Mais uma vez trabalhadoras/es da rede municipal de educação de Maceió têm suas expectativas frustradas em relação à promessas do prefeito JHC. Em evento realizado na manhã desta terça-feira (26), intitulado “Valoriza Educação”, o gestor fez anúncios que não condizem com a valorização que os educadores/as merecem e que não se aplicam na vida real.
A presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, alerta com preocupação sobre a forma com que foram feitos os anúncios. “A forma que ele fala faz parecer que vamos finalmente ser valorizados, e se não prestar atenção nos detalhes a gente começa até a contar com um dinheiro que não vai receber. Quem já atingiu o nível 6 na carreira não está contemplado”.
Em alto e bom som, o JHC prometeu um “aumento salarial” de 18%. Como esperado, foi aplaudido de pé. A realidade é outra, só depois de muito autoelogio ele informou o real reajuste salarial que será pago agora em outubro: 3%. Os 18% se tratam do pagamento de progressões atrasadas (que grande parte da categoria não tem direito).
“Já estávamos buscando judicialmente o pagamento dessas progressões, é um direito nosso que está atrasado. É importante que pague sim, e isso inclusive é uma pauta nossa, uma conquista”, explicou Cícera Ferreira, diretora jurídica do Sinteal.
Sobre os precatórios do FUNDEF: “Ele afirmou que toda a luta para garantir o pagamento foi dele, tentou tirar o mérito do Sinteal e da própria categoria, que fizeram a luta desde 2015, e por fim anunciou o que já tínhamos informado há mais de um mês, que o processo agora está na Justiça Federal”, criticou Consuelo.
Tentando jogar a categoria contra o Sinteal, ele responsabilizou a ação de bloqueio do sindicato por não ter pago os precatórios até agora. Consuelo esclarece os detalhes: “Ele esquece de mencionar que se não fosse a ação e a luta do Sinteal, o recurso não ficaria nem na educação. Foi a nossa ação que garantiu que o recurso ficasse 100% na educação, e que 60% fosse repassado para os trabalhadores”.
Para os professores e professoras que estão desde o início da pandemia arcando sozinhos com os custos das aulas online, o prefeito prometeu pagar um auxílio de R$ 125,00 para ajudar a pagar a internet, com retroativo a janeiro deste ano. “Estamos cobrando estrutura desde o início, que foi em março do ano passado. O retroativo, na nossa avaliação, deveria ser com essa data. E ainda aguardamos uma posição sobre os equipamentos, porque o celular e o notebook pessoal dos professores e professoras foram sacrificados e não ouvimos nada sobre reposição”.
Consuelo ressalta também a importância de oferecer condições também aos estudantes que em grande parte não tinham como acompanhar as aulas online por falta de estrutura.
Sobre os funcionários e funcionárias ele disse que também serão contemplados com as progressões e o reajuste de 3%.
Fonte: Sinteal