Com o pátio do Sinteal superlotado, trabalhadoras e trabalhadores da educação da rede estadual de Alagoas deliberaram, na manhã desta segunda-feira (21), entrar em greve. Respeitando as 72h como manda a lei, a categoria inicia a greve a partir da próxima quinta-feira, 24 de agosto.

“Tentamos exaustivamente a negociação, avançamos em alguns pontos da pauta, mas o ponto principal, que é o reajuste que atende a todos os educadores com valorização, não veio. Porém, a última proposta foi simplesmente enviada para a Assembleia Legislativa Estadual (ALE), mesmo sem a nossa aceitação. Isso para nós é um aviso de que a negociação está fechada novamente. Então não nos resta alternativa, é greve!”, disse o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro.

A proposta enviada à ALE insiste nos mesmos 3% para setembro de 2023, com 2.79% só em janeiro de 2024. O percentual é garantido a todo o funcionalismo público estadual, e não leva em consideração que a educação não apenas não aceitou, porque tem recursos regulamentados em lei para garantir a valorização, permanecendo mobilizada e fazendo lutas. A proposta da categoria é da implantação do percentual do piso nacional da educação em 2023, que é de 14.95%, a todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação de alagoas, em todos os níveis e funções.

O sentimento unânime de indignação entre os presentes provocou inclusive uma proposta de início imediato da greve, mas a maioria decidiu respeitar os trâmites da legislação e começar no dia 24.
A categoria participou reforçando que tem dialogado com a comunidade escolar e que tem muita disposição para levar a luta por valorização até onde for necessário.

A luta por valorização, respeito e reajuste salarial que recupere as perdas e que coloque o salário do/a trabalhador/a da educação do Estado de Alagoas em um nível de dignidade foi iniciada em janeiro. Como reforça Izael, “de lá pra cá foram ofícios, reuniões, paralisações, e até uma greve por tempo determinado foram insuficientes para sensibilizar o governador. Chegamos ao limite, agora é greve. Está nas mãos de Paulo Dantas e sua equipe determinar qual o dia que a educação volta a funcionar em Alagoas, 14.95% já!”.

Fonte: Sinteal

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