Nesta segunda-feira (26), trabalhadoras e trabalhadores em educação da rede municipal de Arapiraca estão em paralisação. O dia de luta organizado pelo Sinteal, que conta com uma carreata pelas ruas da cidade e suspensão total das atividades presenciais e online, foi marcado para cobrar respostas ao prefeito Luciano Barbosa.

A principal reivindicação da categoria é a reposição da inflação (4,52%) para a categoria (este percentual se refere à inflação de 2020, que é medida pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). “A valorização dos profissionais da educação não é nenhum favor, é obrigação da gestão que se preocupa com a qualidade da educação pública. Sem reajuste nosso salário não dá mais para pagar as contas, porque tudo subiu muito de preço”, explicou Paulo Costa, presidente do núcleo regional do Sinteal em Arapiraca.

A pauta de reivindicações traz, ainda, questões como a atualização do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e o ajuste na situação dos recreadores, que estão sendo colocados na função de professores sem remuneração correspondente.

A carreata contou também com a presença da direção estadual do Sinteal. “A mobilização da educação em todo o estado é sempre combativa. Priorizamos o diálogo e a negociação com os gestores, mas, se não avançam, vamos mais ainda à luta. Exigimos respeito, Luciano Barbosa”, disse Josefa Conceição, membro da direção estadual do Sinteal.

Reunião com secretária

Durante a manifestação de protesto, uma comissão de trabalhadores e diretoras/es do Sinteal e Núcleo Regional tentou reunião com o prefeito Luciano Barbosa, sendo informada que ele estava em reunião na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), em Maceió.

Mas a comissão foi recebida pela própria secretária municipal de Educação e Esportes, Ivana Carla. Na reunião, a comissão exigiu respostas sobre a pauta de reivindicações entregue em janeiro de 2021, com 21 pontos, dos quais 04 colocados como “prioritários” e “urgentes”: pagamento do IPCA, resposta quanto à comissão para reorganização do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), situação de desvio de função dos/as profissionais recreadores/as e, por fim, definição sobre o pagamento do Fundef à categoria.

Diante das respostas dadas pela secretária de não garantia de pagamento do IPCA e de espera por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Fundef, a comissão de luta da educação exigiu da secretária Ivana Carla a realização de uma reunião na próxima semana, com a presença confirmada do prefeito Luciano Barbosa.

“A categoria está indignada com esta falta de respostas e de definição, e só garante a possibilidade de retorno às aulas caso haja posição favorável ao IPCA, e aos outros pontos de pauta que cobramos da secretária na reunião”, disse Costa.

Fonte: Sinteal

Deixe uma resposta