar de ocupar o cargo de secretário municipal de Administração, Higino tem o controle da gestão da prefeitura.

Necessidade e indignação

Chamou atenção no protesto, que teve carro-de-som, faixas, cartazes e palavras-de-ordem, a indignada e pontual fala de um profissional vigia, que, ao denunciar o calote de três meses cometido pela gestão, disse que sua família está passando por necessidades. “Nós somos funcionários públicos e não escravos! Isto aqui é uma vergonha! Tem dia em minha casa que não tem uma colher de açúcar. O meu salário e o meu décimo-terceiro ficam rolando de mão em mão. Estão cortando na carne e isto é um crime. É preciso ter consciência e vergonha na cara. Mas, quem planta, um dia colhe”, disse ele, que, em sua fala, criticou a prefeita-interina e a postura de todos os vereadores do município.

13º salário

Outra denúncia feita na manifestação foi em relação ao pagamento do 13º, que era pago na data de aniversário das/os servidoras/es, e que, desde abril passado, deixou de ser, sem nenhuma explicação do motivo por parte da prefeita-interina.

Eleição suplementar

De acordo com decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a eleição suplementar para prefeito e vice-prefeito de Campo Grande será realizada no próximo dia 12 de setembro.

Fonte: Sinteal

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