Moradores da área nobre teme desvalorização dos imóveis diante da ameaça de acidente ambiental com produto químico

Depois do grave acidente ambiental provocado pela Braskem que provocou afundamento de uma grande parte de Maceió, agora os moradores vivem o drama da instalação de um grande depósito de ácido sulfúrico no Porto de Maceió.

Segundo a bióloga Neirevane Nunes, “o armazenamento de ácido sulfúrico é somente recomendável em áreas distantes dos centros urbanos, como é o caso do Porto de Suape, que possui um grande pólo petroquímico e o de Aratu, distante 18 km do centro de Salvador. Já o Porto de Maceió está localizado na capital alagoana, na orla, numa região densamente habitada, por isso a instalação de projetos como este é totalmente imprópria. Outra questão que deve ser analisada é que além de estocar o ácido sulfúrico, ele deve ser transportado para usinas de açúcar e álcool e a Braskem. E este transporte será feito pelas ruas de Maceió.”

Por sua vez, os moradores da Ponta Verde e de outras áreas nobre da orla de Maceió, estão preocupados com a possível desvalorização dos seus imóveis que a instalação desse depósito pode acarretar. Segundo um morador, “a questão ambiental e de desvalorização já começa a incomodar as pessoas que moram aqui”.

Além da tragédia da Braskem em Maceió, é bom lembrar da tragédia que ocorreu recentemente no Líbano.

Em 4 de agosto de 2020, pelo menos 215 pessoas morreram e outras 6 mil ficaram feridas após uma explosão causada por 2.750 toneladas de nitrato de amônio que estavam armazenadas no porto de Beirute, no Líbano. A tragédia matou pelo menos 215 pessoas e deixou mais 6 mil feridos.

Redação com 082 Notícias

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