Genivaldo foi executado numa “câmara de gás” diante de dezenas de pessoas e só agora o laudo da Polícia Federal comprova o que todo mundo assisitiu indignado pelas imagens que circularam pelas redes sociais.
O laudo de uma perícia realizada pela PF (Polícia Federal) sobre o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, após ação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Umbaúba, no sul de Sergipe, em maio deste ano, constatou que a inalação de gases tóxicos provocaram um colapso no pulmão da vítima. As informações são do “Fantástico”. Três agentes da PRF abordaram Genivaldo devido ao fato de ele dirigir uma motocicleta sem o uso do capacete. Durate a abordagem, ele foi preso na parte de trás de uma viatura por 11 minutos e 27 segundos, quando foi submetido a uma série de gases tóxicos devido a detonação do gás lacrimogêneo usado pelos policiais.
Entre os gases estão o monóxido de carbono, liberado em menor quantidade, e o ácido sulfídrico, liberado em maior concentração, segundo os peritos da PF. Foi justamente o gás sulfídrico que pode ter causado convulsões e incapacidade respiratória, conforme aponta o relatório.
De acordo com o anotado pelos peritos, devido ao esforço físico intenso e ao estresse provocado pela abordagem, a respiração de Genivaldo ficou acelerada, o que pode ter potencializado os efeitos dos gases tóxicos, e isso provocou o colapso de seus pulmões.
Os agentes da PRF William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento foram indiciados pela Polícia Federal por homicídio qualificado e por abuso de autoridade. A defesa deles nega que os policiais tenham tido a intenção de matar Genivaldo.
Agora, o MPF (Ministério Público Federal) e a Justiça vão decidir se dão prosseguimento ao processo contra os agentes.
Fonte: Uol