O governo da Bolívia rompeu os laços diplomáticos com Israel nesta terça-feira (31), informou o Ministério das Relações Exteriores boliviano em uma coletiva de imprensa.

A decisão foi anunciada pela ministra da presidência, María Nela Prada, e pelo vice-chanceler Freddy Mamani.

“A Bolívia decidiu romper relações diplomáticas com o Estado de Israel. Diante disso, vamos comunicar oficialmente, através dos canais diplomáticos estabelecidos entre os dois países, este comunicado alinhado com os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas”, declarou Mamani.

O vice-chanceler afirmou que o rompimento das relações diplomáticas é “um repúdio e condenação da ofensiva militar israelense agressiva e desproporcional que está sendo levada a cabo na Faixa de Gaza”.

A Bolívia é o primeiro país da América Latina a fazer isso.

Em 2009, o governo boliviano havia rompido com Israel em protesto contra seus ataques à Faixa de Gaza. Em 2020, o governo da presidente Jeanine Anez restabeleceu as relações.

O ex-presidente Evo Morales defendeu no último dia 20, em mensagem endereçada ao presidente Luis Arce, que o país rompesse os laços com Israel “diante da horrorosa situação que sofre o povo palestino”.

Morales ainda solicitou outras medidas, a exemplo de “declarar Israel como um Estado terrorista” e apresentar uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por “crimes de guerra e de lesa-humanidade”.

O político também solicitou que a Bolívia enviasse ajuda humanitária à Faixa de Gaza. “Devemos compartilhar o pouco que temos com nossos irmãos palestinos”, assinalou.

Fonte: DCM

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