O Sinteal recebeu com preocupação a informação de que as escolas Padre Pinho e Antidio Vieira serão transformadas em escolas militares. A Secretaria Municipal de educação de Maceió (Semed) comunicou os profissionais dessas unidades escolares durante reunião realizada na última quinta-feira (26), segundo relatos de trabalhadores/as das referidas escolas.
Na mesma reunião, os profissionais que foram comunicados receberam duas opções: ou sairiam da escola ou permaneceriam trabalhando no formato da escola militar. Outra informação que foi repassada é de que, a partir do dia 8 de abril, o trabalho de formação dos profissionais, nos parâmetros do projeto em questão, será iniciado.
O Sinteal reafirma o seu posicionamento contra a militarização do ensino e seguirá na luta pela educação pública de qualidade. A presidenta Consuelo Correia questiona esta nova metodologia. “Se pegarmos os países que seguem essa ideologia de ensino, observamos os prejuízos que os nossos alunos podem obter. Eles deveriam estar numa escola democrática, que formem cidadãos sujeitos dos seus direitos, que possam colocar suas opiniões e seus argumentos, e não um ensino que tenta silenciar os alunos. Só que a linha da escola militar não permite isso, o que pode acabar incentivando inclusive uma evasão de alunos. Infelizmente, sabemos o caminho dos jovens que ficam fora da escola. Eles se perdem para o mundo da criminalidade, cujo fim é o presídio ou, até mesmo, a morte. É isso o que queremos para melhorar a educação do nosso país?”, indagou Consuelo.
O Sinteal já exigiu esclarecimentos para a Semed sobre quais os estudos e parâmetros utilizados para a decisão de implantação desse modelo escolar. Além disso, o sindicato solicitou uma cópia do planejamento de implantação das escolas civis-militares no município, bem como planilha detalhada dos custos para a sua implantação. Conversamos com o secretário de educação e estamos atentos para todos os encaminhamentos que serão dados para estas escolas, acompanhando muito de perto a situação.
Fonte: Sinteal