Tiros, gritos de dor e pedido de socorro: PM leva massacre ao Guarujá e celebra cifra de mortos

“Eu estou extremamente satisfeito com a ação policial” definiu o governador de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio de Freitas, a respeito da chacina cometida pela PM paulista que deixou pelo menos 14 mortos na periferia do Guarujá (SP), na segunda feira (31). As investigações apontam que o número pode ser maior. Já se fala em 19 pessoas assassinadas.

Após o assassinato do policial militar Patrick Bastos Reis, 30 anos, soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, força especial da PM paulista), ocorrido na última quinta-feira (27/7), no Guarujá (SP), PMs de diferentes batalhões estariam espalhando o terror nas favelas da cidade litorânea por meio de execuções de moradores, segundo testemunhas. 

Essas mortes estão sendo celebradas nas redes sociais por policiais influencers e páginas de apoiadores da PM. Postagens que mostram cenas da operação na cidade litorânea, acompanhada de um trecho da canção Rotomusic De Liquidificapum, da banda Pato Fu, que diz “Hoje as pessoas vão morrer/ Hoje as pessoas vão matar/ O espírito fatal/ E a psicose da morte estão no ar”, foram compartilhadas em páginas como as do cabo Silvino Martins Santos, do soldado Diogo Raniere Rodrigues Lima e do ex-PM e candidato derrotado a deputado estadual Luiz Paulo Madalhano Magalhães.

Na contagem das páginas policiais, 14 pessoas já teriam sido mortas pela PM — número não confirmado pelas fontes oficiais até o momento. Nos grupos de WhatsApp dos bairros e nos papos nas ruas, corre o rumor de que policiais teriam prometido chegar a 60 mortos para se vingarem da morte de Patrick.

“Eles não querem saber se está no crime ou não. Se tem família, se é trabalhador, se sustenta filhos… Não querem saber de nada, se tiver passagem [pelo sistema carcerário] ou qualquer tipo de tatuagem que eles atribuem ao crime, já vão matar”, afirma um morador da favela da Vila Edna. Outro bairro que vem sendo alvo dos ataques policiais é a Vila Zilda, onde o soldado foi morto.

Policiais militares não podem sair por aí matando quem encontrar pela frente. Um governador não podem incentivar a carnificina das tropas. Nesse show de horror, onde PMs viram justiceiros e o governador aplaude, a justiça precisa ser feita exemplarmente. Pois, todos tem as mãos sujas de sangue.

Redação com Diálogos do Sul

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