Depois de mais de um ano de luta, a mobilização servidores públicos das 3 esferas, em aliança com os trabalhadores do setor privado e movimentos sociais derrotou a reforma administrativa em 2021. Trata-se de uma vitória, ainda que parcial, pois Jair Bolsonaro (PL) e Paulo Guedes não desistiram da PEC 32 e a luta para enterrar a PEC deve prosseguir, além da luta por reajuste salarial e reversão do desmonte dos serviços públicos.

A aproximação do final do ano não interrompeu a ofensiva do governo contra os direitos da população, com cortes de orçamento, congelamento salarial e privatizações, de forma que é necessário manter a atenção para os próximos movimentos. Mas, considerando-se que o recesso do Congresso tem início já no dia 22 e a reforma não está na pauta da semana, pode-se considerar que há chances mínimas de que alguma manobra possa ser feita neste ano.

Ao longo de 2021, a unidade dos servidores e servidoras das três esferas contra a PEC 32 foi fundamental. Ao invés de cada categoria buscar se salvar e naufragarem todos, a decisão de lutar todos sob o eixo da retirada ou derrota na íntegra da proposta permitiu agrupar e fortalecer todo o funcionalismo em atos em Brasília e nos estados, além de diversas outras ações de pressão. Em diversas oportunidades, tanto integrantes do governo quanto membros da oposição destacaram que era essa mobilização o que mais dificultava a tramitação da PEC.

Redação com Sintrajufe-RS

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