Grupo de Trabalho pede presença da Polícia Federal na região

São graves as denúncias feitas pelo coordenador regional Nordeste 1 da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Cícero Albuquerque, em relação à delimitação das terras do povo Kalankó, no município de Água Branca, Sertão alagoano.

De acordo com ele, é crescente o clima de tensão após a retomada do Grupo de Trabalho (GT) que estava paralisado há nove anos, para garantir os direitos dos povos originários. O GT foi instalado no último dia 29 e segue os trabalhos até esta terça-feira, 5. Ele é composto por dois antropólogos, um geógrafo, motoristas, pessoas ligados e convidados pela Funai, e indígenas.

Cícero Albuquerque encaminhou a denúncia ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI), à presidência da Funai, ao Ministério Público Federal (MPF), à superintendência da Polícia Federal em Alagoas (PF) e à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). No documento, ele relata ameaças e a presença de veículos estranhos nas proximidades de residências de lideranças indígenas (um Fiat Toro vermelho).

Esse ambiente, diz ele, já estava desenhado nos últimos dias, o que motivou a solicitar à Secretaria de Segurança Pública do Estado acompanhamento de agentes de segurança das atividades do GT.  “Solicitamos ainda que para evitar chamar atenção para as ações do grupo que os veículos estivessem descaracterizados e que os agentes de segurança pública estivessem em trajes civis e não fossem da região, evitando assim o aumento dos comentários e das tensões na região. Sem diálogo, porém, o comando da segurança fez tudo exatamente ao contrário, o que nos levou, coletivamente, coordenações do GT, da Funai e lideranças indígenas a dispensar o acompanhamento ostensivo e dos agentes regionais da segurança pública indicados pela respectiva secretaria”, denunciou, ao solicitar a presença da PF na região.

Fonte: 082 Noticias

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