Com uma meta ousada de realizar 35 leilões de rodovias até o final do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo federal tem apostado no estímulo à entrada de novos atores nos certames para se contrapor às adversidades impostas pelo ciclo de juros elevados no País.
Em meio ao elevado volume de projetos a serem levados a mercado nos próximos meses, a ideia, segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), é tentar atrair cada vez mais fundos de investimentos e players internacionais para as disputas.
“É por esse ambiente desafiador que nós estimulamos essa transição. Primeiro, construtoras. Depois, concessionárias especializadas no negócio. Mas agora grandes investidores do mercado. Por quê? Porque há uma clara liquidez no mercado internacional. O mundo deseja investir no Brasil. O retorno médio de grandes fundos soberanos, como da Arábia Saudita, de Singapura, é muito menor do que os retornos oferecidos pelos nossos projetos”, afirmou.
“Então, além de ampliar a disponibilidade de recursos domesticamente, com o papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), colaborando na estruturação dos projetos, dando cada vez mais racionalidade econômica e financeira a eles (…), mas [também] atraindo esses que podem trazer recursos do mundo inteiro para financiar os nossos projetos”, prosseguiu.
O ministro tem sustentado que o Brasil possui ao menos 3 características atrativas para o capital internacional privado: 1) projetos sustentáveis; 2) o país garante a segurança alimentar do planeta; e 3) rentabilidade atrativa dos projetos, com taxas internas de retorno superiores às de outras localidades no mundo.
Fonte: Infomoney