Humza Yousaf disse que os “ataques indiscriminados” de Israel contra os palestinos “vão muito além de uma resposta legítima”
O primeiro-ministro da Escócia, Humza Yousaf, considera que as ações de Israel na Faixa de Gaza “equivalem a uma limpeza étnica”, conforme comentou na sexta-feira (6) ao canal de televisão Sky News.
“Estou vendo as mesmas imagens que vocês estão vendo e as mesmas imagens que os seus telespectadores estão vendo, dia após dia”, declarou.
“E acredito que é muito importante que cada pessoa levante sua voz e diga que o que estamos vendo de Israel, os ataques indiscriminados que estamos vendo, vão muito além de uma resposta legítima”, acrescentou.
Humza Yousaf qualifica de “vergonhosa” a postura do Reino Unido sobre o conflito em Gaza. Neste ponto, indicou que o governo britânico tem que deixar claro à parte israelense que deve haver um cessar-fogo imediato e dizer aos seus aliados de confiança e ao país hebreu que terão que prestar contas por qualquer violação do direito internacional.
“Na semana passada ouvimos declarações de altos ministros do governo do [primeiro-ministro israelense Benjamín] Netanyahu […] no sentido de que a população de Gaza deveria ser reassentada, transferida para fora de Gaza, e chegaram a dizer que os assentamentos israelenses deveriam estar agora em Gaza”, continuou.
“Se isso não equivale a uma limpeza étnica, então não sei o que é”, acrescentou.
Yousaf acredita que os líderes políticos deveriam parar de fazer corpo mole e chamar pelo nome o que estão vendo no enclave palestino. “Não estamos apenas vendo uma crise humanitária, mas agora estamos vendo altos funcionários do governo de Netanyahu fazendo declarações que são, francamente, a definição de manual de limpeza étnica. E isso tem que ser condenado da maneira mais enérgica possível”, concluiu.
O exército de ocupação israelita lançou uma guerra em 7 de outubro com o objetivo declarado de acabar com o Hamas, mas em quase três meses não alcançou sua meta e apenas perpetrou um genocídio em Gaza, conforme denunciado por vários países do mundo. (Com informações do RT).
Fonte: Brasil 247