O exército israelense prendeu ao menos quatro mil palestinos desde 7 de outubro, apenas nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, informou uma nota conjunta divulgada ontem (13) por organizações que monitoram os direitos humanos dos prisioneiros políticos na região.
Assinam a nota a Autoridade de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros, o Clube dos Prisioneiros Palestinos, a Associação de Direitos Humanos e Apoio aos Prisioneiros – Addameer e o Centro Wadi Hilweh Centre de Jerusalém.
As ongs deram destaque aos crimes e às violações israelenses nos territórios ocupados após 7 de outubro, incluindo campanhas de prisão e casos de agressão e tortura dentro das cadeias.
Estima-se 150 mulheres também apreendidas, incluindo cidadãs palestinos do Estado de Israel, isto é, radicados no território ocupado durante a Nakba ou “catástrofe” em 1948. Ao menos 255 menores de idade estão entre os novos prisioneiros da ocupação.
Entre os jornalistas, são 45 detidos – 32 dos quais permanecem em custódia.
Autoridades ocupantes emitiram ao menos dois mil mandados de detenção administrativa, mecanismo que permite encarcerar palestinos sem julgamento ou sequer acusação por períodos indeterminados – reféns, por definição. Os índices incluem novos mandados e renovação de outros.
Seis prisioneiros palestinos morreram em custódia, incluindo um cidadão de Gaza que não foi devidamente identificado.
Há ao menos 7.800 palestinos nas cadeias israelenses, entre os quais 2.870 sob detenção administrativa e 260 classificados como “combatentes ilegais” de Gaza – apesar da falta de provas ou transparência por parte das autoridades ocupantes.
O comunicado alertou para subnotificação dado que Israel não divulga detalhes dos encarcerados e que muitos prisioneiros desapareceram na rede carcerária do exército colonial.
Israel mantém ataques aéreos e uma invasão por terra contra Gaza desde 7 de outubro, somado a ações repressivas na Cisjordânia. São quase 20 mil mortos e 50 mil feridos – 70% mulheres e crianças. As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
Fonte: Monitor do Oriente Médio