Mais de 1,3 milhões de pessoas se refugiaram em Rafah, muitas das quais já estavam deslocadas de outras partes do enclave e dizem não ter para onde ir
Mais de 100 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses na cidade de Rafah, no sul de Gaza, informou a organização humanitária Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS, na sigla em inglês) na manhã desta segunda-feira (12).
A cidade, perto da fronteira de Gaza com o Egito e onde mais de metade da população de Gaza procura refúgio, sofreu “intensos ataques” de aviões de guerra e ataques aéreos, disse a PRCS.
Helicópteros também dispararam metralhadoras ao longo das regiões fronteiriças, ainda segundo a organização.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta segunda-feira que conduziram “uma série de ataques” contra alvos na área de Shaboura, um distrito de Rafah, afirmando num comunicado que “os ataques foram concluídos”.
Uma mesquita em Shaboura estava entre os alvos dos ataques israelenses, segundo a prefeitura de Rafah.
O canal de televisão Al-Aqsa, administrado pelo Hamas, informou que duas mesquitas foram atacadas, bem como 14 casas em várias áreas de Rafah, na segunda.
O diretor do Hospital Abu Yousef Al-Najjar disse que as instalações médicas em Rafah “não conseguem lidar com o grande número de feridos devido ao bombardeio da ocupação israelense”.
Imagens obtidas pela CNN mostraram médicos tentando ressuscitar uma criança no hospital Al Kuwaiti de Rafah, enquanto outro grupo tratava de um homem ferido no chão do hospital.
Em outro vídeo, uma mulher segurava o corpo de uma criança envolto em um pano branco.
Segundo a PRCS, as pessoas estão presas sob os escombros e ainda há uma forte presença de aviões de guerra nos céus de Rafah, o que pode elevar ainda mais o número de mortos.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, o Hamas condenou o que considerou ser um “massacre horrível” perpetrado por Israel contra civis em Rafah.
Mais de 1,3 milhões de pessoas se refugiaram em Rafah, muitas das quais já estavam deslocadas de outras partes do enclave e dizem não ter para onde ir.
Fonte: CNN