Pelo menos 174 pessoas, entre eles crianças, morreram na Indonésia após confrontos no final do jogo Arema FC-Persebaya Surabaya.

A maioria das vítimas morreu durante uma debandada causada pelos distúrbios, avançou a agência indonésia DPA.

Centenas de pessoas correram para uma porta de saída numa tentativa de escapar não só à violência, mas também ao gás lacrimogéneo. Algumas morreram de asfixia durante o caos enquanto outras foram esmagados até à morte.

A população está revoltada com a ação da polícia, que diante do tumulto usou gás lacrimogeneo, o que provocou diversas mortes por asfixia.

Os distúrbios aconteceram no estádio Kanjuruhan, no final de uma partida da primeira divisão do futebol da Indonésia entre o Arema FC e o Persebaya Surabaya.

Os protestos começaram após a derrota do Arema FC por 2-3, com os apoiantes da equipa da casa a entrarem no campo, levando a confrontos com os adeptos rivais. Foi a primeira vez em mais de 20 anos que o Arema FC perdeu no dérbi regional com o Persebaya Surabaya, um clube também da ilha de Java.

A federação indonésia de futebol (PSSI) afirmou num comunicado que “lamenta as ações dos adeptos” e que o incidente “mancha o futebol indonésio”. A PSSI formou uma equipa de investigação, que já se deslocou para a cidade de Malang e prometeu cooperar com a investigação policial do caso. A federação anunciou ainda a suspensão da primeira divisão por uma semana e proibiu o Arema FC de receber jogos em casa durante o resto da temporada.

O Governo indonésio lamentou o incidente e prometeu também investigar as circunstâncias. “Vamos examinar minuciosamente a organização da partida e o número de adeptos”, declarou o ministro do Desporto e Juventude indonésio Zainudin Amali ao canal de televisão Kompas.

O treinador português Eduardo Almeida orientou, até ao início de setembro, o Arema FC, quarto classificado do último campeonato indonésio, que contava no plantel com o português Sérgio Silva e o guineense Abel Camará.

Fonte: Redação com O Jogo

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