Prefeitura vai torrar dinheiro público enquanto falta remédios nos postos de saúde e os servidores são massacrados. Mas, Câmara Municipal de Vereadores de Maceió e Ministério Público parece não reagir

Anunciado como “o maior São João do Brasil”, com mais de 70 atrações, as festas juninas da capital alagoana empolgaram os mais festeiros, mas preocupam quando se pensa no bolso do contribuinte da 4º capital mais desigual do país, segundo o IBGE, índice “conquistado” recentemente, quando Maceió saltou da 19ª posição em 2019 para o atual posto no ranking. Somente as 24 atrações nacionais – que incluem megaestrelas como Wesley Safadão, Luan Santana e Ludmilla – devem custar aproximadamente R$ 6 milhões aos cofres públicos.

O levantamento levou em consideração que o valor final acordado entre contratante e artista poderá apresentar diferentes preços para cada contrato específico, porém a maioria dos artistas apresentou um cachê fixado para diferentes tipos de eventos. Lembrando também que as cifras cobradas pelos artistas ou bandas podem variar de acordo com o mês, data e região onde acontecerão as apresentações.

Em meio a ameaças de greve dos servidores por reajuste salarial; e mais de 50 mil famílias vivendo o drama da região do Pinheiro, com pouca assistência municipal, a farra junina divide opiniões, chegando a ganhar o apelido de “JPalooza’, junção da inicial do nome do prefeito João Henrique Caldas com o Lollapalooza, festival internacional de música. Os gastos e o número de atrações contratadas a peso de ouro são tão altos que no dia do lançamento, em uma grande festa, na quarta-feira, 18, no espaço Pierre Chalita, a programação divulgada chegou a ser considerada uma “fake news” por pessoas nas redes sociais e em grupos de WhatsApp . 

Mas é tudo verdade. A festa milionária em tempos de crise econômica trará para a capital alagoana entre os dias 15 e 29 de junho, em três polos, artistas que cobram cachês astronômicos, a exemplo de Gusttavo Lima, que não sobe ao palco por menos de 1 milhão de reais.  Já o show de Alok, um dos mais badalados Djs do mundo, custará cerca de 450 mil reais aos organizadores. A programação inclui ainda Luan Santana e Wesley Safadão – que cobram o valor médio de 400 mil reais para um único show que tem aproximadamente 70 minutos de duração. Elba Ramalho, Ludmilla, Bruno e Morrone, Tierry, Zé Vaqueiro e Lucy Alves também estão na programação. 

Redação com TNH1

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