O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Clóvis Bersot Munhoz, foi afastado do cargo após denúncia de assédio sexual. Cirurgião, ele tem 72 anos e é investigado pela Polícia Civil.

A instituição anunciou seu afastamento na noite desta quinta (21), alegando que a decisão partiu do próprio cirurgião. “Será aberta uma sindicância em seu nome para apurar a denúncia sobre assédio sexual veiculada na imprensa”, diz comunicado do conselho.

O procedimento será enviado ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que vai designar o caso a um dos conselhos regionais para que a apuração ocorra com isenção e imparcialidade, segundo o Cremerj.

“O conselho reafirma seu repúdio por qualquer tipo de assédio e trabalha junto das autoridades para coibir essa prática antiética e criminosa”, completa o comunicado divulgado.

Clóvis foi indiciado pelo crime e o inquérito foi encaminhado para o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que pediu mais diligências. A investigação tramita em sigilo.

Segundo a denúncia, o assédio ocorreu em uma sala de cirurgia de hospital privado no Rio de Janeiro. A vítima relata que o presidente do conselho disse que ela seria “muito quente” e que teria que se relacionar sexualmente com ela por ter casado muito jovem.

Ele ainda teria dito que ela poderia ligar para ele caso quisesse “trair seu marido”. Uma testemunha confirmou a versão à polícia.

A denúncia foi registrada em julho do ano passado. A técnica de enfermagem afirma que ele fazia perguntas indelicadas a ponto dela pedir para não participar de qualquer cirurgia em que Clóvis estivesse presente.

Fonte: DCM

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