Após 10 dias de uma greve em que enfrentamos de cabeça erguida o poder econômico e midiático, os trabalhadores da Comcap encerraram a paralisação sem nenhuma redução salarial e sem penalizações à categoria.
Topázio não conseguiu implantar o projeto de terceirização do Centro que vem anunciando na imprensa.
A Comcap seguirá fazendo a coleta em toda a região, e a terceirizada atuará somente em roteiros em que não houver trabalhadores, por 30 dias, até nova audiência, onde se avaliará a continuidade ou não do modelo.
Avançamos no fortalecimento da Comcap ao acabar com os desvios de função que hoje usam a Comcap para fazer agrado a vereadores.
O governo terá que apresentar uma lista com todos os efetivos que hoje estão em desvio de função, e os mesmos retornarão aos cargos para os quais foram contratados.
O reajuste será pelo INPC. Outras cláusulas econômicas, como o ticket, estão mantidas sem perdas.
A insalubridade de 40% está mantida para todos os trabalhadores atuais, a contragosto do que governo queria.
Categoria: o cenário que se desenha hoje para nós é muito diferente do que foi apresentado pelo governo em 1 de novembro.
Quando deflagramos nossa greve, Topázio nos oferecia nada além da destruição total do acordo.
É isso que está em jogo: o desmonte completo da Comcap, defendido por aqueles que acham que mandam na cidade.
Mostramos à população a importância da Comcap, e lembramos a classe trabalhadora de todo o país que só a luta garante avanços.
Foram muitos os ataques à entidade e a nosso direito constitucional de organização, que enfrentamos com unidade.
Uma nova rodada de mediação com a prefeitura e o Judiciário foi marcada para o dia 11 de dezembro.
Até lá, a categoria deve se manter atenta a novos ataques de Topázio que certamente virão.
Nossa batalha em defesa da Comcap pública e de nossos direitos não termina aqui. O projeto de terceirização contra o qual lutamos segue em vigor.
Os trabalhadores retomam o serviço imediatamente para limpar a cidade, fazendo o que as terceirizadas não fizeram durante toda a greve!
Fonte: Sintrasem