Autoridades de vários países e organismos internacionais expressam seu repúdio à extradição do diplomata venezuelano Alex Saab para os Estados Unidos

Autoridades de vários países e organismos internacionais expressam seu repúdio à extradição do diplomata venezuelano Alex Saab para os Estados Unidos, após passar 491 dias detido ilegalmente em Cabo Verde. 

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, denunciou na terça-feira (19) a “detenção arbitrária e o processo judicial por motivos políticos” de Washington contra o enviado especial do Governo da Venezuela.

Por meio de sua conta na rede social Twitter, o chanceler da ilha descreveu isso como “uma manipulação da justiça e do Direito Internacional por um governo que protege terroristas, ataca e rouba fundos ao povo venezuelano”.

Durante encontro realizado na terça-feira com o secretário executivo da ALBA-TCP, Sacha Llorenti, a vice-presidente da Nicarágua Rosário Murillo reiterou a solidariedade do país centro-americano às autoridades e ao povo da Venezuela, em face de um evento que violou todos as normas do direito internacional.

Nesse sentido, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos descreveu a transferência da Saab para os Estados Unidos como sequestro para enfrentar acusações por supostos crimes econômicos. 

A este respeito, os países do bloco alertaram a comunidade internacional sobre o mau precedente desta ação em violação da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas.

A Aliança pediu o respeito à vida e à integridade física de Alex Saab, que é representante permanente do Governo venezuelano na mesa de diálogo com a Plataforma Unitária da oposição com sede no México.

A ALBA-TCP ratificou seu apoio ao Executivo e ao povo da nação sul-americana em todas as ações que visem a garantia e proteção dos direitos humanos de seus cidadãos.

O Foro de São Paulo também se manifestou exigindo que as autoridades judiciais dos Estados Unidos liberem e repatriem imediatamente Alex Saab, expressando sua rejeição à transferência arbitrária do diplomata venezuelano para o território dos Estados Unidos.

A secretária-executiva do Foro, Mônica Valente, disse em nota que Washington mais uma vez mostra seu desrespeito ao direito internacional, ao ignorar a imunidade de um representante diplomático, o que abre um sério precedente internacional.

A Venezuela credenciou Alex Saab em 2018 como enviado especial, cujas funções eram facilitar a obtenção de suprimentos médicos, alimentos e outros bens essenciais, em face dos obstáculos impostos pelo bloqueio dos Estados Unidos.

Em meados de 2020, Saab foi detido em Cabo Verde a pedido de Washington, durante uma escala técnica do avião que o transportava, ignorando a inviolabilidade da imunidade correspondente à sua investidura como agente diplomático. 

De acordo com denúncias do Executivo Bolivariano, a prisão corresponde à campanha de cerco orquestrada pelo governo anterior dos Estados Unidos contra a Venezuela, com o objetivo de infligir mais sofrimento ao povo e desestabilizar suas instituições e a ordem interna.

Fonte: Brasil 247

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