Em artigo, jornalista relembra relações do clã Bolsonaro com os sauditas e aponta: “não há como aceitar outra versão de que envio do colar foi uma operação clandestina”

Em artigo publicado no jornal GGN nesta terça-feira (7), o jornalista Luís Nassif comentou o caso das joias de R$ 16,5 milhões trazidas ao Brasil como ‘presente’ para Michelle Bolsonaro após a viagem de uma comitiva brasileira à Arábia Saudita em 2021.

De acordo com Nassif, “não há como aceitar outra versão de que o envio do colar da Arábia Saudita foi uma operação clandestina. É impossível que tenha sido um presente oficial”.

O jornalista classificou o episódio como um ‘suborno em forma de joia’ e descreveu o histórico das relações do governo de Jair Bolsonaro (PL) com os sauditas. Nassif, por exemplo, lembrou sobre a intenção de Bolsonaro de transformar Angra dos Reis na ‘Cancún brasileira’ por meio de investimentos sauditas.

O ex-presidente brasileiro chegou a visitar a Arábia Saudita em 2019 e abordar o tema com o príncipe herdeiro do país, Mohammad bin Salman: “eu propus ao príncipe herdeiro investimento na baía de Angra para nós a transformarmos numa Cancún. Depois de uma explanação, ele falou que está pronto para investir na baía de Angra. Mas isso passa por um projeto para revogar um decreto ambiental”.

Além disso, também houve a viagem de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a países árabes em 2022, na qual o deputado e filho de Jair se encontrou com o Ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid AlFalih.

Sobre isso, o relatório da Câmara referente à viagem aponta que houve conversas sobre temas de interesses estratégicos aos árabes, inclusive a privatização da Petrobrás: “conversaram sobre o Encontro MBS G-20, food security (Embrapa), privatização da Petrobras, diesel e gás, sustentabilidade, entre outros assuntos (…) Durante almoço com o Ministro de Investimentos, Khalid AlFalih, o Deputado Eduardo Bolsonaro fez uma ligação de viva voz para tratar da questão do Diesel. O Almirante Rocha conectou os atores técnicos”.

Nassif destacou que o almirante Rocha “tem estreita ligação com o Almirante Bento Albuquerque, e é figura central no projeto do Prosub”.

ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, mencionado acima, é, inclusive, na visão do jornalista, “o personagem com maior número de evidências contra ele. Ou foi intermediário da jóia que era para os Bolsonaro, ou ele mesmo seria o beneficiário do presente”.

Leia o artigo completo no Jornal GGN. 

Fonte: Brasil 247

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