Em carta, o ex-deputado se afasta da presidência do PTB e chama para a briga o deputado Antonio Albuquerque

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, que está preso em Bangu (RJ), se afastou da direção nacional do PTB “por prazo indeterminado, enquanto durar” a sua prisão preventiva. O afastamento se deu por meio de uma carta.

Jefferson agradece aos “leões e leoas do partido”. “Venho por meio desta carta, pedir licença, por prazo indeterminado, enquanto durar essa minha prisão preventiva, da Presidência do Partido Trabalhista Brasileiro. Percebo a necessidade de uma presença mais próxima da gestão partidária, que por razões óbvias eu não tenho podido assumir”, declara Jefferson.

Em outro momento, Jefferson afirma que se formou um grupo conspiratório dentro do partido contra a sua pessoa.

“Nós precisamos agir com rapidez e cuidados. Desvelo e agilidade, o que minha atual condição impede, por isso me licencio. Tenho certeza de que a Graciela Nienov está pronta para o pleno exercício da função, além de contar com o apoio de quase totalidade do diretório e maioria quase absoluta dos presidentes regionais, à exceção de Alagoas e Mato Grosso. Sobre isso preciso discorrer um pouco. Formou-se um grupo conspiratório, após minha prisão, que sendo minoria sem peso na Convenção ou Diretório, tentou levar para o judiciário pretensões que não resistem ao mínimo enfrentamento no Partido, foro adequado para essa querela”, escreveu.

Em seguida Jefferson que acusa Antonio Albuquerque de conspirador, parte para o ataque: “Coronel Antônio Albuquerque, homem em armas, tem longa história de pistolagem, várias acusações como mandante de homicídios, prisões e investigações em processos e CPIs de pistolagem. Seu filho Deputado Nivaldo, é uma dama, gentil , delicado, incapaz de uma truculência. Tanto que o coronel Albuquerque supre suas fragilidades frequentemente. Sempre em Brasília é o líder de fato da bancada federal. Cuida de seu frágil rebento como uma donzela virginal, pois passa suas semanas no apartamento funcional do filho em Brasília. Há até uma brincadeira que se faz no partido sobre esse cuidado extremado do coronel para com seu filho, maior de idade e quase quarentão, lembrando um título de famosa peça de teatro encenada com sucesso nacional: “Toda donzela tem um pai que é uma fera”.

Em outro trecho, Jefferson faz acusações gravíssimas contra o deputado alagoano: “Por razões políticas inexplicadas, o filho do Coronel Albuquerque foi baleado com 6 disparos , Deus o salvou. O zeloso pai, é suspeito de brutal execução de 4 dos 5 autores. Um promotor e uma juíza, que investigam essas mortes por justiçamento, ameaçaram pedir a prisão do Coronel. A resposta veio num ameaçador discurso feito na Assembleia alagoana,  o que fez recuarem os dois integrantes do judiciário. Peço que degravem e juntem esse discurso à justiça federal. Também o vídeo”.

Apesar de está preso por atentar contra a democracia e o Supremo Tribunal Federal, Roberto Jefferson não tem poupado os que ele julga como obstáculo em sua cruzada do bem contra o mal.

Redação com Revista Forum

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