No início da manhã da última quarta-feira (24), foi iniciada uma operação policial com o intuito de prender lideres de uma facção criminosa. No entanto, o confronto resultou na morte por arma de fogo, até o momento, de 25 pessoas. Dentre elas está uma moradora da região, atingida por bala perdida.

Segundo Instituto Fogo Cruzado e o Geni (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos), grupo de estudos sobre a violência da UFF (Universidade Federal Fluminense), apenas em um ano de governo de Cláudio Castro (PL) no Estado do Rio de Janeiro, foram contabilizadas 180 mortes em 39 chacinas.

Com isso, o governo Castro acumulou as duas maiores chacinas em operações policiais da história do estado mostrou o levantamento. A ação de maio de 2021 na favela do Jacarezinho, que deixou 28 óbitos, é apontada como a mais letal da história do Rio, em seguida vem a que ocorreu na manhã de ontem, na Vila Cruzeiro, com 24 vítimas. De acordo com as pesquisas na área de segurança pública, é considerada uma chacina toda ação com ao menos três mortes.

Ainda segundo os dados, das 39 chacinas sob a gestão Cláudio Castro, 31 ocorreram em operações policiais, ações com a intervenção das forças de segurança do Estado provocaram 152 mortes, o equivalente a 84% dos assassinatos. Além disso, apenas no ano de 2022, foram registradas 84 mortes em 16 massacres no Estado do Rio de Janeiro. Já em 2021, policiais mataram 1.356 pessoas no estado, segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública)

“É inaceitável o que vem acontecendo ao longo dos últimos meses. A gestão Cláudio Castro não tem nenhum comprometimento com o principal problema de Segurança Pública no Rio, que é a letalidade policial. O governo do Rio apresentou um plano de redução por força de decisão judicial que é absolutamente protocolar” afirmou Daniel Hirata, pesquisador do Geni-UFF.

“As operações do Jacarezinho e da Vila Cruzeiro se enquadram nas características típicas das chacinas policiais, com a presença das unidades especiais e em ações emergenciais, que tendem a ser mais violentas do que as planejadas”, continuou Hirata.

Dentre outras chacinas no estado estão: Vila Operária, em Duque de Caxias (janeiro de 1998) – 23 mortos, Complexo do Alemão (junho de 2007) – 19 mortos, Senador Camará (janeiro de 2003) – 15 mortos,  Complexo do Alemão (julho de 1994) – 14 mortos,  Complexo do Alemão (maio de 1995) – 13 mortos,  Vidigal (julho de 2006) – 13 mortos,  Catumbi (abril de 2007) – 13 mortos,  Complexo do Alemão (2004 e 2020), Vila Isabel (2009) e Barreto, em Niterói (2010) – 12 mortos cada.

Fonte: DCM

Deixe uma resposta