É uma cortina de fumaça pra encobrir as demissões dos cobradores depois da repercussão negativa da derrubada do veto.

Devido a forte rejeição da população maceioense a aprovação do projeto de lei que demite em plena pandemia mais de 400 cobradores de ônibus, JHC promove uma cortina de fumaça: anunciando a criação do passe livre estudantil em Maceió. Segundo a propaganda veiculada pelo executivo municipal, o programa vai garantir até duas viagens por dia para alunos de escolas públicas e privadas.

O interessante é que reiteradamente, a gestão de JHC dar declarações que a situação financeira e fiscal de Maceió é caótica e que havia herdado um passivo de mais de 300 milhões. Nesta linha, declarou que promoveria um arrocho fiscal, raramente visto, com corte de 30% nas despesas discricionárias, deixando pairar dúvidas sobre a origem dos recursos para a criação do passe livre.

Outro aspecto que chama atenção é que o prefeito não encaminhou nenhum projeto de lei sobre o tema. Ocorre que o poder público só pode realizar despesas se devidamente previstas no orçamento público, e até a presente data o prefeito não encaminhou o projeto de lei do orçamento de 2021. Além disso, a Constituição Federal veda o início de qualquer programa de duração continuada que não esteja contido no Plano Plurianual.

Fica claro que JHC apenas jogou uma cortina de fumaça para tentar diminuir o desgaste com a Lei que vai extinguir a função de cobrador de ônibus em Maceió. Se realmente, o prefeito tivesse a intenção de instituir um programa sério e continuado de passe livre estudantil, encaminharia um projeto de lei à Câmara para sua criação, atendendo assim, a uma reivindicação histórica dos estudantes.

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