Alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk alerta para o fato de que o estado sionist de Israel usar a fome como um “método de guerra” na Faixa de Gaza, ao obstruir a entrada da assistência humanitária no enclave.

A fome agora está iminente no norte de Gaza devido às hostilidades atuais e ajuda humanitária limitada, e pode ocorrer a qualquer momento entre meados de março e maio, de acordo com um relatório da iniciativa Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) da ONU, publicado nesta segunda-feira (18).

“O bloqueio de 16 anos de Israel a Gaza já teve um impacto severo sobre os direitos humanos da população civil, deixando a economia local devastada e criando uma dependência da ajuda. A extensão das restrições contínuas de Israel à entrada de ajuda em Gaza, juntamente com a maneira como continua a conduzir hostilidades, pode equivaler ao uso da fome como método de guerra, que é um crime de guerra”, disse Turk em um comunicado.

O alto comissário da ONU apelou que a fome iminente projetada no enclave fosse evitada.

“A situação de fome, inanição e fome extrema é resultado das extensas restrições de Israel a entrada e distribuição de ajuda humanitária e bens comerciais, deslocação da maioria da população, bem como a destruição de infraestruturas civis cruciais”, ressalta a nota.

No dia 7 de outubro de 2023, o movimento palestino Hamas lançou um ataque de foguetes em grande escala contra Israel a partir de Gaza e rompeu a fronteira, matando 1.100 pessoas e raptando cerca de outras 240. Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Mais de 31.600 pessoas foram mortas até agora na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais.

Redação com Sputnik

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