Alunos de Colégio Militar passam mal após ficarem horas sob sol para visita de ministro da Defesa

Em Colégio Militar de Belo Horizonte (MG), cerca de 20 alunos passaram mal após ficarem horas esperando o ministro da Defesa. Enquanto aguardavam, eles faziam treinamento. O clima de sol forte e baixa umidade fizeram os jovens não resistirem. Eles ficaram de pé das 7h às 12h e alguns chegaram a desmaiar.

Uma aluna, em condição de anonimato, afirmou ao G1 que “estava muito seco e o sol estava cada vez mais quente”. “Muitos alunos acabaram passando mal porque a gente fica o tempo todo em pé fazendo sentido, escutando as orientações”, relata. Para alguns alunos, o sofrimento físico a que foram submetidos foi uma verdadeira tortura.

O treinamento é para uma solenidade dos 66 anos da instituição. Os jovens aguardavam por Walter Braga Netto, ministro da Defesa e ex-aluno do colégio.

Segundo os pais dos alunos, o responsável por manter o treinamento excessivo é o diretor da unidade, o coronel Régis Rodrigues Nunes. Professores civis e militares dizem que ele foi autoritário com crianças.

Após os jovens passarem mal, ele reclamou:

“Qual o motivo pelo qual eles saíram de forma? Depois me passa, o que que tá acontecendo? É falta de café, o que que é?”

Colégio Militar também descumpriu outros protocolos

Os alunos do Colégio Militar tiveram de tomar água do bebedouro. Há proibição da prática por conta da pandemia.

Eles também portavam armas, que também é proibido. Lei do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz que não se pode “vender fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo”.

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Fonte: DCM

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