A dirigente regional e nacional do MST, Debora Nunes está sendo vítima de tentativa de criminalização por parte do relator da chamada ‘CPI do MST’, o ex-ministro do governo Bolsonaro, Ricardo Salles (PL-SP).

Diante da tentativa de criminalizar o movimento e seus dirigentes, por parte do relator, dezenas de entidades dos movimentos sociais soltaram notas de solidariedade a Débora Nunes e ao MST. Abaixo, publicamos a nota da Adufal:

Adufal presta solidariedade a dirigente alagoana do MST

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) tomou conhecimento, nesta segunda-feira (25), de que a integrante da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Débora Nunes, foi uma das 11 pessoas indiciadas pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as ações do MST, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP).

A entidade manifesta total solidariedade e irrestrito apoio à militante alagoana Débora Nunes, que é conhecida pela importante atuação junto aos trabalhadores e trabalhadoras rurais nos assentamentos e acampamentos do MST, pela garantia do acesso à terra e pela conquista da reforma agrária no Brasil.

É importante destacar que é muito representativo que a militante seja alvo do ex-ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro, considerando que o mesmo é notoriamente conhecido pelas políticas contra a preservação do meio ambiente, tendo, inclusive, se tornado réu em uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) na qual é acusado de liderar um esquema de contrabando de madeira extraída ilegalmente na Amazônia.

O MST possui uma função política primordial de lutar em defesa de um novo projeto de desenvolvimento em que a desconcentração e a democratização da terra, o trabalho emancipado, o ser humano e a natureza sejam elementos centrais. Portanto, é preciso defender sua atuação e aqueles/as que estão à frente da organização desse trabalho fundamental.

Pelo acima exposto, a Adufal reitera seu repúdio ao indiciamento da companheira Débora Nunes e à toda perseguição política e tentativa de criminalização daqueles/as que lutam por justiça social, por uma agricultura sustentável e contra os latifundiários detentores de terras improdutivas e ociosas.

Viva o MST!

Maceió, 25 de setembro de 2023
Diretoria da Adufal

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