EUA e Otan continuam fornecendo armas para impulsionar os combates

O armamento suplementar da Ucrânia por parte dos Estados Unidos e da Otan levou a uma nova intensificação dos combates. A fadiga se faz sentir. Tanto soldados russos quanto ucranianos desertam. Outros estão física e psicologicamente esgotados.

O presidente ucraniano, Zelensky, e seu grupo seguem pedindo armamentos e munições. Depois da decisão de entregar aviões F16, os EUA e seus aliados irão treinar os pilotos ucranianos no manejo dos equipamentos.

Nos EUA, com a aproximação da campanha eleitoral para presidente, que coloca a situação econômica e social no centro, pesquisa divulgada em agosto indica que, pela primeira vez, após 18 meses de guerra, 55% dos estadunidenses ouvidos se mostraram contrários a uma nova ajuda financeira à Ucrânia. Eles têm razão: em vez de verbas para a guerra e a barbárie, é necessário investir na civilização, ou seja, em hospitais, em escolas, em serviços para a população.

Uma fundação calculou que o esforço de guerra, avaliado em US$ 113 bilhões, custou em média US$ 900 para cada lar estadunidense. A nova ajuda militar dos EUA à Ucrânia é estimada entre US$ 240 milhões a US$ 348 milhões.

Imensa soma de recursos usados para que, dia após dia, centenas de soldados russos e ucranianos caiam mortos e centenas de outros sejam feridos.

Contraofensiva ucraniana
A grande contraofensiva lançada pela Ucrânia em junho, no leste e no sul do país, não obteve os resultados anunciados, ao chocar-se com defesas russas mais sólidas do que o esperado. No fim de agosto, a reconquista de territórios atingiu apenas 300 quilômetros quadrados, de acordo com o ministro da defesa britânico.

O porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA declarou em 25 de agosto que a contraofensiva ucraniana “atingirá todos os seus objetivos”. É uma declaração política, porque os próprios serviços de informação estadunidenses avaliam o contrário. Mas, como havia indicado o presidente Joe Biden, a guerra vai durar muito tempo, alimentada pelos próprios EUA e seus parceiros da Otan.

É hora de interromper a carnificina. É hora de parar com o envio de armas. Nem Putin, nem Otan!

Fonte: O Trabalho

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