Margem equatorial é uma imensa faixa do Amapá ao Rio Grande do Norte e que tem potencial de produzir até 7,5 bilhões de barris de petróleo.
Pouco mais de 16 anos após a descoberta do chamado “Pré-Sal”, um conjunto de gigantescas reservas de petróleo em regiões de águas profundas no litoral do Sudeste, a nova aposta da Petrobras e de companhias petrolíferas estrangeiras é a chamada Margem Equatorial, com potencial para alavancar as economias do Norte e do Nordeste nas próximas décadas.

Sua importância é tão grande que Petrobras prevê usar metade dos recursos totais em exploração da companhia na Margem Equatorial, em seu Plano Estratégico 2023-2027.

A Petrobras anunciou em seu Plano Estratégico para o período 2023-2027 que vai investir US$ 3 bilhões (R$ 15,7 bilhões) em exploração na Margem Equatorial. Isso representa 50% do total de US$ 6 bilhões previstos (R$ 31,4 bilhões) para serem destinados a explorações em todo o Brasil e é o dobro do estimado no início deste ano, que ficava em torno de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,8 bilhões).
Pelo volume total estimado de até 30 milhões de barris, comparável aos 40 milhões de barris das jazidas das baciais (Campos e Santos) que compõem a região do Pré-Sal e pelo potencial econômico. As características geológicas e mesmo de desafios exploratórios, contudo, são distintos. Como o nome sugere, o petróleo do Pré-Sal fica abaixo de uma camada profunda de rocha salina em águas extremamente profundas, o que não ocorre no caso da Margem Equatorial.
Atualmente, 41 blocos exploratórios estão contratados na margem equatorial, dos quais 17 são operados pela Petrobras, 11 pela Shell, 3 pela Chariot, 3 pela Murphy e 2 pela PRIO (PetroRio). Mas, o governo Bolsonaro corre para entregar essa riqueza toda as multinacionais e quer leiloar no próximo dia 16 de dezembro, 83 blocos, sendo 13 na Bacia do Ceará. Há no total, 289 áreas disponíveis, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Ao que tudo indica, há a possibilidade de produzir de 5 a 7,5 bilhões de barris de petróleo de um volume inicial 20 a 30 bilhões de barris. No jargão técnico, os barris efetivamente exploráveis, são chamados de recuperáveis, o que significa que a Margem Equatorial tem uma taxa de recuperação estimada em 25%.
Redação com O Povo

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