Política genocida de Israel desrespeita resolução da ONU e continua assassinando palestinos em Gaza.

Caças israelenses bombardearam nesta quinta-feira (16) a casa do chefe do Hamas, Ismail Hanyeh, em Gaza. Com respaldo dos Estados Unidos, Israel também segue com cerco militar ao hospital Al-Shifa, o maior do território palestino, sob a alegação de que há armas e estrutura do grupo armado no local. O ofensiva vai na contramão da resolução aprovada nesta quarta (15) pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que, entre outras medidas, estabelece a adoção de pausas humanitárias.

O texto, chancelado por 12 votos ante três abstenções e nenhuma posição contrária, cobra pausa humanitárias urgentes e prolongadas em toda a Faixa de Gaza. E também determina a liberdade imediata e incondicional de todos reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos extremistas. A minuta foi proposta pela delegação de Malta, que ocupa uma cadeira no colegiado como membro não permanente. E é mais “branda”, o que facilitou a negociação. Antes da resolução desta quarta, outras quatro foram à votação na semanas seguintes ao conflito, mas acabaram vetadas por alguns dos países permanentes, principalmente os Estados Unidos.

No grupo que se absteve, por exemplo, estão Rússia, Reino Unido e EUA. A delegação estadunidense afirmou ter optado pelo posicionamento em função da falta de condenação direta do texto às ações do Hamas e do direito de defesa de Israel à ação terrorista. O próprio governo sionista confirmou que seguirá com a guerra e que não adotará as pausas humanitárias até que os reféns sejam libertos. Dessa forma, Israel vem mantendo as operações militares em território palestino.

A organização internacional Human Rights Watch afirmou que as imagens divulgadas por Israel de armas no hospital Al-Shifa não são suficientes para justificar a revogação do status do hospital como protegido pelas leis da guerra e autorizar a operação militar no local. “Os hospitais só perdem essas proteções se for demonstrado que atos prejudiciais foram cometidos nas instalações. O governo israelense não forneceu nenhuma prova disso”, disse à Reuters o diretor da ONU da Human Rights Watch, Louis Charbonneau.

A ação militar está em curso desde terça (14) no local. Um dia antes, mais de 300 advogados apresentaram uma queixa formal contra o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu no Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, na Holanda. A denúncia alega que a conduta de Israel no conflito contra o grupo Hamas constitui crime de genocídio.

Redação com Rede Brasil Atual

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