Pacto deve incluir investimentos chineses em setores-chave no Irã, como energia e infraestrutura

Os ministros das Relações Exteriores da China e do Irã, Wang Yi e Mohammad Javad Zarif, respectivamente, assinaram neste sábado (27/03) um acordo de cooperação estratégica de 25 anos entre os dois países aliados durante uma cerimônia transmitida ao vivo pela emissora estatal iraniana Press TV.

“Nossas relações com o Irã não serão afetadas pela situação atual, mas serão permanentes e estratégicas […] O Irã decide de forma independente sobre suas relações com outros países e não é como alguns países que mudam de posição com um telefonema”, afirmou Wang.

O acordo foi fechado durante a visita oficial do chanceler chinês a Teerã como parte de sua viagem ao Oriente Médio, que começou no início da semana. Antes da assinatura do acordo, Wang se encontrou com o presidente do Irã, Hassan Rouhani. 

Exemplo de “diplomacia de sucesso”, disse o assessor de Rouhani, Hesameddin Ashena. “A força de um país está em sua capacidade de se unir a coalizões, não de permanecer isolado”, afirmou.   

O pacto, que deve incluir investimentos chineses em setores-chave como energia e infraestrutura no Irã, foi proposto pela primeira vez em janeiro de 2016 e faz parte da iniciativa chinesa Um Cinturão, Uma Rota, projeto emblemático do presidente Xi Jinping, que financia programas de infraestrutura e procura aumentar a influência de Pequim no exterior.

Na quinta-feira (25/03), o Ministério do Comércio chinês disse que Pequim tentará salvaguardar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), assinado originalmente em 2015 e que estipulava o cancelamento das sanções internacionais aplicadas a Teerã em troca da redução do programa nuclear iraniano. O ministério acrescentou que vai procurar defender os interesses legítimos das relações sino-iranianas.

Os EUA e as outras potências ocidentais participantes de pacto nuclear estão em discordância com Teerã sobre qual lado deve primeiro retornar ao acordo, que foi abandonado unilateralmente pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em 2018.

Fonte: Sputnik Brasil

Deixe uma resposta