O ataque de Israel assassinou duas pessoas e deixou outras seis ficaram feridas
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmou que teve um abrigo bombardeado por Israel em Khan Younis, na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (20). Duas pessoas morreram no ataque, segundo a organização.
A MSF é uma organização criada na década de 1970 que envia médicos para vários lugares do mundo com o objetivo de fornecer ajuda humanitária.
Presente na Faixa de Gaza, a MSF disse que o local atingido durante uma operação das forças de Israel abrigava equipes da organização e familiares.
“Equipes de ambulâncias chegaram ao local, onde pelo menos dois familiares de nossos colegas foram mortos e seis pessoas ficaram feridas. Estamos horrorizados com o que aconteceu”, afirmou.
Mais cedo, ainda nesta terça, a MSF divulgou um comunicado pedindo proteção e evacuação segura de pacientes do hospital Nasse, que fica em Khan Younis, na região sul de Gaza.
Segundo a organização, 130 pacientes e 15 profissionais de saúde continuam presos dentro do hospital sem eletricidade e com alimentação limitada desde um ataque conduzido na região por Israel, em 15 de fevereiro.
Israel informou que a operação dentro do hospital foi feita para resgatar corpos de reféns israelenses.
“Quatro dias após o ataque, MSF ainda não recebeu notícias de dois de nossos funcionários que estavam no hospital no momento do ataque. Um que está desaparecido, e outro que foi detido em um posto de controle pelas forças israelenses enquanto tentava deixar o hospital Nasser”, disse a MSF.
Pressão internacional
Israel está sob pressão de vários países para que haja um acordo de cessar-fogo na guerra contra o Hamas.
Aliado de Israel, os Estados Unidos também querem votar uma resolução no Conselho de Segurança das ONU propondo um cessar-fogo temporário na região. O texto está em negociação.
O projeto de resolução dos EUA prevê que o Conselho de Segurança “enfatize seu apoio a um cessar-fogo temporário em Gaza assim que possível, com base na fórmula de libertação de todos os reféns, e pede o levantamento de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em escala”.
Até agora, o governo dos EUA tinha sido avesso à palavra cessar-fogo em qualquer resolução da ONU sobre a guerra entre Israel e Hamas. No entanto, o governo norte-americano tem demonstrado preocupação em relação às ações de Israel no sul da Faixa de Gaza.
Na sexta-feira (16), o presidente Joe Biden disse que conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pedindo por um cessar-fogo temporário.
Biden já havia pedido ao governo de Israel para não prosseguir com as ações militares em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, sem um plano para proteger civis palestinos.
Fonte: G1