O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou Israel por violar a resolução de cessar-fogo em Gaza aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Ao comentar sobre um ataque israelense ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza sitiada, escreveu Petro em sua página do Twitter (X): “Começou de novo. A reação violenta aos ataques de ontem [sábado] é seguir matando crianças e violando a resolução de cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
“A vasta maioria da humanidade almeja paz”, acrescentou.
Desde quinta-feira (11), segundo dia do feriado islâmico do Eid Al-Fitr, que encerra o mês do Ramadã, o exército da ocupação israelense mantém bombardeios a Nuseirat.
No sábado (13), o Irã disparou uma bateria inédita de mísseis e drones militares ao território considerado Israel, em resposta a um ataque a seu consulado em Damasco, na Síria, alimentando receios de propagação regional do conflito.
Desde a deflagração de seu genocídio em Gaza, deixando 34 mil mortos e 76 mil feridos em seis meses, Israel intensificou ataques a grupos pró-Irã na Síria, Líbano, Iêmen e Iraque, além de consolidar uma violenta escalada colonial na Cisjordânia e em Jerusalém.
Organizações internacionais, incluindo agências das Nações Unidas e o Conselho de Segurança, pedem um cessar-fogo imediato em Gaza, incluindo acesso humanitário. Todavia, sem a anuência de Israel. Segundo a Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), a fome “está por toda a parte”.
Em 25 de março, o Conselho de Segurança enfim aprovou uma resolução por cessar-fogo até o fim do Ramadã, sob abstenção dos Estados Unidos após três vetos em favor do regime israelense. Tel Aviv, contudo, manteve os ataques, sem qualquer contrapartida.
Petro — um dos líderes globais mais eloquentes em sua denúncia do genocídio em Gaza —ameaçou romper laços com Israel caso não se respeitasse o cessar-fogo.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.
Fonte: Monitor do Oriente