Um palestino libertado das cadeias de Israel revelou recentemente parte da “tortura horrível” enfrentada pelos prisioneiros nas mãos das autoridades carcerárias da ocupação, incluindo uso de cães para conduzir abusos sexuais.
Adham Mansour, de 45 anos de idade, confirmou a jornalistas que prisioneiros palestinos são submetidos a “espancamento, insultos, condições horríveis e ataques de cachorros”. Em alguns casos, “cães são usados para atacar sexualmente os prisioneiros”.
Mansour pesava 80 kg quando foi preso em 22 de dezembro de 2023; agora, está com apenas 55 kg.
Mansour notou que os palestinos detidos sofrem com “incontáveis” doenças infecciosas em custódia de Israel, sem qualquer tratamento médico, sob superlotação das celas, com até 45 pessoas cada. Sob negligência médica e sanitária, Mansour relatou ter vivenciado uma epidemia de sarna.
No sábado (8), a organização de direitos humanos Clube dos Prisioneiros Palestinos indicou que as condições físicas e mentais dos prisioneiros libertados refletem “atrocidades” cometidas contra eles.
“Agora que 183 prisioneiros foram libertados [sob acordo de troca de prisioneiros], sua aparência e suas condições de saúde refletem claramente as graves atrocidades enfrentadas nas cadeias da ocupação”, destacou a ong.
Em junho, o Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo emitiu um relatório no qual denunciou o “uso sistemático” de cães treinados pelo exército de Israel para atacar civis durante operações em Gaza.
“Cães são usados para intimidar, torturar e mesmo agredir sexualmente detidos e prisioneiros, nos centros de detenção de Israel”, destacou o relatório.
Fonte: Monitor do Oriente