Pastor José Orisvaldo acusou professores/as e técnicos do instituto de doutrinação

O jurídico do Sintietfal entrou com um processo judicial requerendo explicações para o pastor-presidente da Assembleia de Deus em Alagoas, senhor José Orisvaldo Nunes de Lima (acesse o documento aqui), sobre ofensas que proferiu contra servidores/as públicos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), durante uma pregação realizada na rede social facebook.

De acordo com Orisvaldo, os/as alunos/as cristãos do IFAL e das universidades alagoanas, após três meses de ensino nas instituições, “chegam na igreja chamando o pastor de fascista, já arrepia o cabelo, já vira feminista e tira foto mostrando as partes íntimas”. A declaração do Pastor, intitulada “Estudo – O Marxismo Cultural de Antônio Gramsci”, foi publicada na fanpage da igreja Assembleia de Deus, no dia 09 de novembro de 2020.

O ataque faz parte de uma campanha orquestrada pelo governo Bolsonaro junto a líderes religiosos de igrejas neopentecostais para desgastar o funcionalismo público no Brasil. Atualmente, o vídeo conta mais de 5.000 mil curtidas, cerca de 3.600 compartilhamentos e 984 comentários.

O diretor jurídico do Sintietfal, Carlos Borges, afirma que o processo judicial é o início da reparação do dano cometido pelo pastor José Orisvaldo contra os/as servidores/as.

“O Sintietfal não deixará passar impune esse ataque a nossa base. O pastor irá ser responsabilizado pelo crime que cometeu, seja difamação ou calúnia. Ele irá reparar o dano cometido contra os/as servidores/as do IFAL”, afirmou Borges.

Na interpelação, instrumento utilizado pelo Sintietfal para cobrar do Pastor esclarecimentos diante da Justiça, consta uma lista com cinco questionamentos a serem respondidos, são eles:

1-Qual a fonte da afirmação de que os alunos chegam na igreja “chamando o pastor de fascista, já arrepia o cabelo, vira feminista e tira foto mostrando as partes íntimas”?

2-Qual a relação existente entre as alegações e o ensino ministrado no Instituto Federal de Alagoas – IFAL?

3-E se há ligação, qual(is) aluno(s) foram identificados na prática das condutas impostas?
Qual(is) docente(s) foram identificados orientando e incentivando a prática da referida conduta por parte do corpo discente?

4-Quais as provas da veracidade destas afirmações e, caso identificados, da participação desses alunos e professores no comportamento mencionado?

5- Caso identificados e uma vez que o Interpelado realizou as alegações publicamente, o Interpelado acredita que este é um comportamento generalizado dos alunos e professores do IFAL? Se sim, por quê e quais as fontes e provas?

A interpelação foi protocolada no dia 15 de março e distribuída à 13ª Vara da Justiça .
Número do Processo: 0803148-31.2021.4.05.8000

Fonte: Sintietfal

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