Grupo se reuniu no vão livre do Masp. Número de mortos em ação no Rio de Janeiro subiu para 29, segundo informações da Polícia Civil. Coalizão Negra por Direitos pediu investigação independente dos assassinatos e reparação às famílias das vítimas.

Manifestantes protestaram na tarde deste sábado (8) na Avenida Paulista, região Central de São Paulo, em homenagem aos mortos em ação no Jacarezinho da última quinta-feira (6).

O ato começou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), por volta das 17h. O grupo ocupou a via e interrompeu o fluxo de carros e, perto das 18h30, caminhou em direção à Praça do Ciclista. A PM acompanhou os manifestantes.

O protesto foi organizado pela Coalização Negra por Direitos, que reúne mais de 200 instituições do movimento negro de todo o Brasil. Foi a primeira manifestação planejada para o “13 de Maio de Lutas”, data da abolição da escravatura, ocorrida em 1888.

A Coalizão pediu, entre outras coisas uma investigação independente dos assassinatos, reparação às famílias das vítimas, responsabilização das forças policiais e um plano de redução da violência e letalidade policial.

Em manifesto publicado na internet, o grupo afirmou que “vivemos em um país no qual amanhã poderemos estar mortos. Seja pelo coronavírus, seja pela fome, seja pela bala, o projeto político e histórico de genocídio negro avança no Brasil de uma forma sem limites e sem possibilidade concreta de sobrevivência do povo negro”.

Durante o protesto na Avenida Paulista, os manifestantes levaram cartazes relacionadas à ação no Jacarezinho e faixas com críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao governo do Rio de Janeiro.

Somente no início da noite deste sábado (8) a polícia fluminense divulgou o nome de todos os mortos no Jacarezinho.

Em vídeos publicados em redes sociais e em relatos à Defensoria Pública, testemunhas afirmam que suspeitos foram executados.

Em discurso durante o sepultamento do policial morto, na última sexta (7), o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, disse que informações do setor de inteligência da corporação identificaram que — até então — todos os 27 considerados suspeitos que morreram eram traficantes.

Fonte: G1

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