O Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase é esta terça-feira (30), e a data marca a importância do diagnóstico precoce da doença. Em 2023, Maceió registrou o maior número de casos dos últimos 5 anos.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no ano passado foram registrados 88 casos da doença na capital. O número é 18% maior que em 2022, quando foram contabilizados 74 casos de hanseníase.
O número de pacientes diagnosticados em 2019 também foi de 74 casos, já em 2020 e 2021 houve uma queda nos casos, sendo registrados 65 e 62, respectivamente. No total, foram 363. A hanseníase (antigamente conhecida como lepra), é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen.
A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas, exteriorizadas, principalmente, por lesões dos nervos periféricos e cutâneas.
Nesta terça-feira, a SMS promove uma ação na Unidade de Referência em Saúde (URS) Roland Simon, situada na Rua Cabo Reis, no Vergel do Lago, com equipe especializada para atender tanto os casos identificados nas unidades de saúde quanto aqueles que buscarem o atendimento de forma espontânea.
“Todos os sintomáticos de hanseníase, ou seja, aqueles que apresentem lesões de pele com alteração da sensibilidade, ao quente, ao frio e ao toque. As lesões de pele podem se apresentar com manchas ou caroços, geralmente são esbranquiçadas, avermelhadas, acastanhadas. Esses pacientes são convidados a se dirigirem à unidade Roland Simon neste Dia H. Contaremos com dois especialistas à disposição, sem a necessidade de encaminhamento prévio. Todos os que procurarem a unidade serão atendidos, durante todo o dia”, enfatiza a técnica do Programa de Controle da Hanseníase de Maceió Andrea Silva.
A hanseníase afeta a pele e os nervos e é transmitida pelo ar por gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro de pessoas infectadas. A maioria das pessoas consegue se defender naturalmente da bactéria responsável pela enfermidade, porém cerca de 10% desenvolvem a doença.
Fonte: Gazeta Web